PPG - Medicina (Pneumologia)

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    Acesso aberto (Open Access)
    Dispneia e seus descritores qualitativos em pacientes com pneumonia por covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-10) Silva, Tatiana Garcia [UNIFESP]; Ramos, Roberta Pulcheri [UNIFESP]; Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4282849546206947; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; http://lattes.cnpq.br/9278207938341829
    Introdução: Pacientes hospitalizados com pneumonia por covid-19 frequentemente desenvolvem a forma grave da doença com comprometimento significativo do parênquima pulmonar e hipoxemia, mas muitos não apresentam dispneia ao serem admitidos. Esta disparidade sugere uma complexidade na percepção da dispneia, envolvendo interações entre diversos sistemas. Embora alguns pacientes possam realmente apresentar uma redução na sensação de dispneia, acreditamos que o sintoma pode estar subestimado na literatura devido a diferentes expressões dos pacientes, destacando a utilidade da análise qualitativa da dispneia, inclusive na avaliação de resposta a intervenções. Objetivos: Avaliar a frequência de dispneia em pacientes com pneumonia por covid-19 internados em ambiente de enfermaria e unidade de terapia intensiva, assim como a frequência relativa de descritores qualitativos que indiquem avidez por ar ou aumento do esforço respiratório; avaliar a associação entre dispneia e alterações de trocas gasosas; avaliar as modificações de descritores qualitativos de dispneia após posição prona em pacientes não entubados com covid-19. Métodos: Trata-se de estudo de coorte prospectivo, com intervenção, realizado no Hospital São Paulo, no período de Novembro de 2020 a Fevereiro de 2021. Foram coletados dados sociodemográficos, análises da gasometria arterial e questionário de dispneia. Resultados: 79 pacientes foram incluídos no estudo (58% sexo masculino; 55 ± 14 anos), sendo que 77 (97%) necessitaram de suplementação de oxigênio ao chegarem ao pronto-socorro. Adicionalmente, 14 (17,7%) pacientes não apresentaram relato de "falta de ar" no momento da admissão hospitalar, porém 1/3 destes referiram outros descritores relacionados à dispneia. Os descritores qualitativos mais frequentes na amostra total foram aqueles relacionados à avidez por ar, enquanto o aumento do trabalho ventilatório foi mais frequentemente relatado pelos pacientes com “falta de ar” na admissão. Observou-se redução significativa na frequência do relato de dispneia na posição prona em comparação com a posição supina (34% versus 87%, p < 0,001). Regressão logística identificou que persistência de dispneia do tipo trabalho ventilatório após posição prona foi um fator independente na predição da necessidade de UTI. Conclusão: Dispneia é um sintoma comum em pacientes internados por covid-19 e a adoção da posição prona pode melhorar os parâmetros clínicos e funcionais relacionados a este sintoma. A persistência de descritores ligados ao aumento do esforço respiratório pode indicar fadiga respiratória com implicações prognósticas importantes.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Resposta excessiva da ventilação ao exercício e sua associação com fenótipos da Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica por meio da análise de cluster
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-27) Cordeiro, Andrei Augusto Assis de Campos [UNIFESP]; Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota Arakaki [UNIFESP]; Ramos, Roberta Pulcheri [UNIFESP]; Verrastro, Carlos Gustavo Yuji ; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; http://lattes.cnpq.br/4227820017852866; http://lattes.cnpq.br/4282849546206947; https://lattes.cnpq.br/0965197270318961
    Introdução: A HPTEC é uma doença complexa, caracterizada por dupla lesão vascular: trombos crônicos organizados e arteriopatia, com repercussão funcional, tomográfica e hemodinâmica de espectros variáveis, algumas vezes discordantes. Por outro lado, são notórias as alterações ventilatórias e de trocas gasosas na HPTEC, porém a associação com as alterações tomográficas e hemodinâmicas ainda é pouco estudada. Objetivos: Identificar fenótipos entre pacientes com HPTEC, considerando achados na angiografia pulmonar por tomografia de tórax, funcionais e hemodinâmicos por meio da análise de cluster; avaliar a associação dos fenótipos com alterações ventilatórias e de trocas gasosas ao teste de exercício incremental. Métodos: estudo transversal que avaliou características demográficas, funcionais pelo TECR e TC6M, hemodinâmicas e tomográficas