PPG - Ciências do Movimento Humano e Reabilitação
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Desempenho físico em ambiente temperado: eficácia, mecanismos e aplicabilidade do pré-resfriamento local(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-17) Alvarenga, Paulo Estevão Franco [UNIFESP]; Pires, Flávio de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1256465247257763; http://lattes.cnpq.br/5437431093209028; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivos: Esta tese conduziu três estudos para investigar os efeitos do pré-resfriamento sobre o desempenho físico em exercícios realizados em ambiente temperado. Os estudos 1 e 2 verificaram a aplicabilidade e possíveis mecanismos da massagem com gelo local sobre o desempenho de endurance. Para tanto, foi aplicada massagem com gelo nos músculos da panturrilha previamente à realização de teste de corrida contrarrelógio de 4km (TT4Km) e teste de função muscular em contração isométrica voluntária submáxima (CIVS). No estudo 3, uma revisão sistemática com metanálise (RSMA) analisou a qualidade metodológica, o nível de evidência e o tamanho do efeito de diferentes estratégias de pré-resfriamento sobre o desempenho físico em diferentes tipos de exercício. Métodos: No estudo 1, 14 participantes foram submetidos ao TT4KM em uma pista de atletismo de 400 m em ambiente temperado (23.3 ± 1.7º C), com e sem massagem com gelo aplicada previamente à corrida. O tempo de corrida, PSE e percepção de dor foram registrados a cada 400 m. No estudo 2, 11 participantes foram submetidos a três CIVS até a falha, em ambiente de laboratório com condições climáticas controladas (21 – 22º C). Os sujeitos foram submetidos à condição controle (sem massagem) e massagem com gelo aplicada previamente ao teste. Medidas de desempenho (tempo até a falha), eletromiografia (EMG) e eficiência neuromuscular (ENM) dos músculos vasto lateral (VL) e reto femoral (RF), além de PSE e percepção de dor foram obtidas durante a CIVS. Uma RSMA foi realizada de acordo com as normas da Cochrane em 5 bases de dados sem restrição de idioma. O risco de viés foi analisado por meio da ferramenta Rob2 e a certeza da evidência pelo GRADE. Ademais, foi realizada metanálise de tamanhos de efeito em modelo de efeitos aleatórios. Resultados: o pré-resfriamento local com massagem com gelo aumentou a velocidade média (~ 5.2%, p = 0.03) e diminuiu o tempo para completar o TT4KM (~ 5.5%, p = 0.03), além de reduzir a percepção de dor (p = 0.028), mas não a PSE durante o TT4KM (p = 0.32). A massagem com gelo aumentou o tempo até a falha (220.9 ± 89.1 vs 173.7± 89.3 J; p = 0.006), reduzindo a ENM do VL (p = 0.003) e a PSE (p = 0.020) durante CVIS, porém sem efeito na ENM do RF, EMG dos músculos VL e RF e percepção de dor. Resultados da RSMA evidenciaram um efeito pequeno e significante do pré-resfriamento sobre o desempenho de endurance (p < 0.01), embora nenhum efeito tenha sido observado sobre o desempenho físico nos dados agrupados [Z = - 0.07; SMD = - 0.01 (IC95% -0,20 – 0,19); p = 0,94], no desempenho em resistência de força (p = 0,77) ou em salto (p = 0,77), ou nos dados separados pela modalidade de resfriamento (p > 0,59). A literatura desta área apresenta algum tipo de viés, com moderada certeza da evidência. Conclusão: o pré-resfriamento local com massagem com gelo aplicada na panturrilha e nos músculos VL e RF melhorou o desempenho de endurance durante exercício de grande massa muscular (TT4KM) e em teste de função muscular (CIVS) realizado em ambiente temperado, provavelmente por seus efeitos benéficos à função neuromuscular (ENM) e respostas perceptivas (PSE e dor). Entretanto, tais efeitos parecem não ser estendidos ao desempenho de resistência de força e salto, ou a outras modalidades de resfriamento. Alguns riscos de viés como a randomização e cegagem dos participantes comprometem a qualidade das evidências da literatura desta área.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito de diferentes durezas de palmilhas em pacientes com fasciíte plantar: ensaio controlado aleatorizado(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-16) Brito Junior, Vanderlei Natalin [UNIFESP]; Yi, Liu Chiao [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6106154677645509; http://lattes.cnpq.br/5824625981711430; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Estudos recentes têm demonstrado a eficácia das palmilhas na melhora da dor e função em casos de fasciíte plantar. No entanto, devido à diversidade nas características das palmilhas utilizadas nos estudos, não há uma padronização nas recomendações para o seu uso. Objetivos: Verificar o efeito de palmilhas de contato total com três diferentes níveis de dureza