PPG - Letras

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    Acesso aberto (Open Access)
    Né, minha filha?: apropriação do trágico pelo discurso humorístico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Leon, Marta Alves de [UNIFESP]; Kogawa, João Marcos Mateus [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2290784252461295; http://lattes.cnpq.br/9725677788092081
    Esta pesquisa analisa o discurso humorístico na materialidade de memes que emergiram entre os anos de 2020 e 2022. O objetivo principal do trabalho é demonstrar que a comicidade se apropria do trágico e faz dessas produções, os memes, material para o riso zombeteiro. A formulação-origem, “Solidão, né, minha filha?”, proferida por Drauzio Varella em uma reportagem do Fantástico sobre a condição carcerária das transexuais no Brasil, é retomada por uma série de enunciados que, por um lado, alteram o sentido trágico original e, por outro, mantém essa memória pela repetibilidade do vocativo minha filha na estrutura interrogativa Né, minha filha? A fundamentação teórica do trabalho mobiliza, principalmente, teorias de Henri Bergson, Freud, Michel Pêcheux e Michel Foucault. Entrelaçam-se aqui a Análise do Discurso, a Psicanálise e a Filosofia em uma perspectiva de longa duração à luz da qual língua e humor carregam uma memória de tempos de guerra desde a Grécia Antiga, passando pela Segunda Guerra Mundial até chegar à pandemia de COVID-19, período de ampla circulação dos memes encerrados pelo vocativo minha filha.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Formas verbais defectivas no pb infantil: um estudo de sua aquisição à luz da teoria gerativista
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-16) Silva, Rosemeire Maria da [UNIFESP]; Magalhães, Telma Moreira Vianna [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0392294189757802; http://lattes.cnpq.br/6636910388068121
    Estudos sobre a aquisição da linguagem à luz da teoria gerativista comprovam que a criança aprende uma língua nativa de forma natural por exposição ao input linguístico da comunidade em que se encontra inserida. Em fase inicial no processo de aquisição da língua, a criança passa a conhecer e dominar estruturas sintáticas das mais simples às mais complexas, fazendo uso proativo de formas verbais mais comuns como as regulares e irregulares (Guasti, 2002; Lorandi, 2010). No entanto, a construção de sentenças com as chamadas formas defectivas pelo falante do PB, isso porque são poucas ou nunca encontradas nos dados a que ele tem acesso, pressupõe uma maior complexidade, pois o falante precisa reconhecer as restrições morfológicas, fonéticas e/ou semânticas presentes nelas e decidir dentre os recursos linguísticos disponíveis quais utilizar. A partir daí, levanta-se a questão de como as crianças produzem sentenças com esses verbos, uma vez que, de acordo com a tradição gramatical, apresentam lacunas no paradigma flexional, como por exemplo na primeira pessoa do singular (1a.sg) do presente do indicativo e, consequentemente, não são tão frequentes entre os usuários da língua. Para responder a essa problemática, o objetivo desta pesquisa é analisar a produção das crianças quando expostas aos verbos defectivos, além de apresentar as escolhas linguísticas feitas por elas para/na realização dessas formas. O aporte teórico usado nesta pesquisa é o da Teoria Gerativa (Chomsky, 1981, 1986) com a revisão da literatura sobre o processo de aquisição da linguagem (Chomsky, 1957, 1965, 1986; Guasti, 2002, 2016; Freitas e Santos, 2017) e da morfologia verbal pelas crianças falantes do PB infantil (Figueiras, 2003; Guasti, 2002; Lorandi, 2006; Slabakova, 2016; Wuerges, 2014). Em relação à defectividade verbal, apresenta o que as gramáticas prescritivas explicam e orientam quanto ao (não) uso dessas formas (Bechara, 2009; Cintra e Cunha, 2016; Lima, 2011) e como as gramáticas descritivas compreendem esse fenômeno (Castilho, 2015, 2022; Perini, 2005). Dos estudos linguísticos (Oliveira, 2017; Scher & Girardi, 2018), discorre sobre as hipóteses levantadas entre as razões (sociolinguísticas, morfológicas, fonológicas e/ou semânticas) e possíveis implicações na (não) produção dos falantes adultos, o que resulta no input exposto às crianças. A metodologia utilizada não é longitudinal, pois o corpus usado foi a coleta, por meio de áudio, da produção das formas verbais defectivas como colorir, explodir, esculpir, feder e doer por fazerem parte do contexto escolar e das práticas discursivas delas. As sessões foram realizadas com dois grupos: um na faixa etária de 3;0 e outro, na faixa de 5;11 anos de uma escola da rede municipal de São Bernardo do Campo. O