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Acesso aberto (Open Access)
Repertórios de ação política: um estudo exploratório sobre os Ortizes no município de Taubaté – SP.
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-24) Brito, Matheus de Moura Juliano; Schlegel, Rogerio; http://lattes.cnpq.br/7264459509432228; http://lattes.cnpq.br/6798161726729368
Trata-se de um estudo de caso exploratório sobre a família Ortiz, que tem destaque na política municipal de Taubaté desde 1982. A pesquisa procura entender a maneira do grupo familiar agir na política centrada na primeira campanha e mandato de José Bernardo Ortiz. Portanto, definimos como modus operandi um estudo exploratório sobre os repertórios de ação política de um clã político tradicional que se adapta a novos tempos, procurando desvendar os meios de manutenção e transmissão do clã ao longo de décadas diante de “políticas tradicionais e modernas”. Entretanto, o trabalho recorreu aos clássicos do pensamento político brasileiro, nos quais a “política tradicional” aparece como dominadora, passando por outras abordagens pós- Constituição de 1988, nas quais as “políticas tradicionais e modernas” aparecem associadas e se retroalimentando. Soma-se a isso uma discussão sobre poder familiar e política municipal, tentando levantar o que o presente traz do passado em termos de “política tradicional e moderna”, a partir dos novos estudos, levantando uma discussão do contexto no qual o clã Ortiz está inserido. É uma pesquisa que se apoia em uma maior amplitude, pois visa identificar e analisar novos elementos que servirão para ajudar a suprir as lacunas existentes nas Ciências Sociais sobre política municipal devido à enorme heterogeneidade de municipalidades para futuras especulações e hipóteses. Porém, na conclusão é possível detectar um pouco do comportamento que o grupo familiar usa para obter vantagens, procurando adaptar-se na manutenção e reprodução do poder familiar.
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Acesso aberto (Open Access)
Ensino fundamental: ambientalização curricular nas práticas escolares
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-28) Quintão, Tamires Loures; Braga, Adriana Regina; http://lattes.cnpq.br/3465256917218630; http://lattes.cnpq.br/5562254590669813
A pesquisa foi realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, ao nível de mestrado. Nas últimas décadas, a educação ambiental tem sido incorporada nos currículos oficiais no Brasil. O objetivo geral dessa dissertação é verificar como foram elaborados os trabalhos acadêmicos que utilizaram o termo "ambientalização curricular" em pesquisas desenvolvidas em escolas do ensino fundamental. A construção do estudo parte dos referenciais teóricos da Educação Ambiental, sua contextualização histórica, levantando as principais políticas públicas educacionais sobre o tema e a conceitualização da ambientalização curricular e do currículo básico. O estudo configura-se como um estado da arte, utilizando plataformas de banco de dados como CAPES, EArte, Google Scholar e SCIELO para coletar dados no período de 2002 até 2022. Com a revisão bibliográfica, conduz-se uma análise quantitativa dos resultados, levantando dados como título, estado brasileiro, universidade, ano de publicação, público-alvo, métodos e/ou técnicas para coleta de dados. As pesquisas selecionadas passaram por uma análise qualitativa, adotando-se procedimentos sistemáticos de análise de conteúdo. Sendo possível constatar que o termo ambientalização curricular já estão presentes em trabalhos acadêmicos de ensino fundamental; o público-alvo das pesquisas analisadas foram em sua maioria os professores; as técnicas e métodos para coleta de dados foram variados, não havendo predominância em nenhuma técnica específica. Em relação às publicações foram em sua maioria de universidades públicas, com predominância das publicações nos estados sul e sudeste do Brasil. Considerou-se, após análise das pesquisas, que a educação ambiental desenvolvida nas escolas ainda adota em sua maioria práticas condizentes com a concepção conservadora da Educação Ambiental. Nota-se então que ainda existem muitos desafios nas escolas para efetivar a educação ambiental crítica e reflexiva.
