Mestrado em Ensino em Ciências da Saúde

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    O trabalho das agentes comunitárias de saúde pelo olhar de profissionais e gestores da atenção primária à saúde do município de Santos – SP
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-22) Mello, Natalia Cristina Brito [UNIFESP]; Nicolau, Stella Maris [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3496625318980062; http://lattes.cnpq.br/8388289538315560; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O Sistema Único de Saúde (SUS) é fruto do movimento da Reforma Sanitária brasileira que propôs um modelo de atenção à saúde universal e integral e que busca responder às necessidades de saúde da população inserida em seus diversos contextos e territórios. Nesse modelo destaca-se a incorporação das agentes comunitárias de saúde (ACS) às equipes de atenção primária. Moradoras da comunidade, desempenham um papel híbrido ao transitar entre o território e o equipamento de saúde, com função de cadastrar, acompanhar as famílias e identificar situações de saúde da população atendida. O processo de trabalho das ACS passou por intensas transformações desde os anos iniciais do SUS, sendo que o perfil dessa profissional que se apresenta hoje é fruto das relações que construíram, das experiências no dia a dia no trabalho, e das expectativas, incidências e ingerências nos processos de trabalho das ACS pela gestão local e central na atuação dessas trabalhadoras, em sua grande maioria mulheres. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e exploratória, por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado e análise temática de conteúdo dos dados produzidos. Foram entrevistados 13 profissionais de UBS tradicional e ESF que atuam junto às ACS no cotidiano de trabalho. Emergiram três temas, a saber: o valor do trabalho e dos saberes das ACS, o modelo de trabalho das ACS: entre o biomédico-prescritivo e o modelo relacional-territorial, e, a ambiguidade na relação das ACS com as equipes e o território: entre o protagonismo e a subserviência. A discussão aponta para uma transformação nos processos de trabalho das ACS que embora apareçam nos discursos como essenciais para pensar o território e contribuir com as equipes na elaboração dos projetos de cuidado tanto individuais como coletivos, aparecem também como trabalhadoras subservientes às equipes e que cada vez mais são absorvidas pelas demandas de trabalho administrativo dentro das unidades de saúde.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Vozes do sufoco: percepções de usuários de um CAPS II sobre o cuidado em situações de sofrimento psíquico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Almeida, Juliana de Menezes [UNIFESP]; Casetto, Sidnei José [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3498118188722873; https://lattes.cnpq.br/0748468040615128; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A Reforma Psiquiátrica e os movimentos da Luta Antimanicomial defenderam importantes transformações no campo da Saúde Mental. Mas, há atualmente espaço para usuários participarem da definição do cuidado a eles oferecido? O objetivo desta pesquisa foi compreender o que usuários de um CAPS II percebem como cuidado em situações de sofrimento psíquico. Objetivos específicos: identificar percepções dos usuários sobre cuidado, escuta e acolhimento por parte de pessoas próximas, profissionais e de si mesmo; identificar de que modo a menção ao fenômeno do sofrimento psíquico e a sua recepção acontecem no contexto grupal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica. Foram acompanhados dois grupos terapêuticos fechados ao longo de oito encontros cada: um grupo de mulheres com cinco participantes e um grupo de jovens com dez participantes. Os dados foram produzidos por meio de diário de campo e analisados a partir da etnografia interpretativa de Clifford Geertz. Como resultados tivemos que: gênero e condições econômicas se destacaram como marcadores sociais que interferem na percepção e acesso ao cuidado; o cuidado não é considerado um valor em nossa sociedade; experiências de sofrimento e cuidado parecem não caber na rotina e são compreendidos como responsabilidade individual; o cuidado de outros pode produzir sofrimento quando não há mutulidade. Concluímos que o lugar dos usuários na produção de políticas de cuidado continua periférico, ainda que seja perceptível seu interesse e disposição para experiências de cuidado coproduzidas; e também que o dispositivo grupal mostrou-se um espaço propício para a produção de reflexões e experimentações.