dos pacientes atendidos no ambulatório de Circulação Pulmonar do Hospital São Paulo, Hospital Universitário da Escola Paulista de Medicina, Unifesp. Resultados: Foram avaliados 66 pacientes que realizaram exames de TECR, ECO, cateterismo cardíaco e AngioTC de tórax num período máximo de 6 meses entre os exames. A análise de cluster através das variáveis PAD, PAPm, VSi, SvO2, RVP, IC, Escore de Qanadli em porcentagem e a quantificação da atenuação em mosaico, permitiu a determinação de 3 clusters distintos. Os grupos se diferenciam em relação às variáveis funcionais, hemodinâmicas e tomográficas. O cluster 1 é o mais grave, o cluster 2, intermediário e o cluster 3 mais leve. O padrão da atenuação em mosaico foi capaz de diferenciar os grupos, sendo o cluster 1 aquele com maior atenuação e o cluster 3, aquele com menos. A resposta excessiva da ventilação ao exercício foi associada aos clusters. Conclusão: A HPTEC pode ser diferenciada em clusters considerando dados hemodinâmicos e de imagem, sendo os diferentes fenótipos associados à resposta excessiva da ventilação ao exercício.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Fatores preditivo do desmame prolongado em pacientes criticos com COVID-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-06) Almeida, Marcella Marson Musumeci Fagundes de [UNIFESP]; Pulcheri, Roberta Ramos [UNIFESP]; Chiavegato, Luciana Dias [UNIFESP]; Pinheiro, Bruno do Valle [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2799410181561909; http://lattes.cnpq.br/6275262557452273; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; https://lattes.cnpq.br/2301618416660390
    Introdução: Pacientes com insuficiência respiratória aguda hipoxêmica por COVID- 19 apresentam desfechos piores em comparação a outras causas, culminando em maior tempo de ventilação mecânica e permanência na UTI. Sendo o desmame uma fase importante do processo ventilatório, a identificação de fatores que o prolongam pode auxiliar na identificação de pacientes de alto risco com posterior adoção de abordagens individualizadas. Objetivo: Identificar os fatores de risco para desmame prolongado e mortalidade em pacientes intubados devido insuficiência respiratória aguda por COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo que incluiu pacientes críticos intubados por pneumonia por COVID-19. Foram coletados dados sociodemográficos, parâmetros ventilatórios e gasométricos em diferentes momentos da admissão até a alta hospitalar. As complicações ocorridas durante a internação, datas de eventos como intubação, extubação, ou traqueostomia e o desfecho da UTI (alta ou óbito) foram registrados. Os pacientes foram estratificados conforme o tipo de desmame. Foram realizadas análises multivariadas para identificação das variáveis associadas ao desmame prolongado e mortalidade. Resultados: 303 pacientes (60±14 anos, 68,3% sexo masculino) foram incluídos na análise, sendo que 33% apresentaram desmame prolongado e 93 (30.6%) apresentaram SDRA grave. Os principais fatores de risco foram acometimento na tomografia de tórax > 50% (N=136; 44.8%) e tempo entre IOT e primeira tentativa de retirada da ventilação mecânica > 9 dias. Por fim, o desmame prolongado foi associado de maneira independente à mortalidade. No grupo de desmame prolongado 62% dos pacientes foram a obito em 60 dias. Conclusão: Desmame prolongado é um achado frequente em pacientes intubados por insuficiência respiratória aguda hipoxêmica por COVID-19 e associado à mortalidade.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Tradução e adaptação cultural do questionário de satisfação e atendimento pela telemedicina (Telemedicne Satisfaction Questionnaire-TSQ)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023) Leão, Maria Efigênia do Nascimento [UNIFESP]; Jardim, José Roberto de Brito [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4320654878656075; http://lattes.cnpq.br/7442330878680402
