PPG - Medicina (Pneumologia)
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Reabilitação pulmonar domiciliar pós-alta hospitalar em pacientes pós-COVID-19 imediato(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-18) Carneiro, Ana Carolina Carvalho [UNIFESP]; Gazzotti, Mariana Rodrigues [UNIFESP]; Nascimento, Oliver Augusto [UNIFESP]; Jardim, José Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2225674564595145; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/5901080332011696; http://lattes.cnpq.br/4387746091332746Introdução: Em dezembro de 2019, houve o surgimento de um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, que causa uma doença infectocontagiosa e sistêmica chamada COVID-19. Nesta doença os pacientes desenvolvem disfunções respiratórias, física, psicológica e sistêmica generalizada. Uma em cada seis pessoas infectadas por esta doença desenvolvem sintomas, que podem permanecer após três meses. Objetivo: Avaliar a capacidade física dos pacientes no Pós-Covid-19 imediato, submetidos a um programa de reabilitação pulmonar domiciliar. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado quase experimental, realizado entre maio de 2021 a abril de 2022. Foram avaliados pacientes acompanhados no ambulatório de COVID-19, após a alta hospitalar, sendo dividos em dois grupos, intervenção (n=37) e controle (n=16). Pacientes foram avaliados quanto a fadiga, qualidade de vida, dispneia, índice de comorbidades, cognição geral, capacidade de exercício e força muscular periférica dos membros superiores e inferiores. Os pacientes receberam orientação do protocolo de reabilitação pulmonar domiciliar de 24 sessões (3x/semana), sendo entregue uma cartilha educativa de exercícios e diário para registro das atividades e foram acompanhados por ligações telefônicas semanais. Resultados: Ambos os grupos avaliados, intervenção e controle, eram semelhantes quanto a idade, maioria do sexo masculino, tinham nível de dispneia leve. Na avaliação do teste de caminhada de seis minutos (TC6) pré e pós-reabilitação, o grupo intervenção apresentou um Δ 77,3 ± 51,8 m (p = 0,009) e o grupo controle Δ 32 ± 65,2 m (p = 0,009). Nas demais avaliações do grupo intervenção houveram: aumento de força muscular dos membros inferiores e superiores no pós-reabilitação (<0,001) e da carga máxima no teste incremental de membros superiores de 0,9 (0,4) para 1,3 (0,4) (p <0,001). Houve melhora no nível de fadiga muscular no pós-reabilitação com aumento da pontuação para 127,0 pontos (p < 0,001), assim como melhora na qualidade de vida entre seu domínio físico, com pontuação de 3,36 (0,74) para 3,72 (0,72) (p < 0,001). Conclusões: O programa de Reabilitação Pulmonar Domiciliar após alta hospitalar em pacientes no Pós-Covid-19 imediato apresentou bons resultados, trazendo benefícios aos pacientes, com importante melhora da capacidade de exercício, qualidade de vida e nível de fadiga muscular. Apresenta baixo custo, viabilidade e segurança.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Capacidade do exercício e comportamento da saturação de pulso de oxigênio em pacientes com COVID-19: evolução em 1 ano(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Nozaki, Deise Garcia [UNIFESP]; Sperandio, Priscila Cristina de Abreu [UNIFESP]; Chiavegato, Luciana Dias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6275262557452273; http://lattes.cnpq.br/8238787131403166; http://lattes.cnpq.br/5770765623583114Pacientes acometidos pela Covid19 apresentam comprometimento em vários sistemas do corpo, com prejuízo em diversas funções e atividades básicas rotineiras, fato que pode impactar diretamente na qualidade de vida. O diagnóstico clínico e a adoção de intervenções terapêuticas precoces se fazem necessárias. Objetivo: Avaliar ao longo de um ano, 90 dias, 180 dias e 360 dias dias após o início dos sintomas, a capacidade funcional e a saturação periférica de oxigênio (SpO2) pelo teste do degrau em 4 minutos, em pacientes que foram hospitalizados por Covid-19. Nossa hipótese é que a capacidade funcional e a saturação de pulso de oxigênio estarão melhores a cada avaliação. Métodos: Estudo de coorte, que foi realizado nas unidades de internação por Covid-19 e também no ambulatório pós-Covid-19 por um período de um ano. Foram avaliados dados demográficos, principais sintomas no incio do pós covid-19, Índice de massa corporal e sintomas em 03 visitas e as variáveis do teste do degrau de 4 minutos que são: SpO2, FC, escala de Borg e TD4 de 37 pacientes. Resultados: Os dados demográficos indicam idade média de 56 anos, sendo 62% do sexo masculino, 65% de cor Branca com 26 dias de internação, sendo 13 dias em UTI. Com relação aos sintomas 84% apresentou