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    Falando com o território: percepções de usuárias e profissionais da Atenção Básica sobre Saúde
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-23) Alves, Aline Bernardes [UNIFESP]; Frutuoso, Maria Fernanda Petroli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4750299902344077; http://lattes.cnpq.br/8320195639914464; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A colonialidade interposta à sociedade sustenta a dicotomia que define hegemonicamente modos de ser, saber e fazer, estabelecendo hierarquias e excluindo pluralidades. A mesma lógica se estende às compreensões sobre saúde, reduzindo-as à concepção positivista e biomédica, desconsiderando as raízes histórico-sociais da desigualdade social e da produção social de saúde. A educação emancipatória, dentro da atenção básica, busca conscientizar e ampliar as percepções sobre saúde, a fim de instigar o protagonismo e a transformação social frente à estrutura colonial. Portanto, o objetivo deste estudo foi propor, discutir e analisar o entendimento de saúde a partir do território de uma Unidade de Estratégia da Saúde da Família (USF) da área continental de São Vicente, São Paulo. Trata-se de uma pesquisa participativa que contou com cinco oficinas baseadas no método pedagógico freiriano ao abordar as potencialidades e fragilidades de viver e estar no território. A pesquisa foi realizada com 16 mulheres, sendo 6 profissionais de saúde de diferentes categorias e 10 usuárias do território adscrito. Os encontros foram registrados em diários de campos, assim como a análise coletiva dos registros fotográficos obtidos pelo método foto-voz e a construção da memória coletiva narrativa do bairro. Coletivamente, foram construídas nove categorias de análises para das fotos pelas mulheres-pesquisadoras: 1. ponto de tráfico de drogas; 2. comércios; 3. lazer; 4. lixo/ falta de saneamento básico; 5. asfalto; 6. moradias; 7. serviços públicos; 8. perigos iminentes; 9. “severinas”. Em todas as análises foram refletidos os processos políticos do território e das razões sociais que estruturaram as potencialidades e fragilidades de tais contextos. As discussões das oficinas foram relacionadas à produção social de saúde a partir das observações das condições do território (fatores de risco e proteção à saúde) e do processo histórico de constituição do território. O processo de ‘fazer com’, possibilitou a análise da saúde como parcela da vida, onde as potencialidades e fragilidades do território são colocadas pelo prisma da contradição, tal como a atuação e operacionalização da atenção básica de saúde. Ao promover tempo-espaço para educação em saúde, atuamos nas frestas entrepostas entre o ideal e o possível, nas possibilidades existentes nas pluralidades de viver e estar no território, impulsionando a cidadania e protagonismo em vias de emancipação e transgressão das desigualdades sociais, de fortalecimento do coletivo e valorização de seus próprios saberes.
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    Acesso aberto (Open Access)
    A formação profissional em radiologia e o uso de realidade virtual: percepções sobre a experiência imersiva no aprendizado do estadiamento do câncer de mama
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-23) Sales, Renata Fernandes [UNIFESP]; Tarcia, Rita Maria Lino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5091970329164141; http://lattes.cnpq.br/5518729240712045
    Introdução: O contexto pós-pandêmico mundial remodelou a educação, tornando-a mais acessível, adaptável e aberta a novas perspectivas de aprendizado. A possibilidade de implementar as ferramentas tecnológicas de maneira eficaz e criativa tornou-se uma habilidade essencial para educadores e alunos, preparando-os para um futuro cada vez mais digital e interconectado. O cenário educacional contemporâneo tem sido profundamente influenciado pelo crescente emprego de tecnologias inovadoras, com destaque para a Realidade Virtual (RV). A integração dessas tecnologias na educação tem promovido transformações significativas nos métodos de ensino e aprendizado. Através do uso da Realidade Virtual, as possibilidades de imersão e interação têm revolucionado a forma como os conteúdos educacionais são apresentados e assimilados, além de aprimorar as habilidades práticas em treinamentos profissionais, contribuindo desta forma para um processo de aprendizagem mais ativo e envolvente, otimizando a assimilação de conhecimento técnico e teórico. A utilização da tecnologia, como a realidade virtual, desempenha um papel fundamental na formação e treinamento de profissionais de Radiologia. A área do radiodiagnóstico é uma área da saúde que demanda alta precisão e habilidades técnicas, e a incorporação da Realidade Virtual oferece benefícios significativos neste panorama. Objetivos: Nesse contexto, a pesquisa tem por objetivo principal identificar a percepção do discente diante de uma experiência imersiva de Realidade