    Introdução: A satisfação é um parâmetro aceito para avaliar o desempenho do serviço de saúde, refletindo os valores entre as expectativas e realidades dos pacientes em relação a diversos aspectos dos serviços de saúde. Quando há correspondência entre o cuidado esperado e o recebido, os pacientes ficam satisfeitos. Assim, o nível de satisfação é diretamente influenciado pelas experiências reais dos pacientes. Objetivo: Traduzir, adaptar culturalmente e avaliar a reprodutibilidade do questionário de satisfação e atendimento pela telemedicina (Telemedicine Satisfaction Questionnaire-TSQ). Métodos: Estudo transversal, amostra constituída pelos pacientes que procuraram o Núcleo de Cessação e Prevenção do Tabagismo (PrevFumo) da Unidade de Reabilitação Pulmonar vinculado à Disciplina de Pneumologia da Escola Paulista de Medicina, a partir 2020, 2021 e 2022 que participaram de, pelo menos, 50% das oito sessões programadas de atendimento virtual com a psicóloga do PrevFumo. Os pacientes foram contatados por telefone e solicitados a responder às 14 perguntas do TSQ por três vezes com intervalo de 7 e 10 dias após a entrevista inicial. Resultados: Foram analisados 53 pacientes, a média de idade era de 49,7 ±10,2 anos, a maioria era do sexo feminino (73,3%). Em relação à escolaridade, 30,2% tinham curso médio completo ou superior incompleto. Quanto ao nível socioeconômico, a maior proporção era do nível B2 (32,1%), sendo A o nível mais alto e E o mais baixo. Referente à presença nas reuniões, 92,5% dos pacientes frequentaram as oito reuniões. O escore médio da pontuação total do questionário de qualidade de vida Whoqol-Bref, foi 12,3 ± 2,49, com porcentagem média de 51,89 ± 15, 54, sendo quanto maior a pontuação, melhor a qualidade de vida. A média do teste de Fagerstrom foi 5,81 ± 2,28, tendo 39,6% dependência elevada. A carga tabagística média foi 35,32 ± 24,8 anos/maços. O escore médio de ansiedade na Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão foi 10,8 ± 4,4, tendo 45,3% dos pacientes provável ansiedade e a média de depressão foi de 8,2 ± 3,7% com 49,1% dos pacientes com provável depressão. Conclusão: O TSQ é fácil e rápido de responder e os pacientes demonstram satisfação com o atendimento da telessaúde.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação do shunt intrapulmonar em pacientes com hipertensão pulmonar tromboembólica crônica
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-11) Loureiro, Camila Melo Coelho [UNIFESP]; Ramos, Roberta Pulcheri [UNIFESP]; Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota [UNIFESP]; Nery, Luiz Eduardo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4282849546206947; http://lattes.cnpq.br/2605106957934146; http://lattes.cnpq.br/3674430003360595; http://lattes.cnpq.br/1270517481563282
    Introdução: A hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) é desencadeada principalmente pela obstrução mecânica por trombos associada a remodelamento vascular pulmonar. A circulação colateral brônquica tem sido estudada como mecanismo protetor ou implicada na patogênese da doença microvascular, além de contribuir para alterações nas trocas gasosas em repouso e durante o exercício. Objetivos: Avaliar a relação entre o shunt intrapulmonar e correlatos com dados clínicos, hemodinâmicos, laboratoriais, ecocardiográficos, tomográficos e de exercício em pacientes com HPTEC. Métodos: Estudo prospectivo, transversal com intervenção diagnóstica em pacientes do ambulatório de Circulação Pulmonar da UNIFESP. Inicialmente, foram realizados ecocardiograma transtorácico, teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e teste de exercício cardiorrespiratório (TECR) incremental. Após o cateterismo cardíaco direito, os pacientes realizaram TECR de carga constante (50% da carga máxima do teste incremental) em ar ambiente e novamente com oxigênio a 100% via máscara facial acoplada ao saco de Douglas. Amostras de sangue arterial e venoso misto foram obtidas para análise dos gases e cálculo do shunt intrapulmonar pela seguinte equação: QS/QT = [(PAO2 - PaO2) x 0,0031] / {CavO2 + [(PAO2 - PaO2) x 0,0031]}. Resultados: Dados de quatorze pacientes (7 mulheres, 49 ± 15 anos) com HPTEC foram analisados. A pressão média da artéria pulmonar foi de 54 ± 17 mmHg, a pressão de oclusão da artéria pulmonar foi de 11 ± 3 mmHg e a resistência vascular pulmonar foi de 789 ± 372 dina.s.cm5. A distância média no TC6M foi de 458 ± 78 m, o V̇O2 no pico foi de 15 ± 2 mL/kg/min e a SpO2 no nadir foi 90 ± 4% no TECR. Todos os participantes apresentaram um aumento do volume/fração de shunt detectado pela respiração de oxigênio a 100% em repouso, o qual diminuiu durante o exercício (17,0 ± 3,6% versus 9,8 ± 3,0%; p <0,001). Houve diminuição da PvO2 (p <0,001) e aumento do espaço morto (p <0,05) no exercício em ar ambiente. A fração de shunt correlacionou-se negativamente com a gravidade hemodinâmica e os valores de troponina. Houve correlação positiva com a PvO2, a PaCO2 e a fração do venous admixture ao esforço. Conclusão: O shunt intrapulmonar parece ser um mecanismo adaptativo na HPTEC em repouso e durante o exercício, possivelmente associado à diminuição dos efeitos deletérios da alta pressão de perfusão pulmonar e ao incremento do débito cardíaco ao esforço.