PPG - Psicobiologia
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- ItemAcesso aberto (Open Access)The unity and diversity of the executive functions: sociodemographic and cultural effects(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-12) Segura, Isis Angélica [UNIFESP]; Pompeia, Sabine [UNIFESP]; Cogo-Moreira, Hugo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3049836001727444; http://lattes.cnpq.br/7010761150041393; http://lattes.cnpq.br/8964415380671590Executive Functions (EF) are a set of cognitive abilities that regulate behavior to achieve goals people have in mind. One widely accepted theory of EF is the unity and diversity framework, which posits that there is a pattern of intercorrelation (unity) among three (of many) EF domains (inhibition, shifting, updating) which are also separable (diversity). The exact factor structure of EF remains controversial, particularly during adolescence, when these domains become distinguishable. This controversy may also stem from various issues explored here in four studies: 1) psychometric issues; 2) sample differences in socioeconomic status (SES), culture and age; 3) inconsistent control of lower-level cognitive processes (LLP) that are also involved in EF tasks. Objectives: Study 1 and 2 determined the best EF factor structure and invariance to SES and age in early adolescents only from Iran (Study 1) plus a Brazilian sample (Study 2) in which invariance for country was also tested. Study 3 investigated the effect of LLP in the Iranian adolescent sample and three other databanks from other publications. Study 4 explored the role of LLP on adolescents’ age-related EF improvement using the Iranian and another adolescent dataset. Methods: Study 1 and 2: adolescents from Iran and Brazil (total sample: 739; 407 Iranians; 9-15 years) completed two tasks of each EF domain using a socioculturally adaptable EF test battery (Free Research Executive Evaluation). The best Confirmatory Factor Analysis EF model (out of seven tested ones) was assessed for invariance across age and SES (Multiple indicators Multiple causes), and also country (Multiple-group confirmatory factor analysis). Study 3: examined the impact of LLP on EF model in four reanalyzed datasets (two with adolescents and two with adults) (> 180 participants per sample). Using Structural Equation Modeling, a LLP latent factor reflecting shared variance of control conditions from EF tasks was regressed onto the three intercorrelated EF factors only using executive indicators (not executive cost measures). Study 4: with two adolescent datasets, the LLP factor was tested as a mediator of the direct age effects on the EF factors. Results: the three-correlated factor structure fit the data well for all tested datasets. This model was mostly invariant across age and SES (Study 1 and 2) and country (Study 2). All three EF traits improved with age, while SES had minimal positive effects on shifting and updating. The reanalyzed datasets (Study 3) also supported the three-intercorrelated EF factor using only executive indicators. LLP strongly predicted all three EF and altered EF intercorrelations (unity), which became mostly non-significant. LLP factor mediated age effects (Study 4) in both adolescent samples. Conclusion: EF differentiation is evident since early adolescence. This model is also invariant to age and SES, as well as to culture with socioculturally adaptable tests (Study 1 and 2). In spite of this, LLP explains most of EF performance, EF unity (Study 3) and the improvement of age across adolescence (Study 4). These results suggest the need to reappraise the EF unity and diversity framework.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Perspectivas de estudo entre adolescentes: explorando a associação entre planos e expectativas futuras e comportamentos de risco, por meio de um estudo epidemiológico(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-07) Ferro, Lucas da Rosa [UNIFESP]; Micheli, Denise de [UNIFESP]; Andrade, André Luiz Monezi; http://lattes.cnpq.br/3452462942187599; http://lattes.cnpq.br/2246867228137055; https://lattes.cnpq.br/1310874804455363Introdução: Embora a fase da adolescência seja crucial para o sucesso acadêmico e a saúde mental, a pesquisa sobre a relação entre as perspectivas futuras e os comportamentos de risco em adolescentes brasileiros é limitada. Objetivo: Explorar a possível associação entre as perspectivas futuras relativas a estudos e trabalho em relação a diversos comportamentos de risco entre adolescentes. Método: O presente estudo buscou preencher essa lacuna, utilizando uma amostra representativa de 48.763 alunos do ensino médio, selecionados de um conjunto maior de 159.245 alunos. As respostas sobre os planos futuros foram agrupadas em cinco categorias: Somente estudar (SO), Somente trabalhar (WO), Estudar e trabalhar (SW), Seguir outro plano (OP) e Não sei (DK). Utilizou-se o teste Qui-quadrado e ANOVA de uma via, com o software R, como base para as análises. Resultados: Verificou-se que a distribuição de gênero foi equilibrada nos grupos SO e SW, enquanto WO, OP e DK eram predominantemente masculinos. Observou-se que o grupo SO tinha mais alunos negros e menos faltas injustificadas, enquanto o grupo WO tinha mais alunos pardos e apresentava maior uso de substâncias e problemas de saúde mental. Os resultados sugerem uma associação entre as perspectivas futuras e os comportamentos de risco entre os adolescentes brasileiros, com o grupo SO associado a comportamentos de menor risco e o grupo WO associado a um maior uso de substâncias e problemas de saúde mental. Conclusão: Estes resultados fornecem insights valiosos para a formulação de intervenções e políticas públicas eficazes, visando o bem-estar e o desenvolvimento dos adolescentes brasileiros.