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Acesso aberto (Open Access)
Avaliação do efeito da imunossupressão do transplante renal na imunidade humoral e celular adquirida pela vacinação contra o SARS-CoV-2
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-26) Foresto, Renato Demarchi [UNIFESP]; Pestana, José Osmar Medina de Abreu [UNIFESP]; Moura, Lúcio Roberto Requião [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9161729200802261; http://lattes.cnpq.br/7250195328752808; http://lattes.cnpq.br/1261526073368152
Objetivo: O objetivo primário do estudo foi avaliar o efeito da imunossupressão do transplante renal sobre a imunidade humoral e celular gerada pelas vacinas anti-SARS-CoV-2. Métodos: Estudo clínico prospectivo com intervenção de mundo real, realizado em centro único, incluindo pacientes adultos com doença renal crônica em estágio avançado, vacinados contra o SARS-CoV-2 e sem COVID-19 prévia. Foram comparadas a sororreversão de anticorpos IgG, títulos de anticorpos IgG, anticorpos neutralizantes e resultados de teste de detecção de IFN-Ƴ entre pacientes submetidos ao transplante renal e pacientes que permaneceram em diálise. Foram realizadas coletas de sangue na inclusão e nos meses 1, 3, 6 e 12 do seguimento para as análises. Resultados: Foram incluídos 113 pacientes no grupo transplante e 108 no grupo diálise. A idade (54,0 vs. 45,4 anos) e o tempo em diálise (25,0 vs. 51,9 meses) foram inferiores no transplante. Um paciente apresentou sororreversão no transplante e 3 na diálise nos 12 meses, sem diferença estatística. Os títulos de anticorpos IgG no transplante foram inferiores ao longo de 12 meses (M1: 10.809,3±12.621,7 vs. 15.267,8±16.096,2 UI/mL; M3: 12.215,5±12.885,8 vs. 15.016,2±15.346,1 UI/mL; M6: 12.540,4±13, 010,7 vs. 18.503,5±14.581,0 UI/mL; M12: 12.369,1±13.189,9 vs. 12.818,2±12.171,6 UI/mL p=0,005). As taxas de anticorpos neutralizantes foram elevadas e semelhantes (98,9% vs. 97,5%; p=0,831). Houve elevada proporção de resultados indeterminados de IFN-Ƴ, sem tendência definida nos grupos. No seguimento, o grupo transplante apresentou maior número de COVID-19 (37 vs. 16; p=0,002), apesar de ter recebido maior número de doses adicionais de vacina (141 vs. 73; p<0,001). Conclusão: Em comparação com pacientes em diálise, receptores de transplante renal apresentaram títulos mais baixos de IgG e taxas semelhantes de sororreversão e anticorpos neutralizantes. A imunidade celular apresentou elevada proporção de resultados indeterminados, dificultando sua interpretação. Embora o grupo transplante tenha recebido mais reforços, a incidência de COVID-19 neste grupo foi mais elevada.
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Acesso aberto (Open Access)
Treinamento muscular respiratório para apneia obstrutiva do sono: revisão sistemática e meta-análise
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-26) Sousa, André Silva de [UNIFESP]; Pinto, Ana Carolina Pereira Nunes [UNIFESP]; Trevisani, Virgínia Fernandes Moça [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/7603051623099629; https://lattes.cnpq.br/5384463810839170
Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento muscular respiratório (TMR) no trata-mento de pacientes com a apneia obstrutiva do sono (AOS). Métodos: Conduzimos uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECRs) que avaliaram os efeitos do TMR em pacientes com AOS. O protocolo do estudo foi registrado pros-pectivamente na Plataforma Prospero (CRD42018096980). Em julho de 2022, foram realizadas buscas nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via Pubmed, Excerpta Medica dataBASE (Embase) via Elsevier, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) via Cochrane Library, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via Portal Biblioteca Virtual em Saúde, Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Clinical Trials, com estratégias sensíveis, sem limitação de ano de publicação ou idioma. Buscas adicionais também foram realizadas na literatura cinzenta. Incluí-mos apenas ECRs com indivíduos com idade > 18 anos. Os estudos foram excluí-dos se os participantes tivessem diagnósticos de lesão medular ou doença neuro-muscular. Dois autores independentes selecionaram os estudos relevantes, extraí-ram os dados e avaliaram o rigor metodológico e a certeza da evidência utilizando as ferramentas Risk of Bias 2.0 da Cochrane e a abordagem Grading of Recom-mendations As-sessment, Development and Evaluation (GRADE), respectivamente. As discordâncias em qualquer fase foram resolvidas por um terceiro revisor. Quando houve homogeneidade quanto aos participantes, intervenções e desfechos avalia-dos, agrupamos os estudos em meta-análise por meio do modelo de efeitos aleató-rios no software Review Manager 5.4. Quando a combinação dos dados não foi viá-vel, realizamos apenas uma síntese narrativa do estudo. Resultados: Treze ECRs com um total de 432 participantes foram incluídos. Todos os estudos apresentaram alto risco geral de viés. Nove ECRs compararam o treinamento muscular inspiratório (TMI) com sham, os resultados sugerem que o TMI pode reduzir a pressão arterial diastólica (PAD) em repouso (diferença média (DM)= -6,09; intervalo de confiança (IC) de 95% -10,02 a -2,16; diferença mínima clinicamente importante (DMCI): 2 mmHg), capacidade vital forçada (CVF) pós-intervenção (DM= -0,20; IC 95% -1,39 a 0,99), a relação VEF1/CVF % da mudança (DM= -5,80; IC 95% -14,77 a 3,17), a VEF1/CVF pós-intervenção (DM= -7,10 IC 95% -18,82 