Fibrilação atrial permanente: avaliação do treinamento físico no desempenho cardiovascular e na qualidade de vida
Data
2018-04-26
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Atrial fibrillation (AF) is the most common supraventricular arrhythmia in the adult
population worldwide. The purpose of this study was to evaluate the cardiovascular
performance, after a program of continuous aerobic physical training of moderate
intensity and high intensity interval, in patients with permanent AF. A total of 45 adult
patients diagnosed with permanent AF, of both sexes were randomized to form 3
study groups. G1 is the control group, which did not perform exercises. G2 is the
moderate intensity physical training and G3 is the high intensity physical training. The
patients were evaluated before and after being submitted to the physical training
program. This program was performed three times a week at 48 hour intervals for a
period of 12 weeks. In the initial evaluation were collected: the epidemiological and
clinical characteristics, etiology, time of AF, ejection fraction and treatment
performed. Quality of life, exercise testET
(oxygen consumption, blood pressure
(BP), heart rate (HR), double product (DP), cardiac output (CO), HR and BP
variability, walking ability and the presence of ventricular arrhythmias through the
Holter, were analyzed. The mean and minimum and maximum values for quantitative
variables and the KruskalWallis
test for comparison between groups were used as
descriptive measure. For qualitative variables, they were presented as absolute and
relative frequencies (%) and Fisher's exact test was used to verify the existence of
statistical difference between the control groups, moderate and intensive. In order to
compare before and after exercise, the Wilcoxon paired test and the MacNemar test
were performed for quantitative and qualitative variables, respectively. The decisions
were taken at the 5% level of significance, p < 0.05.The initial results analyzing pre
and post exercise suggest an improvement in the groups that performed exercises.
The moderate exercise when evaluated by the ergometric test increased significantly
the duration of the test, the maximum VO2, maximum BP and METs. The group that
underwent intensive treatment showed improvement in the quality of life in the
general health domain. In the ET performance, it showed an increase in the duration
of the test, in the VO2 maximum, in the number of METs and in the CO and in the 6minute
walk test (WT), an increase of the distance traveled. In the comparison of the
control with the two types of exercise by ET and WT 6 min, there was confirmation of
a better cardiovascular performance. Comparing exercise modalities, intensive
training improved quality of life in the functional capacity domain. In the evaluation of
12 valvular patients with AF, physical training was shown to be safe and reaffirmed
the improvement of cardiovascular performance in this group of patients.
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia supraventricular mais comum na população adulta mundial. Pretendemos como objetivo, avaliar o desempenho cardiovascular, após programa de treinamento físico aeróbio continuo de moderada intensidade e intervalado de alta intensidade, nos pacientes com FA permanente. Foram selecionados 45 pacientes adultos com diagnóstico de FA permanente, de ambos os sexos que foram randomizados para a formação de 3 grupos de estudo. O G1 é o grupo controle, que não realizou exercícios. O G2 é o de treinamento físico de moderada intensidade e o G3 é o de treinamento físico de alta intensidade. Os pacientes foram avaliados antes e após serem submetidos ao programa de treinamento físico. Este programa foi realizado três vezes por semana com intervalos de 48 horas por um período de 12 semanas. Na avaliação inicial foram coletadas: as características epidemiológicas, clínicas, etiologia e tempo de FA, fração de ejeção e tratamento realizado. Foram analisados: qualidade de vida, teste ergométrico - TE [consumo de oxigênio, pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), duplo produto, débito cardíaco (DC), variabilidade de FC e PA], a capacidade de caminhar e a presença de arritmias ventriculares através do Holter. Foi utilizada como medida descritiva a mediana e valores mínimo e máximo para variáveis quantitativas e o teste de