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A jornada de três meses com restrição calórica e suplementação com probióticos na busca pela melhora da composição corporal, da inflamação e do comportamento alimentar em homens adultos que vivem com obesidade(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-29) Lucin, Glaice Aparecida (UNIFESP); Santos, Ronaldo Vagner Thomatieli (UNIFESP); http://lattes.cnpq.br/9928572887023286; http://lattes.cnpq.br/8129249619853502Objetivo: A obesidade é caracterizada pela massa corporal desproporcional para a estatura, com acúmulo excessivo de tecido adiposo e acompanhada de um quadro de inflamação crônica e sistêmica de baixo grau. A suplementação com probióticos pode ser uma alternativa adicional para o seu tratamento. No entanto, dúvidas ainda persistem. Por isso, esse trabalho teve como objetivo avaliar se 12 semanas com intervenção de restrição calórica (RC) associada à suplementação com probióticos promoveria melhora na composição corporal, na inflamação sistêmica e no comportamento alimentar de homens que vivem com obesidade. Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de dois grupos paralelos com homens adultos vivendo com obesidade grau I e II submetidos à intervenção de RC associada à suplementação probiótica por 12 semanas. 13 participantes foram alocados aleatoriamente para receber diariamente 2 de sachês de 1g cada da formulação de 1x109 UFC de cada espécie probiótica: Lactobacillus acidophilus NCFM, Lactobacillus rhamnosus HN001, Lactobacillus paracasei Lpc-37 e Bifidobacterium lactis HN019 e 12 participantes para receber placebo, composto por maltodextrina. Todos os participantes receberam uma dieta com RC de 30% do gasto energético total (GET). A composição corporal, os níveis plasmáticos de leptina, grelina, insulina, adiponectina, GLP-1, PYY, TNF-α, IL-6, IL-10 e o comportamento alimentar foram avaliados antes e depois da intervenção. Resultados: Ambos os grupos apresentaram redução de massa corporal total (p<0,001), IMC (p<0,001), percentual de gordura corporal (p<0,001), massa gorda (p<0,001), área de gordura visceral (p<0,001), circunferência abdominal (p<0,001), circunferência de cintura (p<0,001), circunferência de quadril (p<0,001)) e circunferência de pescoço (p<0,001). Não houve diferença entre os grupos. No comportamento alimentar, foi observada diminuição significativa nas pontuações de descontrole alimentar e alimentação emocional no grupo que recebeu probióticos (p=0,018 e p=0,035 respectivamente). Não foram observadas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de hormônios e citocinas: grelina, insulina, GLP-1, leptina, adiponectina, TNF-α, IL-6, e IL-10. Conclusão: A intervenção de RC foi eficaz em promover melhora na composição corporal, porém a suplementação probiótica não apresentou efeitos adicionais. Ao contrário do comportamento alimentar, onde a suplementação probiótica ofereceu benefícios superiores aos alcançados apenas pela RC. A intervenção combinada de RC e suplementação probiótica reforça a hipótese de que o eixo intestino-cérebro pode influenciar o comportamento alimentar, um fator crucial no combate à obesidade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Impacto da insônia na qualidade de vida de mulheres em uma amostra representativa da população da cidade de São Paulo entre os anos de 2007 e 2015 (EPISONO)(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-08) Lucena, Leandro dos Reis [UNIFESP0]; Hachul , Helena [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0292346083994904; http://lattes.cnpq.br/9846569519305152A insônia é uma das queixas de sono mais comumente observadas na população adulta, principalmente em mulheres, que apresentam risco maior para esta condição. Com o avanço da idade, essas queixas podem aumentar e vir acompanhadas de sintomas psicológicos e dores musculares. Além disso, sabe-se que a insônia está associada a uma série de comorbidades, como aumento de ansiedade e depressão, o que leva a piora na qualidade de vida. O presente projeto constituiu-se de dois estudos abordando temas relacionados com queixas de dor durante a noite, presença ou ausência de sintomas de insônia e qualidade de vida na população feminina. O primeiro estudo foi uma análise transversal em que se analisou a associação entre a presença ou ausência de dor durante o período da noite com a qualidade de vida em mulheres adultas. Nossa hipótese era que as participantes com queixas de dor apresentariam índices prejudicados considerando o nível de ansiedade, depressão, fadiga e na qualidade de vida, em comparação ao grupo sem queixas de dor. Para isso, utilizamos dados do Estudo Epidemiológico do Sono da cidade de São Paulo (EPISONO), conduzido em 2007. Participantes do sexo feminino foram incluídas, sendo então distribuídas em um grupo com queixas de dor e o outro como controle. Para definição dos grupos, foi utilizado a resposta de dois instrumentos, no caso: o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP) e o questionário pré-sono (instrumento que mensura o padrão de sono nos últimos meses). Como método de comparação, foram empregados o Índice de Ansiedade de Beck (IAB), Índice de Depressão de Beck (IDB), Questionário