PPG - Medicina (Pneumologia)
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Reduced blood pressure response to sympathoexcitation provoked by the valsalva maneuver but not by handgrip exercise in patients with long Covid: evidence of arterial baroreflex dysfunction(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-11) Fonseca, João Paulo Finotti; Silva, Bruno Moreira; Bruno Moreira; http://lattes.cnpq.br/6680100353729718; https://lattes.cnpq.br/7741938794376362Introdução Uma parte das pessoas infectadas pelo coronavírus denominado SARS CoV-2 permanece com sintomas persistentes, uma condição que tem sido chamada de Covid Longa ou Sequelas Pós-agudas da Covid-19 (PASC). Muitas destas pessoas apresentam disfunção do controle autonômico do sistema cardiovascular. No entanto, ainda não são conhecidos os mecanismos subjacentes a tal disfunção e, uma possibilidade, é que esta seja em parte mediada por alteração no barorreflexo arterial. Objetivo: Investigar a capacidade do barorreflexo arterial para regular a pressão arterial mediante o ramo simpático do sistema nervoso autônomo em pacientes com PASC. Métodos: 26 pacientes participaram do estudo. Manobra de Valsalva foi utilizada para evocar simpatoexcitação devido à queda da pressão arterial. Os pacientes expiraram contra um circuito fechado enquanto estavam sentados, mantendo a pressão expiratória próxima a 40 mmHg por 15 segundos. Exercício de preensão manual estática realizado a 30% da contração voluntária máxima por 2 minutos, seguido por oclusão circulatória pós-exercício, evocou simpatoexcitação por meio de mecanismos alternativos ao barorreflexo arterial, servindo, portanto, como manobra controle. Eletrocardiograma e fotopletismografia digital registraram a frequência cardíaca e a pressão arterial batimento a batimento, respectivamente. Resultados: 15 pacientes apresentaram resultados alterados e 11 normais em índices de regulação simpática da pressão arterial na manobra de Valsalva, como a recuperação da pressão arterial sistólica na fase II tardia e o tempo de recuperação da pressão arterial sistólica na fase IV. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos na resposta da pressão arterial sistólica, diastólica e média ao exercício de preensão manual e à oclusão circulatória pós-exercício. Conclusões: Os resultados suportam comprometimento do barorreflexo arterial para regular a pressão arterial mediante o ramo simpático do sistema nervoso autônomo em parte dos pacientes com PASC. Esta alteração parece ser mediada por mecanismos especificamente envolvidos no arco do barorreflexo arterial (i.e., barorreceptores, vias aferentes e/ou controle central), visto que a resposta da pressão arterial à ativação simpática por um mecanismo alternativo ao barorreflexo arterial foi semelhante entre pacientes com Valsalva normal e anormal.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Papel prognóstico do teste de exercício cardiorrespiratório na avaliação de seguimento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-10) Daud, Meliane de Oliveira [UNIFESP]; Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota [UNIFESP]; Ramos, Roberta Pulcheri [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; http://lattes.cnpq.br/4282849546206947; http://lattes.cnpq.br/3578559065860199Introdução: A hipertensão arterial pulmonar é uma condição hemodinâmica rara, grave e debilitante. Reconhece-se a sua elevada mortalidade, destacando a importância da avaliação multiparamêtrica periódica para estratificação de risco e orientação terapêutica. Os dados hemodinâmicos, obtidos por meio do cateterismo cardíaco ao repouso, desempenham um papel significativo na determinação da gravidade. Até o momento, poucos estudos abordaram os fatores prognósticos do teste de exercício cardiopulmonar na estratificação de risco multiparamétrica. Objetivo: Avaliar o papel do platô de pulso de O2 na avaliação multiparamétrica de seguimento de pacientes com HAP. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo acompanhada de forma sistemática no Setor de Circulação Pulmonar do Hospital São Paulo – Unifesp. Foram revisados prontuários dos pacientes portadores de HAP assistidos no ambulatório de Doenças da Circulação Pulmonar da Disciplina de Pneumologia, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2018 e seguidos até agosto de 2022. A estratificação de risco basal (ESC/ERS 2022 e REVEAL Lite 2.0) e de seguimento (ESC/ERS 2022 de 3 e 4 estratos e REVEAL Lite 2.0) foram realizadas. Fatores prognósticos potenciais foram identificados por análise univariada e regressão multivariada de Cox, com modelos incluindo a presença do platô de pulso de O2. O método de Kaplan-Meier foi usado para determinar a sobrevida global. Resultados: 144 pacientes foram selecionados para este estudo. A amostra é predominantemente jovem e do sexo feminino (82,6%) com idade média de 42 anos, média de DC6M de 423 ±93m e 53,5% dos pacientes apresentavam-se em classe funcional III ou IV da NYHA. Entre a coorte, durante o período de acompanhamento mediano de 7 anos, 59 (40,9%) pacientes faleceram e 7 (4,8%) realizaram transplante pulmonar, sendo a sobrevida estimada em 1 ano de 98,6%, em 3 anos de 89,3% e em 5 anos de 77,3%. A análise multivariada de regressão de Cox, em um modelo com TECR, a classe funcional, BNP ou NT-ProBNP e a presença de platô no pulso de oxigênio foram identificadas como preditores independentes para pior sobrevida na população avaliada em relação à DC6M e ao VSi, na reavaliação. Conclusão: A presença de platô no pulso de O2 na reavaliação dos pacientes com HAP apresenta associação com mortalidade ou transplante. Sua incorporação em modelo simplificado multiparamétrico de avaliação de risco de seguimento agrega maior discriminação de prognóstico, comparativamente à adição do VSi. Além disso, os escores de estratificação de risco da ERS/ESC, COMPERA 2.0 e REVEAL LITE 2.0 demonstram habilidade de discriminar desfechos nesta amostra de pacientes com HAP.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Reabilitação pulmonar domiciliar pós-alta hospitalar em pacientes pós-COVID-19 imediato(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-18) Carneiro, Ana Carolina Carvalho [UNIFESP]; Gazzotti, Mariana Rodrigues [UNIFESP]; Nascimento, Oliver Augusto [UNIFESP]; Jardim, José Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2225674564595145; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/5901080332011696; http://lattes.cnpq.br/4387746091332746Introdução: Em dezembro de 2019, houve o surgimento de um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que causa uma doença infectocontagiosa e sistêmica chamada COVID-19. Nesta doença os pacientes desenvolvem disfunções respiratórias, física, psicológica e sistêmica generalizada. Uma em cada seis pessoas infectadas por esta doença desenvolvem sintomas, que podem permanecer após três meses. Objetivo: Avaliar a capacidade física dos pacientes no Pós-Covid-19 imediato, submetidos a um programa de reabilitação pulmonar domiciliar. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado quase experimental, realizado entre maio de 2021 a abril de 2022. Foram avaliados pacientes acompanhados no ambulatório de COVID-19, após a alta hospitalar, sendo dividos em dois grupos, intervenção (n=37) e controle (n=16). Pacientes foram avaliados quanto a fadiga, qualidade de vida, dispneia, índice de comorbidades, cognição geral, capacidade de exercício e força muscular periférica dos membros superiores e inferiores. Os pacientes receberam orientação do protocolo de reabilitação pulmonar domiciliar de 24 sessões (3x/semana), sendo entregue uma cartilha educativa de exercícios e diário para registro das atividades e foram acompanhados por ligações telefônicas semanais. Resultados: Ambos os grupos avaliados, intervenção e controle, eram semelhantes quanto a idade, maioria do sexo masculino, tinham nível de dispneia leve. Na avaliação do teste de caminhada de seis minutos (TC6) pré e pós-reabilitação, o grupo intervenção apresentou um Δ 77,3 ± 51,8 m (p = 0,009) e o grupo controle Δ 32 ± 65,2 m (p = 0,009). Nas demais avaliações do grupo intervenção houveram: aumento de força muscular dos membros inferiores e superiores no pós-reabilitação (<0,001) e da carga máxima no teste incremental de membros superiores de 0,9 (0,4) para 1,3 (0,4) (p <0,001). Houve melhora no nível de fadiga muscular no pós-reabilitação com aumento da pontuação para 127,0 pontos (p < 0,001), assim como melhora na qualidade de vida entre seu domínio físico, com pontuação de 3,36 (0,74) para 3,72 (0,72) (p < 0,001). Conclusões: O programa de Reabilitação Pulmonar Domiciliar após alta hospitalar em pacientes no Pós-Covid-19 imediato apresentou bons resultados, trazendo benefícios aos pacientes, com importante melhora da capacidade de exercício, qualidade de vida e nível de fadiga muscular. Apresenta baixo custo, viabilidade e segurança.