Kruskal-Wallis para comparação entre os grupos. Já para variáveis qualitativas, foram apresentadas sob a forma de frequências absoluta e relativa (%) e foi utilizado o teste exato de Fisher para verificar existência de diferença estatística entre os grupos controle, moderado e intensivo. A fim de comparar antes e depois do exercício, foi realizado o teste pareado de Wilcoxon e o teste de MacNemar, para variáveis quantitativas e qualitativas, respectivamente. As decisões foram tomadas ao nível de 5% de significância, p < 0,05. Os resultados iniciais analisando pré e pós exercício sugerem uma melhora nos grupos que realizaram exercícios. O exercício moderado quando avaliado pelo teste ergométrico aumentou significativamente a duração do teste, o VO2 máximo, PAS máxima e METs. O grupo que realizou o tratamento intensivo mostrou melhora na qualidade de vida, no domínio saúde geral. No desempenho do TE, mostrou aumento na duração do teste, no VO2 máximo na quantidade de METs e no DC e no teste de caminhada (TC) de 6 minutos, um aumento da distancia percorrida. Na comparação do controle com os dois tipos de exercício pelo TE e TC 6 min houve confirmação de um melhor desempenho cardiovascular. Comparando as modalidades de exercícios o treinamento intensivo melhorou a qualidade de vida no domínio capacidade funcional. Na avaliação dos 12 pacientes valvares com FA o treinamento físico demonstrou ser seguro e reafirmou a melhora do desempenho cardiovascular neste grupo de pacientes.
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia supraventricular mais comum na população adulta mundial. Pretendemos como objetivo, avaliar o desempenho cardiovascular, após programa de treinamento físico aeróbio continuo de moderada intensidade e intervalado de alta intensidade, nos pacientes com FA permanente. Foram selecionados 45 pacientes adultos com diagnóstico de FA permanente, de ambos os sexos que foram randomizados para a formação de 3 grupos de estudo. O G1 é o grupo controle, que não realizou exercícios. O G2 é o de treinamento físico de moderada intensidade e o G3 é o de treinamento físico de alta intensidade. Os pacientes foram avaliados antes e após serem submetidos ao programa de treinamento físico. Este programa foi realizado três vezes por semana com intervalos de 48 horas por um período de 12 semanas. Na avaliação inicial foram coletadas: as características epidemiológicas, clínicas, etiologia e tempo de FA, fração de ejeção e tratamento realizado. Foram analisados: qualidade de vida, teste ergométrico - TE [consumo de oxigênio, pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), duplo produto, débito cardíaco (DC), variabilidade de FC e PA], a capacidade de caminhar e a presença de arritmias ventriculares através do Holter. Foi utilizada como medida descritiva a mediana e valores mínimo e máximo para variáveis quantitativas e o teste de Kruskal-Wallis para comparação entre os grupos. Já para variáveis qualitativas, foram apresentadas sob a forma de frequências absoluta e relativa (%) e foi utilizado o teste exato de Fisher para verificar existência de diferença estatística entre os grupos controle, moderado e intensivo. A fim de comparar antes e depois do exercício, foi realizado o teste pareado de Wilcoxon e o teste de MacNemar, para variáveis quantitativas e qualitativas, respectivamente. As decisões foram tomadas ao nível de 5% de significância, p < 0,05. Os resultados iniciais analisando pré e pós exercício sugerem uma melhora nos grupos que realizaram exercícios. O exercício moderado quando avaliado pelo teste ergométrico aumentou significativamente a duração do teste, o VO2 máximo, PAS máxima e METs. O grupo que realizou o tratamento intensivo mostrou melhora na qualidade de vida, no domínio saúde geral. No desempenho do TE, mostrou aumento na duração do teste, no VO2 máximo na quantidade de METs e no DC e no teste de caminhada (TC) de 6 minutos, um aumento da distancia percorrida. Na comparação do controle com os dois tipos de exercício pelo TE e TC 6 min houve confirmação de um melhor desempenho cardiovascular. Comparando as modalidades de exercícios o treinamento intensivo melhorou a qualidade de vida no domínio capacidade funcional. Na avaliação dos 12 pacientes valvares com FA o treinamento físico demonstrou ser seguro e reafirmou a melhora do desempenho cardiovascular neste grupo de pacientes.