resultado da análise do corpus, com base na Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981), confirmou que as crianças, por desconhecerem ou não terem recebido o input desses verbos, tanto fazem uso das formas perifrásticas (construções com o ir (Pres,/Fut. do Ind.) + verbo principal (Ger./Inf.), possivelmente por exposição à gramática dos adultos, como também flexionam as formas defectivas escolhidas ao aplicarem as desinências número-pessoa e tempo-modo da 1ª e 2ª conjugação dos verbos regulares e irregulares. Concluiu-se, assim, que as crianças apresentam estranhamento e naturalização ao serem expostas às formas verbais que possuem lacunas no paradigma flexional na 1a.sg do presente do indicativo. Portanto, espera-se incentivar pesquisas que, de maneira longitudinal, estudem, não só na etapa da Educação Infantil, mas também durante o percurso na Educação Básica, o processo de aquisição verbal no ambiente escolar pelas crianças, onde, devido aos seus diferentes grupos linguísticos, há uma diversidade de input exposto a elas; contribuir com o papel dos professores/adultos quanto às interferências (correções adultrocêntricas) nas escolhas linguísticas realizadas por elas; e, por conta das dúvidas sobre o aspecto semântico/temporal de certas formas defectivas, contribuir com estudos linguísticos que se debruçam sobre o processo de aquisição aspectual, especificamente dos verbos defectivos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Feminismo e Instagram: uma análise discursiva de postagens no Dia Internacional da Mulher
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-01-31) Nicolai, Mariana Vital [UNIFESP]; Menezes, Andreia dos Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6207497690180038; http://lattes.cnpq.br/5063919672747967
    Nesta dissertação, busco explorar os discursos feministas no cenário digital, com um olhar voltado ao Instagram, uma das plataformas em que esses discursos ressoam atualmente. Minha jornada começa com reflexões pessoais sobre a experiência de ser mulher na sociedade contemporânea, navegando entre as expectativas e realidades frequentemente conflitantes que moldam nossa existência. A partir dessas reflexões iniciais, me apoiei em conceitos da Análise do Discurso e dos feminismos, buscando analisar e apresentar como os discursos relacionados à mulher são representados, debatidos e vivenciados nas mídias sociais. O foco desta pesquisa recai sobre o Dia Internacional da Mulher, uma data que concentra um microcosmo de discursos variados sobre feminilidade, luta e resistência. O corpus selecionado apresenta como o Instagram se torna um palco para essas narrativas, e com a análise realizada busco identificar a maneira como esses discursos não só refletem as condições de sua criação, mas também como dialogam com discursos de movimentos feministas, bem como com machistas e misóginos. Ao mergulhar nesse universo, minha ideia é analisar como os discursos se comportam através dos conteúdos dessas postagens, e compreender como eles são internalizados e perpetuados pela sociedade. Essencialmente, esta dissertação é uma exploração dos efeitos de sentido dos discursos acerca da mulher na era digital, realizando uma análise de como se apresentam algumas definições da identidade que é moldada, desafiada e reforçada através dos discursos. Com isso, esperamos apresentar e refletir as complexas dinâmicas formações discursivas que apresentam a representação feminina nas redes sociais e, por extensão, na sociedade como um todo.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Intermidialidade em Younger, de Pamela Redmond Satran, e Younger, de Darren Star: transmidiação e etarismo feminino
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-01-30) Joaquim, Ana Lúcia dos Santos [UNIFESP]; Ghirardi, Ana Luiza Ramazzina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7481586427673190; http://lattes.cnpq.br/8649031570670002
    Esta pesquisa tem por objetivo analisar o processo de transmidiação da narrativa literária (romance) Younger (2015), de Pamela Redmond Satran, para a série televisiva homônima (2015-2021), de Darren Star, desde o ponto de vista do etarismo feminino. A série é composta de sete temporadas, disponibilizadas por meio das plataformas de streaming Amazon Prime Video e Paramount+/Hulu EUA, além da TV Land. Toma-se como ponto de partida da análise a questão do etarismo feminino, uma vez que esse é um tema central para ambas as obras. Busca-se verificar como se dá o processo de transmidiação (Elleström, 2017) de uma narrativa literária composta de um único livro em uma série com sete temporadas; levantar hipóteses sobre as intenções da autora da narrativa