a 4,62) e o pico de fluxo expi-ratório (DM= -8,80; IC 95% -2,63 a 1,03) quando comparado com sham; todos com baixa certeza da evidência. O TMI pode aumentar a CVF % da mudança (DM= 14,30; IC 95 % 5,50 a 23,10), a CVF prevista (DM= 17,20; 95 % IC 9,53 a 24,87; DMCI de 2%) e o volume expiratório forçado (VEF) no primeiro segundo % da mu-dança (DM= 16,40; IC 95% 5,81) quando comparado com sham; todos com baixa certeza da evidência. E o TMI pode resultar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade do sono (DM= -3,07; IC 95% -4,33 a -1,82; DMCI: 4,4 pontos) quando comparado com sham; baixa certeza da evidência. Para os demais desfe-chos, as evidências são de muito baixa certeza. Um ECR comparou os efeitos do TMI com exercícios orofaríngeos (EO), os resultados sugerem que TMI pode reduzir a pressão expiratória máxima (PEmáx) (DM= -20,02; IC 95% -40,92 a 0,88); baixa certeza da evidência; pode resultar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade do sono (DM= -0,20; 95% IC -1,95 a 1,55; DMCI: 4,4 pontos) e na qua-lidade de vida (DM= -0,36; IC 95% -1,42 a 0,70; DMCI: 1,8 pontos); ambos com baixa certeza da evidência. Para os demais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. Um ECR comparou os efeitos do TMI mais exercício físico com exercício físico isolado, os resultados sugerem que TMI mais exercício físico pode reduzir a PEmáx (DM= -28,30; IC 95% -58,90 a 2,30); baixa certeza da evidência; pode resul-tar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade de vida (DM= 1.1; IC 95% 4.12 a 6.32; DMCI: 7 pontos) e na capacidade funcional (DM= 1,79; IC 95% 0,4 a 3,98; DMCI: 25 metros); ambos com baixa certeza da evidência. Para os de-mais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. O mesmo ECR compa-rou os efeitos do TMI mais exercício físico com exercício físico mais ventilação não invasiva, os resultados sugerem que o TMI mais exercício físico pode reduzir a pres-são arterial sistólica (DM= -10,8; IC 95% -16,77 a -4,83; DMCI: 2 mmHg) e pode au-mentar a PAD (DM= 10,5; IC 95% 4,9 a 16,1; DMCI: 2 mmHg); baixa certeza da evi-dência. Para os demais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. Um ECR comparou os efeitos do TMI mais exercícios de reabilitação cardíaca com exer-cícios de reabilitação cardíaca isolado, os resultados sugerem que TMI mais exercí-cios de reabilitação cardíaca pode resultar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade do sono (DM= -1,5; IC 95% -2,97 a -0,03; DMCI: 4,4 pontos); baixa certeza da evidência. Para os demais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. Apena um ECR avaliou os efeitos do TME comparado com sham, os resultados sugerem que o TME pode reduzir o IAH (DM= -44; IC 95% -48,37 a -39,63; DMCI: 5 eventos/hora), a qualidade do sono (DM= -38; IC 95% -45.76 a -30.24, DMCI: 4,4 pontos) e pode aumentar a PEmáx (DM= 59; IC 95% 52,39 a 65,61) quando comparado com sham; todos com baixa certeza da evidência. Conclusão: O TMI, quando comparado com sham, pode aumentar a CVF % da mudança, a CVF prevista, o VEF no primeiro segundo % da mudança; e pode reduzir a CVF pós-intervenção, a relação VEF1/CVF, a VEF1.0/CVF pós-intervenção e o pico de fluxo expiratório. Em comparação com exercícios orofaríngeos, o TMI pode reduzir a força muscular expiratória. E quando combinado com outras intervenções, o TMI pode reduzir a pressão expiratória máxima, a pressão artéria sistólica e pode aumentar a pressão arterial diastólica. Esses resultados devem ser interpretados com cautela, considerando o nível de certeza nas evidências disponíveis e as limitações metodo-lógicas dos estudos incluídos. Assim, novos ECRs com uma metodologia mais rigo-rosa e com um maior número de participantes, são necessários para melhorar a pre-cisão das estimativas de efeitos encontradas.
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Acesso aberto (Open Access)
Matemática do ensino: Por uma história do saber profissional 1960-2000
(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Morais, Rosilda dos Santos; Pinto, Neuza Bertoni; http://lattes.cnpq.br/8411023309452408; http://lattes.cnpq.br/9122972761409214
A obra “Matemática do ensino – por uma história do saber profissional” vem dar continuidade ao trabalho iniciado no livro anterior que analisa processos de transformação do saber profissional docente. O presente livro traz reflexões sobre os conceitos de “moderno” e de “livro didático” chamando atenção para a necessidade de reflexão sobre o modo como tais conceitos são mobilizados. Para a análise das transformações no saber profissional docente, mobilizam a matemática do ensino como categoria teórica e tomam livros didáticos produzidos no final dos anos de 1960 como fontes primárias de pesquisa. A teoria do conhecimento de Jean Piaget respalda as discussões elaboradas pelos autores com respeito aos conceitos de estrutura, concreto e atividade. A análise dos livros didáticos apontam a elaboração de uma matemática do ensino moderna em tempos de renovação da matemática. O livro é finalizado com um estudo sobre o tempo em que os currículos passam a orientar o ensino com ampla discussão sobre os processos de elaboração curricular das décadas de 1980 (Proposta Curricular do Estado de São Paulo) e 1990, com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Tomam como material de análise para a problematização da matemática do ensino, as Atividades Matemáticas e os Parâmetros em Ação e concluem que esses documentos objetivam um novo saber profissional docente.