desconforto respiratório com dispneia, tosse, estado febril e/ou mialgia. Observou se diminuição do IMC e dos sintomas dispneia, tosse e mialgia nas visitas 2 e 3. Houve aumento da fadiga, principalmente na segunda visita. Não houve correlação entre as variáveis tempo de internação, SpO2, dispneia, fadiga e número de degraus avaliados em todas as visitas (90 dias; 180 dias; 360 dias, exceto de 360 dias em que houve correlação fraca e negativa entre dispneia e número de degraus (R=-34 p= 0,04). Conclusões: Houve melhora na capacidade funcional em pacientes acometidos pela covid-19 ao longo de um ano, com diminuição da dispneía, mialgia e do Indíce de Massa Corporal. A saturação periférica de oxigênio se manteve leve a moderadamente anormal. Não houve correlação entre os dias de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e/ou enfermaria, número de degraus, saturação de pulso de oxigênio, dispneia e fadiga de membros inferiores (MMII) nas visitas de 90 e 180 dias.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Força muscular respiratória e periférica de pacientes pós-COVID-19(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Saldanha, Maria Fernanda Lima Souza [UNIFESP]; Sperandio, Priscila Cristina de Abreu [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8238787131403166; http://lattes.cnpq.br/2416051190634514Introdução: a persistência de dispneia e fadiga, com consequente intolerância ao exercício, tem sido os sintomas mais frequentes em pacientes pós-COVID-19. Apesar dos avanços científicos, sua causa ainda não é totalmente compreendida. Objetivo: avaliar a força muscular respiratória e periférica de pacientes diagnosticados com COVID-19 após a alta hospitalar, a fim de identificar a porcentagem de pacientes que apresentam fraqueza dessas musculaturas. Método: A avaliação foi realizada após 90 dias do início dos sintomas e incluiu avaliação da força muscular respiratória, força de preensão palmar, teste da caminhada de seis minutos, teste do degrau de quatro minutos e função pulmonar. Resultados: foram incluídos 264 pacientes, dos quais 27% apresentaram PImáx <80%prev e 53% apresentaram força de preensão palmar máxima <80% previsto. O grupo PImáx <80%prev, além de menor PImáx, apresentou menor PImáx absoluta, PImáx %prev, PImáx sustentada, SIndex, PEmáx absoluta e PEmáx %prev (p<0,001), menor valor de força de preensão palmar no membro dominante, menor VEF1 (%), menor número de degraus no TD4M e menor distância percorrida no TC6M (p=0,022; p=0,045; p=0,025; p=0,047, respectivamente). O grupo com PImáx ≥80%prev apresentou maior porcentagem de pacientes que foram internados em UTI (p=0,003) e fizeram uso de ventilação mecânica não invasiva (p=0,012). A PImáx <80% está associada a menor PEmáx, menor força de preensão palmar e menor distância no TC6M (x2=30,817, p<0,001; x2=10,305, p<0,05; x2=25,186, p<0,0001, respectivamente). Conclusão: Dos pacientes avaliados, 27% apresentam fraqueza muscular inspiratória e 53% apresentam força de preensão palmar máxima <80% previsto após a alta hospitalar pós-COVID-19. Menor PEmáx, menor força de preensão palmar e menor distância percorrida no TC6M estão associadas à fraqueza muscular inspiratória quando comparadas com pacientes sem fraqueza.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Prevalência de multimorbidades e polifarmácia em pacientes com DPOC de um ambulatório especializado(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-11) Fleury, Ana Carolina [UNIFESP]; Jardim, José Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/0524052403906019A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição pulmonar heterogênea, caracterizada por sintomas respiratórios crônicos e limitação ao fluxo de ar. Multimorbidade, pode estar associada a pacientes com DPOC, o que faz com que tomem várias medicações diárias diferentes. Até onde sabemos, não há descrições de polifarmácia em pacientes com DPOC. Diante disso nosso objetivo foi estabelecer a prevalência da multimorbidades em pacientes com DPOC de um ambulatório especializado, avaliar a sua polifarmácia e relacionar as multimorbidades e a polifarmácia com idade, sexo, gravidade da DPOC, status tabagístico, carga tabagística e índice de massa corpórea. MÉTODOS: Foram analisados dados de 181 pacientes com DPOC que participaram de ensaios clínicos em nosso Centro de Pesquisa entre 2009 e 2019. Foram avaliados o número de morbidades, medicamentos e doses diárias necessárias para o seu tratamento. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58,6%), com média de idade de 65 anos (± 8,5), 89,5% eram ex-fumantes e 10,5% eram fumantes ativos com alta carga tabágica (54,8 ± 30,0 maços-ano). Os pacientes apresentaram medianas de cinco multimorbidades, sete medicamentos de uso diário e nove doses diárias de medicamentos. Setenta e três doenças foram relatadas. As comorbidades mais prevalentes foram DPOC (100% pelos critérios de inclusão), hipertensão arterial (66%), dislipidemia (32%), rinite (26%), DRGE (25%), diabetes (22%), osteoporose (19%), hiperplasia prostática benigna (16%) e asma (15%). Não houve correlação significativa entre multimorbidades e idade, maços-ano e VEF1 (%); encontrou-se correlação moderada e significativa entre multimorbidades e número de medicamentos (r = 0,63, p<0,001). Em relação à polifarmácia, indivíduos fumantes por 20 anos/maço ou mais estão 9 vezes mais propensos a usar mais medicamentos, e a cada morbidade adicional aumenta, 4,02 vezes de uso de polifarmácia. As medicações inalatórias mais prevalentes foram LABA+CI (92,2%), SABA (73,4%), LAMA (61,8%) e terapia tríplice (LABA, LAMA e CI) (60,7%). Outros 114 medicamentos foram citados. A maioria dos medicamentos foi distribuída em quatro sistemas: cardiovascular (24,5%), psiquiátrico (20,1%), aparelho digestivo (11,4%) e aparelho respiratório (8,7%). CONCLUSÕES: A multimorbidade é comum em pacientes com DPOC, independentemente da idade, sexo, IMC, tabagismo e tabagismo. A associação mais frequente em nosso estudo foi com hipertensão arterial (66%). Os pacientes com DPOC tomam um número bastante alto de medicamentos diários.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Técnica de empilhamento de ar: duração dos efeitos obtidos no pico de fluxo expiratório e no pico de fluxo de tosse em pacientes submetidos à cirurgia torácica não cardíaca(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-29) Teodoro, Renata de Jesus [UNIFESP]; Faresin, Sonia Maria [UNIFESP]; Chiavegato, Luciana Dias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6275262557452273 ; http://lattes.cnpq.br/1207435570307439; https://lattes.cnpq.br/5833391054988679Após uma intervenção cirúrgica intratorácica, os pacientes apresentam alterações fisiopatológicas que resultam em tosse menos eficaz. A técnica de empilhamento de ar (TEA), utilizada inicialmente em pacientes com neuropatias, determina aumento no pico de fluxo expiratório (PFE) e no pico de fluxo da tosse (PFE) e estudos recentes demonstraram sua eficácia em pacientes submetidos a cirurgia torácica não cardíaca que, por diferentes motivos, também apresentam reduções nestas variáveis e consequentemente na capacidade de tossir. No entanto, a literatura carece de estudos capazes de indicar o tempo de duração destes efeitos benéficos. OBJETIVOS: Avaliar a duração dos efeitos da TEA no PFE e no PFT, de pacientes submetidos à cirurgia torácica não cardíaca e se esses efeitos sofrem interferência de características clínicas dos pacientes ou relacionadas ao próprio procedimento operatório. MÉTODO: Trinta doentes submetidos à cirurgia torácica não cardíaca eletiva, receberam a TEA no 3º PO e os valores de PFE e PFT foram obtidos imediatamente, a cada 30 minutos até a segunda hora e a cada 60 minutos até a sexta hora após sua aplicação. Todos os participantes foram avaliados no pré-operatório e 3º PO com relação aos sinais vitais, pressões inspiratórias máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx), PFE e PFT. RESULTADOS: Nove doentes (30%) eram do sexo feminino, a idade média do grupo foi de 53+/-12 anos. O PFE e PFT apresentaram, respectivamente, aumento significante de 45 +/- 11% para 103+/- 11% (p=0,02) e de 42+/- 10% para 103+/- 6% (p=0,01) do previsto após a TEA. Os efeitos se mantiveram por até 300 min (p=0,03) no PFE e até 240 min (p=0,04) no PFT. A idade não foi um fator relevante na duração dos efeitos. Em portadores de DPOC, a duração dos efeitos se estendeu até 240 min (p=0,03) e nos sem DPOC até 300 min (p=0,03). Não houve diferença na duração dos efeitos nos tabagistas e não tabagistas, que se mantiveram até 300 min para o PFE (p=0,02) e até 240 min para o PFT (p=0,02). Os pacientes sem e com dreno de tórax mantiveram os efeitos no PFE até 300 min (p=0,01 e p=0,02, respectivamente). A duração dos efeitos no PFT dos pacientes sem dreno foi até 300 min (p=0,02) e para pacientes com dreno até 180 minutos (p= 0,02). CONCLUSÃO: Em pacientes submetidos a cirurgia torácica não cardíaca, os efeitos da TEA sobre o PFE e PFT se mantiveram até 300 e 240 minutos, respectivamente. Nos pacientes portadores de DPOC os efeitos sobre o PFE e PFT tiveram menor duração que nos pacientes sem DPOC. Não houve diferenças na duração dos efeitos sobre o PFE e PFT de tabagistas ou não tabagistas. Não houve diferenças na duração dos efeitos sobre o PFE de pacientes com dreno e no PFT a duração dos efeitos foi menor nos pacientes com dreno de tórax.