Sensibilidade e especificidade do questionário “Language Use Inventory para o português brasileiro” (LUI-PB) no transtorno do espectro autista
Data
2024-10-18
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
OBJETIVO: Analisar o questionário “Language Use Inventory” - LUI PB pelas respostas de pais de crianças com TEA em comparação às de crianças sem queixa de desenvolvimento e em possíveis associações com instrumento padronizado para diagnóstico desta condição clínica. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal prospectivo, comparativo de grupos, sendo Grupo Controle (GC) de 248 crianças típicas e Grupo TEA (GTEA) de 38 crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para caracterização da amostra de ambos os grupos, foram analisados dados de gênero, idade e escolaridade materna. Para explorar o LUI-PB, aplicou-se às famílias o próprio questionário, comparando os resultados entre os grupos GC e GTEA. Posteriormente, no GTEA, associou-se o LUI-PB e a avaliação clínica pelo instrumento PROTEA-R, sendo este o instrumento escolhido como referencial para tal grupo. RESULTADOS: Houve diferença estatística entre os grupos para o LUI-PB, quanto ao uso de palavras e frases (Parte 2, Parte 3 e Total), apresentando menor pontuação no desenvolvimento de aspectos pragmáticos no GTEA. Além disso, foi possível verificar que o LUI-PB apresentou validade discriminante, com sensibilidade e especificidade, entre o conjunto de crianças do grupo GC e do GTEA quanto ao uso de palavras e frases (Parte 2, Parte 3 e Total). O mesmo não ocorreu quanto ao uso de gestos (Parte 1). Na análise de respostas ao LUI PB do GTEA e habilidades medidas pelo PROTEA-R, identificou-se associação estatística entre o uso de palavras e frases e as áreas de comportamentos sociocomunicativos, qualidade da brincadeira e entre LUI-PB no uso de gestos e o PROTEA-R nos movimentos repetitivos e estereotipados. CONCLUSÃO: O questionário LUI-PB evidenciou validade discriminante, com sensibilidade e especificidade, na pontuação total e nas partes relativas ao uso funcional de palavras e frases, em crianças de 18 a 47 meses com TEA quando comparadas a um conjunto de crianças em desenvolvimento típico. Não mostrou tal validade quanto ao uso de gestos na população estudada. Além disso, o questionário LUI-PB associou-se às habilidades mensuradas pelo PROTEA-R quanto às subescalas de comportamentos sociocomunicativos, qualidade da brincadeira e movimentos repetitivos e estereotipados.
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Citação
SALVATO, Carolina de Campos. Sensibilidade e especificidade do questionário “Language Use Inventory para o português brasileiro” (LUI-PB) no transtorno do espectro autista. 2024. 107 f. Tese (Doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2024.