As ações judiciais e suas impliações para a assistência farmacêutiva e a locação de recursos do SUS
Data
2006
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Descrever os efeitos das ações judiciais que requerem da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP) o fornecimento de medicamentos, em relação a aspectos da Política Nacional de Medicamentos e diretrizes do SUS. Métodos: A unidade de análise do estudo é o processo movido pelo cidadão contra a SMS-SP e o período estudado foi de janeiro a dezembro de 2005. Foi padronizado um formulário para a coleta de dados. Resultados: Em 2005 foram impetradas 170 ações contra a SMS-SP requerendo o fornecimento de medicamentos. Os serviços do SUS originaram 59 por cento das prescrições (26 por cento municipais e 33 por cento os demais). Câncer e diabetes foram as doenças mais referidas (59 por cento). Fazem parte de listas do SUS 62 por cento dos itens solicitados. O gasto total foi de 876 mil reais, efetuado somente para itens não¬selecionados (que não fazem parte da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais). A disponibilidade de alternativa terapêutica para esses itens mostrou que 73 por cento poderiam ser substituídos. Do gasto total, 75 por cento foram destinados à aquisição de antineoplásicos. Desses, 2 não estão registrados no Brasil e a maioria carece de mais estudos que fundamentem sua eficácia. Conclusões: A maioria das demandas por medicamentos geradas por ações judiciais poderia ser evitada se a organização do SUS e suas diretrizes tivessem sido consideradas, tanto para o atendimento em oncologia quanto em relação à observância das relações de medicamentos essenciais. Quando estas questões não são observadas, esfacela-se a Política Nacional de Medicamentos, comprometendo o acesso e o uso racional de medicamentos no SUS, além da eqüidade no acesso.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2006. 57 p.