PPG - Saúde Coletiva

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    Acesso aberto (Open Access)
    Equidade no acesso a medicamentos para pessoas com deficiência no Brasil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-11) Santos, Jerilee Roma Correia dos; Wagner, Gabriela Arantes; http://lattes.cnpq.br/2359496498484717; http://lattes.cnpq.br/9892006965805847
    Objetivos: Analisar o acesso a medicamentos para pessoas com deficiência no Brasil a partir de um inquérito de base populacional brasileiro e discutir os avanços e desafios do sistema de saúde. Metodologia: Tratase de um estudo epidemiológico transversal. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional em Saúde de 2019, um inquérito de base populacional. Considerouse PcD aquelas pessoas com pelo menos uma deficiência autorrelatada. O acesso a medicamentos foi avaliado a partir de autorrelato da obtenção de medicamentos prescritos. A descrição da população considerou a ponderação da amostra. A análise de regressão logística avaliou a associação entre o acesso a medicamentos com variáveis sociodemográficas, de saúde e apoio social entre PcD. Resultados: Houve alta prevalência de acesso a medicamento (84,5%) para população geral entrevistada. Porém, quando comparadas às pessoas sem deficiência, o acesso a medicamentos foi menor para as PcD (81,2%). Ademais, PcD que autorrelataram poder contar com três ou mais familiares dobraram chance de acesso a medicamentos (OR=2.12;1.084.15;p=0.03). Quando tinham o apoio de pelo menos amigo houve 85% de chance da PcD conseguir seus medicamentos (OR=1.85;1.084.15; p=0.05). Conclusão: Nosso estudo constatou iniquidade de acesso à medicamentos pelas PcD entrevistadas no Brasil, além da necessidade frequente de apoio social, seja de amigos e familiares para conseguir medicamentos. Portanto, é fundamental tratar cada um de acordo com as suas necessidades únicas. Para isso os profissionais da saúde devem adquirir a formação e os conhecimentos necessários para promover o uso racional dos medicamentos e a garantia do acesso às PcD.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Teoria da corrupção, pensamento de floreal ferrara e o discurso da comissão parlamentar de inquérito sobre o “tratamento precoce” para a COVID-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-12) Marques, Ana Alice [UNIFESP]; Carnut, Leonardo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2575803021196614; http://lattes.cnpq.br/7672488925093411
    Objetivo: Este estudo visou compreender as contribuições que o pensamento político de Floreal Antonio Ferrara sobre a relação ‘saúde-corrupção’ ajuda para entender o caso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil (2020-2022) sobre o chamado “tratamento precoce”. Método: Para tanto o estudo ocorreu em três fases gerando três artigos: primeiramente para melhor entender a categoria corrupção foi feita uma Revisão Sistemática Crítica em revistas e anais de congressos marxista, em segundo lugar uma Análise Crítica de Conteúdo dos tomos 1 e 2 de ‘Salud y Corrupción’ de Floreal Antonio Ferrara e por último uma Análise de Discurso de Bakhtin de 14 depoentes na CPI do COVID-19, escolhidos a partir dos nomes que aparecem no Relatório Final da CPI na sessão intitulada “tratamento precoce”. Para interpretação dos dados, usou-se o referencial marxista de Ferrara disposto nos dois tomos de sua obra ‘Salud y Corrupción’. Resultados: Ferrara tem uma visão aprofundada e radical da temática até mesmo quando comparado a outros autores marxistas que já colaboram no sentido de ampliar o entendimento da categoria. Traz consigo uma visão da corrupção como elemento estruturante do modo de produção capitalista, ou seja, que está intrínseco às relações sociais capitalistas e que tem origem na relação de exploração do trabalho e extração de mais valia, e que a mercantilização da saúde vai permeabilizando cada vez mais o setor às relações corruptas. Em diálogo com essa teoria onze temáticas foram objeto de análise no discurso dos depoentes da CPI: ‘o uso, a divulgação e o manejo da cloroquina/hidroxicloroquina é corrupção?’; ‘politização do “tratamento precoce”’; ‘pandemia comparada a guerra e discurso militar’; ‘discurso em defesa da vida’; ‘charlatanismo’; ‘discurso técnico-científico’; ‘autonomia médica’; ‘indústria farmacêutica’; ‘negacionismo’; ‘culpabilização individual’ e a ‘CPI vai acabar em pizza?’ Conclusão: As categorias erigidas em diálogo com Ferrara nos permite afirmar que o pensamento do autor ajuda a identificar com maior precisão a corrupção no caso estudado. Isto traz ao debate a crítica a visão meramente institucional e demonstra o potencial que sua interpretação sobre ‘saúde-corrupção’ tem em repolitizar a saúde coletiva.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Transmasculinidades e envelhecimento: perspectivas sobre cuidado e saúde
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-02) Repolês, Sereno Sofia Gonçalves [UNIFESP]; Pereira, Pedro Paulo Gomes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1474930426841995; http://lattes.cnpq.br/6562590916981946