sobre a dor, a função dos pés, a cinesiofobia e a catastrofização em pacientes com fasciíte plantar. Método: Trata-se de um ensaio controlado aleatorizado. Participaram do estudo voluntários com diagnóstico de fasciíte plantar uni ou bilateral, de ambos os sexos e idade entre 30 a 65 anos. Os pacientes que atenderem aos critérios do estudo foram avaliados e randomizados em três grupos de tratamento: Grupo 1 com Palmilha 21 Shore A, Grupo 2 com Palmilha 35 Shore A, Grupo 3 com Palmilha 50 Shore A. As avaliações foram realizadas antes (T0) e após a intervenção na oitava semana. O desfecho primário foi a dor, mensurada pela escala numérica de dor de 11 pontos, na oitava semana após a randomização. Os desfechos secundários avaliados incluíram a função dos pés (Foot Function Index), a cinesiofobia (Tampa Scale for Kinesiofobia), a catastrofização (The Pain Catastrophizing Scale). Resultados: As palmilhas de menor dureza (21 Shore A) apresentaram alívio inicial da dor enquanto as palmilhas intermediárias (35 Shore A) demonstram maior eficácia na melhora da função dos pés e na redução da cinesiofobia e a catastrofização. Por outro lado, as palmilhas rígidas (50 Shore A) apresentaram menor efeito terapêutico em todos os desfechos. Conclusão: As palmilhas de menor dureza promoveram melhora da dor, enquanto as intermediárias apresentaram efeito na redução da cinesiofobia e catastrofização com oito semanas de intervenção.
- ItemEmbargoEfeitos do treinamento físico com o Método Pilates na pressão arterial, seus possíveis mecanismos reguladores e aspectos psicobiológicos em mulheres hipertensas medicadas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-18) Ruider, Daniele Tavares [UNIFESP]; Medeiros, Alessandra [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0071198026371230; https://lattes.cnpq.br/1943019709072297; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Um dos tratamentos não farmacológicos prescrito para prevenção, controle e tratamento da hipertensão é o exercício físico. Entretanto, ainda são escassos estudos que investigam o efeito do exercício físico sobre a pressão arterial (PA) e os mecanismos responsáveis pelo seu controle utilizando modalidades de exercício como o Método Pilates (MP). Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento com o MP clássico na PA de mulheres hipertensas medicadas e os possíveis mecanismos autonômicos, endoteliais e psicobiológicos. Métodos: Foram avaliadas 28 mulheres hipertensas, medicadas, não praticantes de exercício físico e com idade entre 39 e 59 anos. As voluntárias foram distribuídas em dois grupos: Grupo Pilates (GP=14) e Grupo Controle (GC=14). O GP realizou o treinamento com o MP 50 min por dia, duas vezes por semana, durante 13 semanas e o GC não realizou exercícios nesse período. Antes e após o período de intervenção foram analisadas as seguintes variáveis: pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) de repouso e ambulatorial, frequência cardíaca (FC), duplo produto (DP), variabilidade da frequência cardíaca (VFC), integridade simpatovagal, liberação fluxo mediada da artéria braquial, análise dos níveis de óxido nítrico (NO), óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), óxido nítrico sintase (NOS), humor, estresse, ansiedade, depressão, atenção, qualidade do sono, qualidade de vida, força, flexibilidade, estatura, massa corporal, índice de massa corpórea (IMC), circunferência de quadril e cintura. Resultados: Foram observadas melhoras estatisticamente significantes (p<0,05) no GP quando comparado os momentos pré e pós período de intervenção, assim como quando comparado os dois grupos no momento pós, para as seguintes variáveis: estatura; circunferência de cintura; força da mão direita e esquerda; PAS, PAD, PAM de repouso e sono, PAS, PAD, PAM e DP de 24hs e de vigília; integridade simpatovagal, ansiedade, estresse, depressão, atenção, qualidade do sono e qualidade de vida e manutenção significativa dos níveis de NO. Não houve alterações significativas da FC, variáveis da VFC, variáveis endoteliais, NO, NOS e eNOS, tanto quando comparado os momentos pré e pós quando os dois grupos. Conclusão: Conclui-se de acordo com os resultados obtidos neste estudo que o treinamento com MP Clássico promoveu nas mulheres adultas hipertensas medicadas, redução na PAS, PAD e PAM no período de: repouso, 24 horas, vigília e sono, do DP no período de 24h e vigília e melhora dos aspectos pscicobiológicos. Essa melhora da PA e DP pode ter ocorrido devido a melhora da integridade simpatovagal e das variáveis psicobiológicas, além disso, o MP contribuiu de forma preventiva na manutenção dos níveis de NO, na redução na circunferência de cintura e quadril, e aumento na força.
