PPG - Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar

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    As dimensões sociais da oceanografia: a percepção de docentes quanto à inserção da oceanografia socioambiental no Brasil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-06) Lega, Giovana Mendes Silva [UNIFESP]; Taddei, Renzo Romano [UNIFESP]; Scachetti, Rodolfo Eduardo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1607421823893275; http://lattes.cnpq.br/3956613911250399; http://lattes.cnpq.br/7406173794208590; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A oceanografia tradicional e suas subáreas são relevantes tanto para a elaboração de uma ciência do maior ecossistema do planeta quanto para o desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem o desenvolvimento sustentável nas áreas costeiras e marinhas. Porém, os 17 ODS da ONU e os objetivos da Década do Oceano demonstram que algumas questões ligadas aos oceanos demandam uma visão mais abrangente. A oceanografia socioambiental se apresenta como uma maneira complementar de analisar o universo marinho. A pesquisa aqui apresentada realizou mapeamento e diagnóstico do desenvolvimento da oceanografia socioambiental no país, no momento em que esta é discutida nos cursos de oceanografia, analisando as transformações curriculares nos cursos de graduação das universidades brasileiras e as maneiras como docentes em oceanografia das treze instituições de ensino percebem tais mudanças. O marco teórico central da análise é a teoria dos campos de Pierre Bourdieu. A pesquisa evidenciou a inexistência de compreensão comum a respeito das transformações propostas pelos autores ligados ao movimento da oceanografia socioambiental, mesmo entre os participantes que veem tais mudanças como positivas. Adicionalmente, os dados demonstram a existência de ações previstas pela teoria dos campos, como o trabalho da manutenção das fronteiras da oceanografia tradicional. Em conclusão, as análises produzidas através de teoria dos campos sugerem que a constituição da oceanografia socioambiental como quinto pilar da oceanografia pode ser uma estratégia para a viabilização da transformação paradigmática visada pelos proponentes do movimento, as invés de ser necessariamente contraditória a ela.
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    Associação entre indicadores ecotoxicológicos e de poluição do sedimento
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-22) Fonseca, Marina Ferrel [UNIFESP]; Fonseca, Gustavo Fernandes Camargo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2643979959364811; http://lattes.cnpq.br/1576819198857694; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Neste estudo, a associação entre a concentração de metais, toxicidade em organismos alvo e biomarcadores foi investigada. O objetivo foi testar se indicadores biológicos (biomarcadores, bioacumulação e toxicidade) podem prever as concentrações de poluentes no sedimento. Cinco estudos já publicados formaram o conjunto de dados. Para as análises, somente as variáveis comuns a todos os estudos foram consideradas. Ao todo foram 9 variáveis do sedimento e 15 indicadores biológicos. Os dados foram analisados por meio de algoritmos de aprendizado de máquinas. 80% dos dados foram utilizados para treinar o modelo e 20% para teste. Após a padronização, os dados de contaminação de todos os estudos foram agrupados em cinco conjuntos. Os resultados das análises de correlação mostraram a ausência de correlação entre os indicadores biológicos evidenciando a importância de analisá-los em conjunto. Na fase de treino, o modelo de aprendizado de máquina selecionou um sub-conjunto de indicadores biológicos para prever o gradiente de poluição do sedimento, obtendo 91,479% de acurácia. No conjunto de teste esta acurácia subiu para 100%. A toxicidade ocorreu principalmente nos grupos com maior concentração de metais, sugerindo uma relação entre os contaminantes e os efeitos nos organismos. Dentre os biomarcadores mapeados, GST, GPx e dano ao DNA foram os mais relevantes para prever as condições do sedimento. Os resultados obtidos reforçam que um grupo de indicadores tem maior potencial preditivo se usados em conjunto. Uma vez detectada um tipo de resposta, as análises mais detalhadas de contaminação do sedimento podem ser realizadas. Este estudo destaca ainda que estes indicadores biológicos poderiam ser utilizados constantemente em programas de monitoramento, com a finalidade de otimizar as análises.
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    Material particulado atmosférico e contaminação ambiental: avaliação dos efeitos ecofisiotoxicológicos em Ucides cordatus
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-08) Paço, Marina de Souza [UNIFESP]; Pereira, Camilo Dias Seabra [UNIFESP]; Duarte, Luís Felipe de Almeida; http://lattes.cnpq.br/9386997051560839; http://lattes.cnpq.br/4298143669596994; http://lattes.cnpq.br/5698814317453541; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A atividade industrial na obtenção e processamento de ferro, aço e outros processos siderúrgicos resulta na emissão de material particulado atmosférico (MPA) contendo metais livres e/ou nanopartículas. Quando dispersos na atmosfera, o “pó preto” (nome popular), contamina tanto o ambiente aéreo quanto o aquático e, passivamente é incorporado pela biota local, incluindo seres humanos. O uso de respostas biológicas de invertebrados para o monitoramento ambiental é uma prática cada vez mais comum. Crustáceos decápodes se destacam entre os organismos de maior utilização e eficiência para a avaliação e monitoramento de impactos ambientas. Dentre este grupo, o caranguejo Ucides cordatus já demonstrou ser um modelo biológico efetivo em estudos de biomarcadores de exposição e efeitos de contaminantes. Este projeto propõe uma avaliação dos efeitos subletais (genotoxicidade, estresse oxidativo, citotoxicidade e neurotoxicidade) para elucidar o potencial toxicológico do "pó preto" em ambientes costeiros. Para tanto foram utilizados os seguintes indicadores: Ensaio do Tempo de Retenção do Vermelho Neutro (TRCVN), DNA Strand Break, Peroxidação Lipídica (LPO), atividade da colinesterase (ChE) e bioacumulação de metais. Houve bioacumulação de Fe, Cu, Al, Ni, Zr e Nb nas brânquias. O hepatopâncreas acumulou, Fe, Zn, Cd, Ti e Zr, enquanto o músculo acumulou elementos Mn, Fe, Sr, Ag e Ba. Efeitos subletais relacionados ao estresse oxidativo foram observados principalmente nas brânquias. Genotoxicidade foi observada na hemolinfa, enquanto neurotoxicidade foi observada após 15 e 30 dias na hemolinfa e músculo, respectivamente. A estabilidade da membrana lisossomal demonstrou que caranguejo Uça foi severamente impactado após 30 dias de exposição ao pó preto. Este estudo contribui para políticas públicas ambientais e setoriais, bem como para futuras tomadas de decisão em processos que envolvam contaminação aquática por material particulado atmosférico oriundo de atividades metalúrgicas, tema ainda ignorado pela legislação vigente.
