PPG - Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia)

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    Acesso aberto (Open Access)
    Associação entre Competência Narrativa, Teoria da Mente e Funções Executivas em crianças com Transtorno do Espectro Autista
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-24) Nascimbeni, Renata Cristina Dias [UNIFESP]; Perissinoto, Jacy [UNIFESP]; Tamanaha, Ana Carina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6059175548095769; http://lattes.cnpq.br/6591561982003926; http://lattes.cnpq.br/6769000901573601
    No Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são encontradas inabilidades heterogêneas na compreensão e na produção da narrativa, geralmente associadas à Teoria da Mente (ToM) e Funções Neuropsicológicas (FN). OBJETIVO: Investigar a influência das FN e da ToM na compreensão e na produção da narrativa oral em crianças com TEA comparadas à típicas. MÉTODOS: Participaram 35 crianças, de 7 a 10 anos e 11 meses, com diagnóstico de TEA (GTEA) comparados por idade e gênero a 35 crianças sem queixas no desenvolvimento (GT). Foram coletadas duas amostras de compreensão de narrativa oral e duas de elaboração de narrativa oral. Na atividade de compreensão, as crianças responderam a 8 perguntas após ouvirem cada texto. E na produção, elaboraram duas histórias apoiadas por sequencias de 4 e 5 imagens, analisadas a partir de crivo pré-definido. Estabeleceu-se variáveis com a proporção de elementos explícitos e implícitos para cada módulo. Para ToM, foram coletadas as Animações Frith-Happé e para FN aplicou-se Neupsilin-Inf. O vocabulário expressivo testado pelo TIN e o QI total medido pelo WISC-IV foram utilizados como covariáveis. Para as análises, descritivas e comparativas, entre GT e GTEA, das variáveis de compreensão e produção utilizou-se teste de qui-quadrado, t-student ou Mann-Whitney, e para as associações, o coeficiente de correlação de Spearman, posteriormente foram realizados modelos de regressões múltiplas com todos os participantes. RESULTADOS: Revelaram pior desempenho do GTEA em compreensão e produção da Narrativa, exceto para uma das histórias narradas. Controlando as covariáveis, QI e vocabulário expressivo, as associações entre compreensão de narrativas habilidades de ToM e FN, bem como de produção de narrativa e habilidades de ToM e FN, revelaram significâncias específicas para cada grupo, sendo mais frequentes e generalizadas no GTEA e as regressões, nem sempre positivas, confirmaram o papel determinante da ToM de mentalização para a compreensão e de percepções físicas para a produção. As FN de linguagem, controle inibitório e aritmética predisseram somente a produção da narrativa do GTEA, sendo que a última previu piores resultados. CONCLUSÕES: As hipóteses foram comprovadas quanto às características específicas da narrativa no TEA, revelando o papel preditor de ToM para compreensão de narrativa a partir de perguntas e a predição de ToM com percepções fisicas e de FN na produção de narrativa oral a partir de sequência de figuras.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Sensibilidade e especificidade do questionário “Language Use Inventory para o português brasileiro” (LUI-PB) no transtorno do espectro autista
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-18) Salvato , Carolina de Campos [UNIFESP]; Perissinoto, Jacy [UNIFESP]; Tamanaha, Ana Carina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6059175548095769; http://lattes.cnpq.br/6591561982003926; http://lattes.cnpq.br/2465568273406624
    OBJETIVO: Analisar o questionário “Language Use Inventory” - LUI PB pelas respostas de pais de crianças com TEA em comparação às de crianças sem queixa de desenvolvimento e em possíveis associações com instrumento padronizado para diagnóstico desta condição clínica. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal prospectivo, comparativo de grupos, sendo Grupo Controle (GC) de 248 crianças típicas e Grupo TEA (GTEA) de 38 crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para caracterização da amostra de ambos os grupos, foram analisados dados de gênero, idade e escolaridade materna. Para explorar o LUI-PB, aplicou-se às famílias o próprio questionário, comparando os resultados entre os grupos GC e GTEA. Posteriormente, no GTEA, associou-se o LUI-PB e a avaliação clínica pelo instrumento PROTEA-R, sendo este o instrumento escolhido como referencial para tal grupo. RESULTADOS: Houve diferença estatística entre os grupos para o LUI-PB, quanto ao uso de palavras e frases (Parte 2, Parte 3 e Total), apresentando menor pontuação no desenvolvimento de aspectos pragmáticos no GTEA. Além disso, foi possível verificar que o LUI-PB apresentou validade discriminante, com sensibilidade e especificidade, entre o conjunto de crianças do grupo GC e do GTEA quanto ao uso de palavras e frases (Parte 2, Parte 3 e Total). O mesmo não ocorreu quanto ao uso de gestos (Parte 1). Na análise de respostas ao LUI PB do GTEA e habilidades medidas pelo PROTEA-R, identificou-se associação estatística entre o uso de palavras e frases e as áreas de comportamentos sociocomunicativos, qualidade da brincadeira e entre LUI-PB no uso de gestos e o PROTEA-R nos movimentos repetitivos e estereotipados. CONCLUSÃO: O questionário LUI-PB evidenciou validade discriminante, com sensibilidade e especificidade, na pontuação total e nas partes relativas ao uso funcional de palavras e frases, em crianças de 18 a 47 meses com TEA quando comparadas a um conjunto de crianças em desenvolvimento típico. Não mostrou tal validade quanto ao uso de gestos na população estudada. Além disso, o questionário LUI-PB associou-se às habilidades mensuradas pelo PROTEA-R quanto às subescalas de comportamentos sociocomunicativos, qualidade da brincadeira e movimentos repetitivos e estereotipados.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Teste Stroop Auditivo-Visual para avaliação de sujeitos com zumbido
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-28) Barros, Anna Carolina Marques Perrella de [UNIFESP]; Branco-Barreiro, Fátima Cristina Alves [UNIFESP]; Gil, Daniela [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6363626867862971; http://lattes.cnpq.br/5151016741471311; http://lattes.cnpq.br/8702146462189598
    Objetivo: O presente estudo teve como objetivo desenvolver um teste baseado no paradigma Stroop, utilizando-se estímulos auditivos e visuais, para investigar aspectos atencionais e de controle cognitivo em sujeitos com zumbido. Além disso, buscou-se correlacionar o resultado do teste proposto com o teste Stroop convencional, avaliar o efeito do desempenho no teste de rastreio cognitivo no instrumento proposto, avaliar o desempenho de sujeitos com e sem zumbido ao teste proposto, e avaliar o efeito das características espectrais do estímulo, e do uso de estímulo compatível com a percepção do zumbido definido à acufenometria, no desempenho do teste proposto. Métodos: O teste foi desenvolvido com estímulos sonoros do tipo white noise (WN), tom puro (TP) e narrow band (NB) apresentados alternada e aleatoriamente às orelhas direita e esquerda, com apresentação do símbolo visual alvo para validação da resposta congruente ou incongruentemente ao lado de apresentação do estímulo sonoro. Na etapa de validação, comparamos o tempo de execução e o número de erros ao teste proposto com o teste Stroop convencional e verificamos a influência da pontuação do Montreal Cognitive Assessment (MOCA) no desempenho dos participantes (n=45). Posteriormente, o teste proposto foi aplicado em sujeitos com e sem zumbido (n=70), aplicando-se no grupo com zumbido uma faixa adicional, com estímulo de características espectrais semelhantes à percepção do zumbido. O tempo de execução e o número de erros ao teste Stroop Auditivo-Visual foram comparados entre os grupos, bem como o desempenho no grupo com zumbido ao teste com a faixa adicional. Resultados: Foram desenvolvidas 34 faixas de treino e de avaliação para o teste Stroop Auditivo-Visual, utilizando-se diferentes estímulos sonoros. Houve concordância do teste proposto com o teste Stroop convencional nas variáveis tempo total de execução e número de erros. O teste proposto não sofreu influência da pontuação do MOCA. Os participantes com zumbido demandaram maior tempo para o treino e para a execução do teste Stroop Auditivo-Visual e cometeram mais erros. Não houve diferença com relação ao tempo de execução ao teste com faixa adicional utilizando-se