Estratégias de comunicação utilizadas por fonoaudiólogos de indivíduos com alterações adquiridas de linguagem

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Data
2022-11-18
Autores
Chiu, Ester [UNIFESP]
Orientadores
Siqueira, Marcela Lima Silagi de [UNIFESP]
Tipo
Trabalho de conclusão de curso de graduação
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Resumo
Introdução: As alterações adquiridas de linguagem observadas em quadros como afasias e alterações linguístico-cognitivas podem afetar a comunicação em variados graus. Cabe ao fonoaudiólogo minimizar sequelas de linguagem e proporcionar estratégias facilitadoras da comunicação, visando obter melhoria nos cuidados à saúde e qualidade de vida do paciente e sua família. Contudo, há escassez de estudos brasileiros sobre as estratégias comunicativas utilizadas por fonoaudiólogos de sujeitos adultos com alterações neurológicas adquiridas, tampouco considerando possíveis variáveis correlacionadas à recomendação dessas estratégias. Objetivos: Desta forma, o objetivo geral deste estudo foi identificar as estratégias comunicativas mais utilizadas por fonoaudiológicos de sujeitos com alterações adquiridas de linguagem. O objetivo específico foi verificar se as variáveis idade, tempo de formação, titulação, tempo de experiência no atendimento a pacientes neurológicos e número de etiologias atendidas influenciam na utilização de estratégias comunicativas pelos fonoaudiólogos. Método: Trata-se de um estudo quali-quantitativo, observacional, prospectivo. A amostra foi composta por 45 fonoaudiólogos que atendem pacientes com dificuldades de comunicação decorrentes de alterações adquiridas de linguagem. A coleta dos dados foi realizada em ambiente virtual, via formulário eletrônico (google forms). O questionário foi composto pela Lista de Estratégias Comunicativas para Afásicos e Interlocutores (Simmons-McKie et al, 2008), cujas respostas foram pontuadas por uma escala Liekert (sempre, muito frequente, pouco frequente, nunca). Questões adicionais foram propostas para análise de variáveis correlacionadas à utilização das estratégias comunicativas, sendo: variáveis demográficas (idade), variáveis de formação (tempo de formação, titulação e tempo de experiência no atendimento a pacientes neurológicos) e variáveis clínicas (número de etiologias atendidas). A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial, analisando-se a frequência de utilização de cada estratégia comunicativa e a correlação entre as variáveis demográficas, variáveis de formação e variáveis clínicas. Resultados: As dez estratégias comunicativas mais utilizadas pelos fonoaudiólogos, da mais utilizada para a menos utilizada, foram: refrasear quando não é entendido; simplificar a estrutura da sentença; transmitir uma ideia de cada vez; tolerar o silêncio da outra pessoa; estabelecer igualdade na relação, reconhecendo liderança, posições e opiniões do afásico; dizer frases de incentivo ao afásico; buscar informação na linguagem corporal do afásico/focalizar além da fala; estabelecer experiências compartilhada como tópicos; usar apoio visuais e prover/usar papel e outros suportes para a fala. Quanto às variáveis que influenciam a frequência de utilização das estratégias, houve correlação significativa positiva com o grau de titulação do fonoaudiólogo; portanto, quanto maior a titulação, maior a frequência de uso das estratégias comunicativas. Conclusão: As estratégias mais utilizadas na comunicação foram aquelas que permitem facilitação da compreensão, igualdade de relação e apoio de linguagem não-verbal. O uso das estratégias comunicativas foi influenciado pelo grau de titulação do fonoaudiólogo.
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