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    Transição energética para a sustentabilidade no Brasil: narrativas e imaginários dos stakeholders do setor energético brasileiro
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-04) Torres, Bruno Eduardo Baptista Rodrigues [UNIFESP]; Ramos, Fernando Ramos [UNIFESP]; Miguel, Jean Carlos Hochsprung; http://lattes.cnpq.br/9012359647335296; http://lattes.cnpq.br/6386604893833197; http://lattes.cnpq.br/4745787284832483; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O tema desta pesquisa consiste na transição energética para a sustentabilidade, com foco nas narrativas e imaginários dos stakeholders envolvidos com o setor energético brasileiro. O objetivo dessa pesquisa foi compreender a partir do mapeamento de stakeholders e da análise de seus posicionamentos e narrativas, os rumos que são imaginados a respeito da transição energética para a sustentabilidade no Brasil. As informações, coletadas por meio de: entrevistas semiestruturadas, publicações em jornais de grande circulação e arquivos documentais das instituições públicas, foram conduzidas assumindo o marco conceitual dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ESCT) e dos Estudos de Transição Energética para a Sustentabilidade. Duas metodologias foram adotadas: Análise de Discurso Crítica (ADC) e a Análise de Conteúdo Temático (ACT). A ADC permitiu evidenciar historicamente quais contextos, panoramas, assuntos e stakeholders nortearam o debate público acerca do termo “transição energética” entre 1970 e 2020. Além disso, foi possível entender as narrativas acerca de sustentabilidade desenvolvidas ao longo dos Planos Decenais de Expansão Energética (PDE’s) publicados entre 2006 e 2022. A ACT realizada para análise das entrevistas com stakeholders mostrou que há alguns aspectos de consenso no setor de energia brasileiro. A maioria dos stakeholders ouvidos aponta que a transição energética no Brasil está numa fase intermediária e que a disputa política é um fator importante no processo. Por outro lado, as entrevistas apontam uma diversidade de visões sobre aspectos determinantes para o processo de transição energética a ser adotado no país. Como consequência desses fatores, torna-se evidente a dificuldade de avançar simultaneamente nas questões relacionadas aos entendimentos da transição, especialmente as noções de prioridade dos 5Ds (Descarbonização, Descentralização, Decrescimento dos Padrões de Consumo, Democratização e Digitalização). Os entrevistados sugerem caminhos diversos, como pensar em uma economia de baixo carbono e investir em alternativas socioeconômicas, manter o espaço das hidrelétricas, evoluir na geração distribuída e acelerar a eletrificação sustentável.
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    Indicadores legais para avaliar a gestão municipal dos resíduos sólidos urbanos: o caso de Guarujá-SP
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-24) Miranda, Marina Provetti [UNIFESP]; Villar, Pilar Carolina [UNIFESP]; Famá, Ana Carolina; http://lattes.cnpq.br/8369461429621874; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A gestão ambiental no Brasil é norteada pelos três entes federativos, sendo eles a União, os Estados e os Municípios, além do Distrito Federal. A gestão de resíduos sólidos é uma subárea da gestão ambiental. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída através da Lei nº 12.305/2010 e tem como principal propósito promover a gestão integrada dos resíduos, o reconhecimento do valor econômico do resíduo e atribuir a responsabilidade por todo o ciclo de vida do produto. Os municípios possuem um papel de destaque na implementação dessa legislação, porém possuem dificuldade em instrumentalizar as obrigações impostas pelos estados e pela União. As zonas costeiras enfrentam diversos desafios quando se trata de gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU), no município de Guarujá situado no estado de São Paulo não é diferente. O objetivo deste trabalho é identificar as obrigações legais federais relacionadas à gestão de RSU e construir um instrumento que permita avaliar se elas foram incorporadas e aplicadas pelos municípios. A metodologia utilizada foi análise documental. A legislação federal garantiu um standard de mecanismos para a gestãomunicipal, a partir dos quais foi possível estruturar o Sistema de Avaliação de Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (SAG-RSU), composto por 7 indicadoresprincipais e 31 subordinados. O SAG-RSU é um esforço metodológico que visa criar uminstrumento formado por indicadores legais que gere dados comparáveis e sistematizados sobre esseambiente de governança municipal, permitindo identificar as principais fragilidades e fortalezas. Os resultados gerais foram considerados bons, assim como das duas primeiras dimensões do instrumento: político – institucional de gestão e ações de coleta seletiva, enquanto a terceira, e última dimensão: ação de educação ambiental obteve desempenho moderado.