estímulo compatível ao pitch do zumbido, porém os participantes com zumbido cometeram mais erros nesta faixa do teste. Conclusão: O teste Stroop Auditivo-Visual se mostrou uma ferramenta acessível e de fácil aplicação para avaliação do controle atencional e do controle inibitório em sujeitos com zumbido. Houve concordância à comparação com o teste Stroop Convencional. A pontuação do teste de rastreio cognitivo não interferiu nos resultados do teste proposto. Os sujeitos com zumbido foram mais lentos e cometeram mais erros ao teste proposto. Foi possível verificar uma maior efetividade do estímulo com características espectrais semelhantes à percepção do zumbido para a avaliação do controle executivo top-down de sujeitos com o sintoma.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Efeito da memória operaciona nas habilidades auditivas de localização e ordenação temporal após reconto de histórias
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024) Faria, Sônia Aparecida [UNIFESP]; Pereira, Liliane Desgualdo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0546134611213515; http://lattes.cnpq.br/3471770720070663
    Objetivo: o presente estudo se propõe a elaborar e aplicar um programa de intervenção auditiva em crianças de oito anos de idade, e analisar o seu efeito na memória operacional, nas habilidades auditivas de localização e ordenação temporal, bem como na percepção do comportamento auditivo do dia a dia relatado por seus pais e professores. Métodos: Este estudo foi desenvolvido no Núcleo de Investigação em Neuroaudiologia (NINA) do Departamento de Fonoaudiologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. Os dados foram coletados numa escola municipal da cidade de São Paulo. Todos os cuidados éticos foram tomados (protocolo de envio CAAE 36192920.2.0000.5505) e o estudo foi iniciado somente após a aprovação do Comitê de Ética Institucional - conforme parecer número 5.384.402. Os 31 participantes, com 8 anos de idade, sendo 18 crianças do sexo biológico feminino e 13 do masculino foram selecionados dentre os 57 matriculados no 3º ano do ensino Fundamental. Essas crianças foram reunidas em grupos: o grupo estudo (GE) com 15 crianças, e o grupo comparação (GC) com 16 crianças. Esse agrupamento foi feito por sorteio realizado juntamente com os professores. Foram tomados cuidados para que não ocorressem desistências. A fase de intervenção foi realizada com o GE em subgrupos de cinco em cinco crianças que foram submetidas por três meses, a um programa denominada PERH de escuto e reconto de histórias, elaborado para este estudo. Para esse programa PERH foram selecionadas 12 histórias do livro Fábula de Esopo ilustradas para apresentação visual e gravadas para apresentação auditiva. As crianças do GC também passaram pelo mesmo programa após a coleta de dados Todas as crianças de ambos os grupos passaram pela fase de avaliação comportamental psicológica e por uma triagem do processamento auditivo. Para o GE ocorreu a intervenção e para o GC ocorreu um tempo de espera sem essa intervenção. Os testes selecionados para avaliação psicológica foram: Raven para avaliar a inteligência não verbal, e o Span de Dígitos para avaliar a memória operacional. Os testes de triagem do processamento auditivo foram: Avaliação simplificada do processamento auditivo (ASPAC) e o questionário SAB de relato de pais/responsáveis e docentes sobre o comportamento auditivo do dia a dia, e somente os pais responderam um questionário de nível socioeconômico (NSE/ CRITÉRIO BRASIL). Ocorreu avaliação em dois momentos, denominados momento PRÉ e PÓS tendo intervalo de três meses entre esses dois momentos, utilizando-se os procedimentos de avaliação auditiva e de memória operacional. Os demais procedimentos caracterizaram a amostra. Para participar desta pesquisa as crianças precisaram se ausentar da sala de aula regular durante o período escolar. Quando uma criança faltava, a pesquisadora usava um dia da semana para repor as faltas em atendimento individualizado. Resultados: cada história foi gravada com a voz da pesquisadora, e com dois tipos de distorção da mensagem, sendo uma dela um ruído e a outra uma música clássica. Um programa de psicoeducação foi elaborado para os pais e professores