Avaliação dos efeitos fisiológicos de diclofenaco em invertebrados marinhos bentonicos associada à acidifação oceânica

View/ Open
Date
2021-02-25Author
Mota, Heloísa Helena Perez [UNIFESP]
Advisor
Cesar, Augusto [UNIFESP]Type
Trabalho de conclusão de curso de graduaçãoMetadata
Show full item recordAbstract
Com a crescente quantidade de CO2 sendo emitida de fontes antrópicas, a absorção de carbono pelos oceanos acarreta a formação de ácido carbônico, que quando dissociado, aumenta a presença de íons [H]+, tornando o pH da água mais ácido. Essa mudança de pH altera as características geofísicas do mar, como mudança de solubilidade e mobilidade de poluentes. A presença de fármacos no ambiente marinho vem sendo mais preocupante do que a presença de outros compostos químicos bioativos, visto que são formulados visando alterar a fisiologia e/ou comportamento de organismos alvo. Além disso, sua taxa de remoção dificilmente passa dos 50% e o cenário só se agrava com a falta de saneamento e tratamento de esgoto. Todavia, ainda há poucos dados sobre a biodisponibilidade e efeitos associados ao comportamento desses compostos, especialmente em um cenário de acidificação oceânica. O diclofenaco é um anti-inflamatório não esteroide amplamente utilizado em todo o mundo, cujo consumo excede 100 toneladas por ano. Sua presença foi identificada não somente no local de estudo, mas também em outros lugares como Mar mediterrâneo, Mar Adriático e Mar Norte. Nos ensaio de toxicidade realizado em três diferentes pHs (8,0; 7,6 e 7,3), nos dois primeiros tratamentos, houve uma diminuição significativa do tempo de retenção do corante vermelho neutro em concentrações ambientalmente relevantes nos pH 8,0 e 7,6 e após a análise estatística, somente no pH 7,3 não apresentou diferença significativa entre as concentrações.