- ItemEmbargoLimiares de lactato e glicose como preditores do limiar metabólico em nadadores: série de estudos de caso(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-06) Genuino, Lucas Martins [UNIFESP]; Colantonio, Emilson [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9840076091240222; https://lattes.cnpq.br/2394185982260731; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Na natação, a concentração de lactato sanguíneo [La-] e a velocidade dos nadadores são úteis para a avaliações de desempenho e consequente prescrição de treinamentos. Por meio do limiar de lactato (LL) é possível identificar o limiar metabólico (LM). Também tem sido observada a identificação do LM através da concentração de glicose no sangue [Glic], conhecido como Limiar Glicêmico (LG), em pesquisas com atletismo e exercício resistido. No entanto, ainda não está claro se a intensidade de natação no LL e LG é similar, já que apenas dois estudos propuseram o LG para a identificação do LM em nadadores. Objetivo: Comparar, verificar a correlação e a concordância entre a velocidade de nado determinada pelo LL e LG em nadadores. Métodos: A amostra foi composta por 5 nadadores de alto rendimento, com mínimo de cinco sessões de treinos por semana e três anos de programa de treinamento de natação. Foram utilizados os seguintes procedimentos de avaliação: anamnese, antropometria, relatório alimentar e de sono, teste incremental (5 x 200m crawl a 80, 84, 88, 92 e 96% da performance individual de cada nadador nos 200m crawl, para ambos testes) e o teste do lactato mínimo (2 x 50 m máximos crawl, com 1 min de intervalo, seguido por 5 x 200 m a 80, 84, 88, 92 e 96% da performance individual de cada nadador nos 200m crawl, para ambos testes). As amostras das [La-] e [Glic] foram coletadas no repouso, durante os intervalos e ao final do exercício através de uma punção dedo da mão. Foi utilizado o lactímetro Lactate Plus da Nova Biomedical e o glicosímetro One Call Plus II. Análise estatística: Foi realizada no software R Core Team (2024), utilizando o teste de Wilcoxon para amostras pareadas devido ao tamanho reduzido da amostra e à ausência de normalidade nas variáveis. Resultados: Não houve diferenças estatísticas significativas entre as velocidades associadas aos limiares de lactato (vLL) e glicêmico (vLG) nos testes incremental (p=1,0) e mínimo (p=0,18). Considerações finais: Os achados sugerem que vLL e vLG representam fenômenos fisiológicos semelhantes, sendo úteis na avaliação de nadadores, sugerindo o uso do LG como alternativa ao LL. Estudos futuros com maior número amostral são recomendados para validar essa equivalência.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação de estratégia nutricional na recuperação metabólica e prevenção de fadiga em atletas de rugby(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-18) Fernandes, Wendel Simões [UNIFESP]; Vieira, Rodolfo de Paula [UNIFESP]; Carvalho, Regiane Albertini de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2515657728339113; http://lattes.cnpq.br/9213556008468472; http://lattes.cnpq.br/8800888284063571; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A busca por rendimento esportivo em atletas de Rugby induz treinamentos exaustivos em altas intensidades, favorecendo o estabelecimento de fadiga e reduzindo o rendimento dos atletas, tornando importante a avaliação de suplementos que possam auxiliar nestes processos. Métodos: Trinta e dois atletas de Rugby foram divididos em 2 grupos, grupo controle (n=16) e grupo suplementado (n=16), o grupo suplementando recebeu durante trinta dias um blend nutricional disponível no mercado, enquanto o grupo controle recebeu placebo, todos os sujeitos foram avaliados no início do trabalho (T0) e trinta dias após a suplementação (T30). Foram avaliados os níveis das seguintes citocinas, Klotho, IGF-1, BDNF, IL-6, IL-10, TNF-alfa, além de dois protocolos de saltos verticais CMJ e SJ. Resultados: Foram observados aumento nos níveis de BDNF (p<0,005), IL-10 (p<0,05) e na altura do salto vertical CMJ (p<0,05) e redução nos níveis de IL-6 (p<0,05) no grupo suplementado quando comparado com o grupo controle. Os demais parâmetros avaliados não apresentaram diferenças significativas. Conclusão: O uso do blend nutricional avaliado associado ao exercício físico reduz os níveis de citocinas inflamatórias melhorando a recuperação dos atletas.