contendo informações sobre memoria operacional e processamento auditivo. Foram duas horas distribuídas em dois encontros presencias com os professores e online com o grupo de pais. Em relação ao nível socioeconômico dos pais foi possível verificar que a maioria (74,19%) são famílias de médio poder aquisitivo. Em relação à caracterização da inteligência não verbal da amostra foi verificado que as crianças mostraram um desempenho médio em habilidades de raciocínio não verbal de acordo com a população de referência do teste. Isso significa que essas crianças possuem habilidades típicas para sua faixa etária quando necessitam fazer conexões logicas com informações visuais, bem como resolver problemas básicos que envolvam figuras e padrões. Em relação às avaliações comportamentais de cada grupo de crianças e dois momentos PRÉ E PÓS destacam-se os seguintes resultados: na análise inferencial em memória operacional para todos os desfechos, os valores do momento pós, foram superiores aos do momento pré; houve diferença estatisticamente significante no grupo estudo para percentil de dígitos ordem direta (p= 0.005) e pontuação bruta de dígito ordem inversa (p<0.001) e percentil de digito ordem inversa (p 0.005); no grupo comparação ocorreu melhora significante em dígitos ordem direta (p<0,001); para a variável dígitos ordem direta spam foi observado efeito significativo de momento (p =0,047), e para a variável ordem inversa foi observado um efeito significativo de momento (p <0,001) e de interação entre momento e grupo (p
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    Acesso aberto (Open Access)
    Deficiência auditiva, restrição de participação e cognição: um estudo em idosos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024) Luz, Vivian Baptista [UNIFESP]; Martinelli, Maria Cecília [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1333051805628540; http://lattes.cnpq.br/9716746751194199
    Objetivos: Estudou-se a relação entre a cognição, restrições de participação em atividades de vida diária e solidão em idosos com perdas auditivas não tratadas. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal com amostra por conveniência. Foram selecionados 50 idosos, 25 do sexo feminino e 25 do masculino, com idade de 61 a 86 anos, com perda auditiva neurossensorial bilateral simétrica adquirida de grau leve e moderado relacionada ao envelhecimento. O protocolo de pesquisa constituiu-se de avaliação audiologica básica, questionário de autoavaliação Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE), Escala Brasileira de solidão UCLA-BR, triagem cognitiva CASI-S e Span de dígitos direto e inverso. Realizou-se a análise dos dados por meio do software Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 28.0. Para a investigação da influência do grau da perda auditiva, sexo, escolaridade e escore do CASI-S na sensação de solidão e na autopercepção de restrição de participação em atividades de vida diária, foram elaborados modelos de regressão linear múltipla. O valor de significância estatística foi igual a 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Não houve diferença quanto ao sexo para nenhuma das variáveis analisadas. Quanto maior a perda auditiva, maior a autopercepção de restrição de participação (escore HHIE social, emocional e total) e maior a solidão reportada. Quanto maior a idade menor a pontuação no Span de dígitos para ordem direta e inversa. Quanto maior o nível socioeconômico, maior a pontuação no Span de dígitos em ordem direta e inversa, melhor o desempenho cognitivo (maiores escores no CASI-S) e menor a autopercepção de restrição de participação na escala social e escore total. As variâncias das pontuações do CASI e HHIE foram capazes de explicar, respectivamente, 3,3% e 30,8% da variância da pontuação da UCLA-BR. A variância da pontuação da UCLA-BR foi capaz de explicar 33,9% da variância da pontuação do HHIE. Conclusão: Quanto maior a perda auditiva, maior a restrição de participação em atividades de vida diária e maior a solidão reportadas; as variâncias das pontuações do HHIE foram capazes de explicar um terço da pontuação da UCLA-BR e a variância da pontuação da UCLA-BR foi capaz de explicar um terço da variância da pontuação do HHIE.