literária (mídia fonte) e do autor da série televisiva (mídia destino) com as suas obras. A análise é fundamentada na teoria da intermidialidade, com base no modelo de comunicação centralizado na mídia, proposto por Elleström (2017, 2019). A narrativa literária é analisada abordando o seu conteúdo e seu gênero (romance), considerando as suas características chick lit, de acordo com Harzewski (2011). A série televisiva é examinada de acordo com Wells-Lassagne (2017), considerando-a como parte de um processo de transmidiação do romance e como uma mídia (Elleström, 2021) atual e em ascensão. O etarismo feminino é discutido sob o olhar de Beauvoir (1967, 1970), Debert (2004, 2010), Kaplan (1995) e Woolf (1990). Através do cotejo da análise de alguns excertos da narrativa literária e seus correspondentes na série televisiva, são consideradas as modificações criadas para a adaptação. O foco da análise da série se concentra na sua primeira temporada, em que é possível mapear semelhanças e diferenças em relação ao romance, tornando livro e série produtos distintos. Busca-se focar na relação entre recepção, mídia e modos de apresentar o etarismo feminino.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Narrativas e representações de professores de inglês da rede pública municipal de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-29) Silva, Gabriela Dantas Cristino da [UNIFESP]; Megale, Antonieta Heyden [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5892998623083426; https://lattes.cnpq.br/4335865536934677
    O objetivo geral desta pesquisa foi investigar como aspectos particulares das identidades profissionais de seis docentes de língua inglesa, atuantes nos anos iniciais da rede pública da cidade de São Paulo, são construídos e configurados. Para tanto, analisamos como os participantes da pesquisa articulam narrativas sobre si mesmos e representam: (i) seu repertório linguístico; (ii) seu percurso formativo; e (iii) sua prática docente. A presente investigação foi executada de acordo com as orientações da pesquisa qualitativa, explicativa, por meio da análise de narrativas geradas por entrevistas semiestruturadas e pelo relato do retrato linguístico, gravados, de forma presencial com as participantes da pesquisa. A base teórico-metodológica desta pesquisa foi o conceito de narrativas multimodais (Busch, 2006, 2010), na qual a narrativa autobiográfica do participante está intrinsecamente ligada ao seu retrato linguístico. A fundamentação teórica baseou-se em autores como Abreu (2009), Barcelos (2006) e Marzari; Gehres (2015), na discussão sobre o ensino de língua inglesa na rede pública municipal de São Paulo; Busch (2006, 2010, 2012, 2015), Blommaert e Backus (2011, 2013), Megale (2012, 2017, 2018, 2021), Rocha e Megale (2021), que discorrem sobre repertório linguístico; Megale (2017), Moita Lopes (2001), El Kadri (2010) e Figueiredo e Noronha (2010), Hall (2005), que refletem a respeito da construção das identidades; e, ainda, Hall (2016) e seus estudos sobre representações. As etapas para geração de dados foram, inicialmente, a produção das narrativas dos professores com base em perguntas disparadoras quanto à sua trajetória acadêmica e profissional. Em seguida, os professores participantes da pesquisa foram convidados a desenhar seus retratos linguísticos, conforme preconiza Busch (2006, 2010), e, por fim, produziram uma narrativa oral a partir dessa produção. Para a análise das narrativas, buscamos as representações construídas e reveladas em seus relatos a partir de Hall (2016), Nascimento (2020), El Kadri (2014), S. Silva (2011), Woodward (2011), H. Santi e V. Santi (2008), Pimenta (1998), P. Silva (2013), Cunha (2014), Baladeli (2015) e Cunha (2012). Com a conclusão da fase analítica, os resultados destacam como um processo de inserção do professor de língua inglesa precisa ser mais claro no que se refere aos editais para concursos públicos para o cargo de professor de língua estrangeira, assim como a oferta de cursos de formação para os egressos da rede. Além disso, os cursos de licenciatura, em especial, o curso de Letras não atinge as expectativas das professoras no que diz respeito a formação linguística necessária para atuação como docente de língua inglesa, assim como não abrange o ensino de metodologias de ensino adequadas para lecionar inglês para estudantes dos anos iniciais. Dessa forma, este estudo visou apresentar contribuições à educação linguística brasileira ao mapear a identidade profissional de um grupo das professoras de inglês da rede pública municipal de São Paulo e identificar possíveis temas para estruturação de cursos de formação partindo do contexto dos docentes.