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Capacidade do exercício e comportamento da saturação de pulso de oxigênio em pacientes com COVID-19: evolução em 1 ano(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Nozaki, Deise Garcia [UNIFESP]; Sperandio, Priscila Cristina de Abreu [UNIFESP]; Chiavegato, Luciana Dias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6275262557452273; http://lattes.cnpq.br/8238787131403166; http://lattes.cnpq.br/5770765623583114Pacientes acometidos pela Covid19 apresentam comprometimento em vários sistemas do corpo, com prejuízo em diversas funções e atividades básicas rotineiras, fato que pode impactar diretamente na qualidade de vida. O diagnóstico clínico e a adoção de intervenções terapêuticas precoces se fazem necessárias. Objetivo: Avaliar ao longo de um ano, 90 dias, 180 dias e 360 dias dias após o início dos sintomas, a capacidade funcional e a saturação periférica de oxigênio (SpO2) pelo teste do degrau em 4 minutos, em pacientes que foram hospitalizados por Covid-19. Nossa hipótese é que a capacidade funcional e a saturação de pulso de oxigênio estarão melhores a cada avaliação. Métodos: Estudo de coorte, que foi realizado nas unidades de internação por Covid-19 e também no ambulatório pós-Covid-19 por um período de um ano. Foram avaliados dados demográficos, principais sintomas no incio do pós covid-19, Índice de massa corporal e sintomas em 03 visitas e as variáveis do teste do degrau de 4 minutos que são: SpO2, FC, escala de Borg e TD4 de 37 pacientes. Resultados: Os dados demográficos indicam idade média de 56 anos, sendo 62% do sexo masculino, 65% de cor Branca com 26 dias de internação, sendo 13 dias em UTI. Com relação aos sintomas 84% apresentou desconforto respiratório com dispneia, tosse, estado febril e/ou mialgia. Observou se diminuição do IMC e dos sintomas dispneia, tosse e mialgia nas visitas 2 e 3. Houve aumento da fadiga, principalmente na segunda visita. Não houve correlação entre as variáveis tempo de internação, SpO2, dispneia, fadiga e número de degraus avaliados em todas as visitas (90 dias; 180 dias; 360 dias, exceto de 360 dias em que houve correlação fraca e negativa entre dispneia e número de degraus (R=-34 p= 0,04). Conclusões: Houve melhora na capacidade funcional em pacientes acometidos pela covid-19 ao longo de um ano, com diminuição da dispneía, mialgia e do Indíce de Massa Corporal. A saturação periférica de oxigênio se manteve leve a moderadamente anormal. Não houve correlação entre os dias de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e/ou enfermaria, número de degraus, saturação de pulso de oxigênio, dispneia e fadiga de membros inferiores (MMII) nas visitas de 90 e 180 dias.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Força muscular respiratória e periférica de pacientes pós-COVID-19(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Saldanha, Maria Fernanda Lima Souza [UNIFESP]; Sperandio, Priscila Cristina de Abreu [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8238787131403166; http://lattes.cnpq.br/2416051190634514Introdução: a persistência de dispneia e fadiga, com consequente intolerância ao exercício, tem sido os sintomas mais frequentes em pacientes pós-COVID-19. Apesar dos avanços científicos, sua causa ainda não é totalmente compreendida. Objetivo: avaliar a força muscular respiratória e periférica de pacientes diagnosticados com COVID-19 após a alta hospitalar, a fim de identificar a porcentagem de pacientes que apresentam fraqueza dessas musculaturas. Método: A avaliação foi realizada após 90 dias do início dos sintomas e incluiu avaliação da força muscular respiratória, força de preensão palmar, teste da caminhada de seis minutos, teste do degrau de quatro minutos e função pulmonar. Resultados: foram incluídos 264 pacientes, dos quais 27% apresentaram PImáx <80%prev e 53% apresentaram força de preensão palmar máxima <80% previsto. O grupo PImáx <80%prev, além de menor PImáx, apresentou menor PImáx absoluta, PImáx %prev, PImáx sustentada, SIndex, PEmáx absoluta e PEmáx %prev (p<0,001), menor valor de força de preensão palmar no membro dominante, menor VEF1 (%), menor número de degraus no TD4M e menor distância percorrida no TC6M (p=0,022; p=0,045; p=0,025; p=0,047, respectivamente). O grupo com PImáx ≥80%prev apresentou maior porcentagem de pacientes que foram internados em UTI (p=0,003) e fizeram uso de ventilação mecânica não invasiva (p=0,012). A PImáx <80% está associada a menor PEmáx, menor força de preensão palmar e menor distância no TC6M (x2=30,817, p<0,001; x2=10,305, p<0,05; x2=25,186, p<0,0001, respectivamente). Conclusão: Dos pacientes avaliados, 27% apresentam fraqueza muscular inspiratória e 53% apresentam força de preensão palmar máxima <80% previsto após a alta hospitalar pós-COVID-19. Menor PEmáx, menor força de preensão palmar e menor distância percorrida no TC6M estão associadas à fraqueza muscular inspiratória quando comparadas com pacientes sem fraqueza.