    Esta pesquisa se dedicou a investigar as noções de envelhecimento, cuidado e acesso à saúde desde as narrativas de seis pessoas transmasculinas, com idades entre 45 e 65 anos, residentes na Região Metropolitana de São Paulo. Trata-se de uma investigação etnográfica realizada por meio de uma imersão na vida cotidiana dos interlocutores e da realização de entrevistas. A tese, composta por três artigos, parte da caracterização de aspectos das experiências e narrativas sobre o envelhecer transmasculino, destacando sua dimensão processual, e identifica a influência das barreiras de acesso à saúde sobre as suas experiências de envelhecimento. Além disso, procura compreender os efeitos de discursos patologizantes sobre as materializações performativas do cuidado. Por fim, reconstrói-se itinerários terapêuticos na busca por cuidados, para identificar e compreender os desafios, bem como os agenciamentos criativos e processos de atribuição de sentido, mobilizados em seus percursos a fim do restabelecimento e manutenção da saúde e bem-estar. Em conjunto, esses elementos oferecem contribuições para a compreensão das experiências de envelhecimento e das necessidades em saúde das pessoas transmasculinas.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Etarismo no mercado de trabalho brasileiro: uma análise exploratória
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-12) Grubba, Ana Claudia Muniz Furtado [UNIFESP]; Ramos, Luiz Roberto [UNIFESP]; Neumann, Alessandra Paula Ferreira Moreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1732953182521957; http://lattes.cnpq.br/3798829566782422; http://lattes.cnpq.br/1924710157039997
    Objetivo: Explorar e investigar evidências da presença do etarismo no mercado de trabalho. Métodos: Foram utilizados dois métodos de pesquisa 1) Revisão de escopo: Adotou-se a estratégia População, Conceito e Contexto e a metodologia do Instituto Joanna Briggs. Esta revisão focou no etarismo relacionado a pessoas mais velhas no contexto profissional, avaliando ano de publicação, localização, idade, impacto do preconceito etário e a interseccionalidade do etarismo com o sexo feminino. 2) Pesquisa quantitativa: Levantou e analisou dados da Relação Anual de Informações Sociais para examinar a participação de trabalhadores nos setores público e privado do Brasil, com foco em diferentes faixas etárias e sexos nos anos de 2000, 2005, 2010, 2015 e 2020. Esta análise incluiu a avaliação de vínculos de trabalho em relação ao total da população em cada faixa etária e a participação relativa por sexo e faixa etária em cada ano estudado nos dois setores. Resultados: 1) Revisão de Escopo: A revisão de escopo identificou 3.029 estudos, dos quais 74 foram incluídos. A maioria dos estudos foi publicada após 2010. Os estudos que identificaram a idade da população mais velha, trouxeram um dado surpreendente, mostrando que 90% dos destes focaram em pessoas com menos de 60 anos. Em relação ao impacto que o etarismo acarreta a revisão mostrou que 27% dos estudos focaram no etarismo e igualdade de oportunidades, 20% nos efeitos do etarismo nas contratações, 19% na experiência do preconceito no trabalho, 12% nos impactos na saúde dos trabalhadores mais velhos, 11% na performance ou percepção de performance, e 11% na antecipação da aposentadoria devido ao etarismo. Ademais, 42% dos estudos examinaram interseccionalidade com outros preconceitos, principalmente idade e sexo feminino. 2) Pesquisa Quantitativa: O estudo analisou os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, revelando uma mudança demográfica substancial no Brasil, marcada pelo envelhecimento progressivo da população. O primeiro aspecto a ser destacado na pesquisa refere-se à maior concentração de vínculos empregatícios no setor público em comparação com o privado na população entre 40 e 60 anos, quando comparada com a população total estudada. A análise da intersecção entre etarismo e preconceito de sexo revelou disparidades na contratação entre homens e mulheres nos dois setores. Esta observação é particularmente relevante ao se considerar que os trabalhadores em ambos os mercados possuem alguma forma de estabilidade, sendo essa mais pronunciada no setor público. Apesar das leis no setor privado visando proteger os trabalhadores, a possibilidade de etarismo persistiu. Conclusão: Este estudo, ao revisar a literatura existente, destacou o impacto abrangente do etarismo, influenciando desde oportunidades de trabalho até decisões de aposentadoria precoce, especialmente a partir dos 40 anos. A pesquisa quantitativa revelou uma concentração maior de trabalhadores entre 40 e 60 anos no setor público, indicando maior estabilidade para esse grupo. A interseccionalidade entre etarismo e discriminação de sexo também foi evidenciada, com mulheres mais velhas enfrentando dupla marginalização no trabalho. Essas descobertas ressaltaram a necessidade urgente de abordagens mais inclusivas e igualitárias no ambiente de trabalho, reconhecendo a complexidade das dinâmicas entre idade e sexo.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla, suas experiências com a prática de mindfulness e a viabilidade do programa MBHP para esse público
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-19) Araujo, Olga Durães [UNIFESP]; Demarzo, Marcelo Marcos Piva [UNIFESP]; Bichuetti, Denis Bernardi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9159972476628904; http://lattes.cnpq.br/9242996936416312; http://lattes.cnpq.br/7675258456386873
    Há uma alta prevalência de sofrimento físico e psicológico entre a população diagnosticada com Esclerose Múltipla. Receber esse diagnóstico pode muitas vezes provocar aumento dos níveis de estresse, depressão, ansiedade e sofrimento. Além disso, muitas pessoas com Esclerose Múltipla relatam que o estresse psicológico pode piorar os sintomas característicos da doença, como fadiga, dor física e dormências. Dessa maneira, no presente estudo, nove pessoas diagnosticadas com Esclerose Múltipla contaram suas histórias. Utilizando-se das entrevistas orais, foi possível adentrar em suas experiências que extrapolam a intervenção de Mindfulness. Foi possível acessar dores, ansiedades, tristezas, medos, vergonhas, elementos de aceitação, presença e autocompaixão. Foram discutidos, também, os fatores que poderiam interferir na baixa adesão desse público a pesquisas dessa natureza.