Virtual na formação de profissionais Técnicos e Tecnólogos em Radiologia, com especial ênfase no aprendizado do estadiamento do câncer de mama. Método: O estudo é constituído de uma pesquisa exploratória, descritiva e de abordagem qualitativa em que a população alvo é composta por discentes dos cursos de Radiologia da Faculdade Método de São Paulo, sendo a coleta de dados realizada a partir de duas sessões de grupos focais e a análise dos dados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados e Discussão: Os resultados evidenciaram através da percepção dos participantes da pesquisa que a experiência imersiva integrada ao processo de ensino e aprendizagem no estudo dos aspectos evolutivos do câncer de mama, promoveu uma compreensão mais aprofundada e realista dessa importante temática. Conclusão: A incorporação da realidade virtual no ensino do estadiamento do câncer de mama revelou-se uma ferramenta valiosa na formação dos profissionais de Radiologia contribuindo significativamente para a qualificação dos futuros profissionais da área.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Potencial político-emancipador, educação em saúde e atenção primária: vídeos educativos e cuidado em saúde mental na COVID-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-29) Vasconcelos, Karen Massita [UNIFESP]; Carnut, Leonardo [UNIFESP]; Betty, Christine Barbosa [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0921913462379192; http://lattes.cnpq.br/2575803021196614; http://lattes.cnpq.br/9504020008875268
    Introdução: O isolamento proporcionado pela pandemia de COVID-19 gerou um aumento dos problemas de saúde mental. A Atenção Primária à Saúde (APS) e sua posição como ordenadora do cuidado deve se preparar por meio do processo de educação em saúde para lidar com esta nova onda de problemas de saúde mental. Objetivo: Compreender o que a literatura apresenta sobre educação em saúde por equipes de APS no cuidado de si em saúde mental durante a pandemia de COVID-19 com vistas a pensar essas práticas em seu potencial político-emancipador. Métodos: Tratou-se de um estudo com três etapas metodológicas. Na primeira foi realizada um ensaio reflexivo sobre o tema articulando de maneira assistemática textos encontrados na literatura cinza. A segunda foi uma revisão sistemática integrativa da literatura. A estratégia de busca foi formulada a partir da construção dos polos pela sigla FCP: Fenômeno (educação em saúde e APS); População (autocuidado e saúde mental) e Contexto (COVID-19). A seleção das publicações foi feita através do fluxograma PRISMA. O limite de idioma foi o português, inglês e espanhol. O processo se deu por dois revisores interdependentes. A terceira fase foi a produção de um Produto Educacional (PE) por meio do conteúdo extraído das etapas anteriores. Este PE foi uma série de vídeos educativos sobre o cuidado de si na APS em tempos desafiadores que foram validados por 5 especialistas da área. Resultados: O ensaio crítico sobre o tema revelou a lacuna teórico-prática que existe em relação ao tema, tanto do ponto de vista do papel da educação em saúde na APS no cuidado em saúde mental, quanto sobre o potencial político-emancipador que este cuidado porventura pode alcançar. Em relação à revisão integrativa, os resultados foram consolidados em termos das seguintes categorias de análise: os aspectos metodológicos dos artigos; as estratégias para educação em saúde, a localidade das APS, a tipologia das APS, as estratégias para o cuidado e os problemas de saúde mental apresentados nos artigos. Discutiu-se o quanto essas experiências revisadas podem servir para fins político-emancipadores. Por fim, foi produzido uma série de 3 vídeos (cujo terceiro tem duas partes) os quais consolidam e traduzem para o público usuário de uma APS localizada em uma instituição bancária, como eles/as podem manter saúde mental em momentos desafiadores como tem sido este processo trans-pós pandemia de COVID-19. Os vídeos passaram por uma validação por especialistas cujo grau de concordância geral com os objetivos, estrutura/apresentação e relevância foi maior de 80%. Conclusões: O estudo nos evidencia a importância da APS no processo de emancipação do sujeito no que diz respeito a sua autonomia. A revisão integrativa nos trouxe que os agravos mentais, tais como ansiedade e depressão tiveram um crescimento significativo sobre a população, intensificando-se naqueles indivíduos que já possuíam algum transtorno mental e novos diagnósticos sendo realizados. Os vídeos educativos produzidos visam minorar esse problema. Produto Educacional: A partir deste estudo, formulou-se vídeos educacionais como produto tecnológico que visou facilitar e somar a construção de conhecimentos, visto que a composição de imagens com animação, textos, narração e sons promovem a dinâmica no processo do aprendizado. Os vídeos serão exibidos na plataforma tecnológica do Hospital Sírio Libanês, espaço de livre acesso aos pacientes assistidos pela instituição.