de Fadiga de Chalder (QFC), o questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde, versão abreviada (WHOQOL-Bref) e dados provenientes do exame de polissonografia (PSG). Nossos resultados mostraram que houve associação entre a piora no nível de ansiedade, depressão, fadiga e na qualidade de vida nas participantes com queixas de dor. Além disso, as participantes com queixas de dor tinham mais chance de se sentirem fatigadas. Nossa segunda avaliação foi um estudo coorte e teve como objetivo avaliar o impacto dos sintomas de insônia e suas consequências na qualidade de vida e no humor de mulheres ao longo do tempo. Para isso, dados do EPISONO de 2007 e seu acompanhamento realizado com a mesma população em 2015, foram utilizados. Mulheres adultas de todas as faixas etárias foram incluídas e classificadas de acordo com um critério subjetivo para avaliação da presença ou ausência de sintomas de insônia em ambos os momentos. Neste contexto, três instrumentos validados foram utilizados para este fim: o IQSP, Índice de Gravidade de Insônia e o Questionário de Sono UNIFESP. Apenas dados das participantes que foram classificadas com ou sem sintomas de insônia em 2007 e permaneceram no mesmo grupo em 2015, foram incluídas na análise final. O histórico clínico e os dados sociodemográficos serviram como mensuração para observar a diferença ou semelhança dos grupos no período basal (2007) e com passar do tempo (2007 x 2015). Em relação a análise longitudinal, o IAB, IDB, QFC, WHOQOL-Bref e dos dados provenientes dos exames PSG, nos forneceram informações relevantes para avaliar o efeito do grupo, do tempo e a interação entre grupo e tempo. Este estudo levantou a hipótese de que a manutenção das queixas de insônia teria um impacto negativa na percepção de qualidade de vida e humor das participantes. No entanto, considerando a interação entre grupo e tempo, não houve diferença significativas. Apesar disso, nossos resultados evidenciam que as participantes com sintomas de insônia mantiveram índices similares e prejudicados em relação ao humor, qualidade de vida e fadiga, em comparação ao grupo controle. Por fim, o passar do tempo piorou o nível de depressão e fadiga em todas as participantes, independente do grupo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Pandemia de COVID-19 e treinamento em mindfulness para saúde mental e cotidiano acadêmico de estudantes universitários(Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-23) Mello, Evelin Cristina Cadrieskt Ribeiro [UNIFESP]; D'Almeida, Vânia [UNIFESP]; Silva Rosa, Anderson da [UNIFESP]; Demarzo, Marcelo Marcos Piva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0916786723350340; http://lattes.cnpq.br/9242996936416312; http://lattes.cnpq.br/7220411418339421; http://lattes.cnpq.br/1549509212078957A pandemia de COVID-19 acentuou muitos dos desafios enfrentados pelo sistema educacional no ensino superior, como por exemplo: a implementação do ensino remoto, a acessibilidade aos recursos educacionais e a organização de estratégias que envolvem o cuidado com a saúde e o bem-estar dos estudantes. No que se refere aos aspectos da saúde mental, a formação universitária traz desafios ao estudante: manejo do estresse psicológico, aumento de responsabilidades, demandas financeiras e pressões ligadas ao desempenho acadêmico. Estudos apontam a estreita relação entre esses fatores, resultando no comprometimento da saúde mental devido a problemas relacionados à ansiedade, depressão e, consequentemente, piora no bem-estar. Objetivos: Analisar a percepção de estudantes sobre o impacto da pandemia de COVID-19 na rotina de vida diária e acadêmica, e os efeitos de um programa Promoção de Saúde Baseado em Mindfulness (MBHP) em estudantes universitários. Métodos: Pesquisa de abordagem qualitativa com método da história oral temática e dados coletados por meio de entrevista individual com roteiro semiestruturado. Foram entrevistados 20 estudantes de cursos da área da saúde da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do Centro Universitário São Camilo, após participarem do programa MBHP, com duração de oito semanas em formato remoto. O roteiro de entrevistas abordou temas como estresse, atenção, qualidade de sono, habilidades socioemocionais, dificuldades e facilidades da metodologia de um programa remoto. Resultados: Estudantes relataram que a prática de mindfulness auxiliou no manejo de sintomas de ansiedade diante de estados emocionais adversos, promovendo sensação de calma e relaxamento; as técnicas de respiração aprendidas foram consideradas essenciais para mudança do foco atencional ao lidar com estados mentais negativos. Também acreditam que a intervenção favoreceu estados de maior aceitação dos padrões de pensamento e comportamentos o que proporcionou um melhor manejo emocional por meio do cultivo da abertura e curiosidade com as experiências internas. As principais dificuldades relatadas pelos estudantes foram: dificuldade em incluir as práticas diárias na rotina, dificuldades com as práticas informais (destinadas a serem feitas individualmente fora ao horário estabelecido pelo programa) e, também, a não adaptação ao formato remoto no qual as sessões foram oferecidas. Considerações finais: A percepção dos estudantes sobre a pandemia de COVID-19 é que esta causou mudanças significativas, não apenas no cotidiano acadêmico, mas na rotina diária como um todo. Segundo eles, a participação no programa MBHP, favoreceu uma abertura para compreender e lidar com as emoções.