PPG - Educação e Saúde na Infância e na Adolescência

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    Jovens e adultos com deficiência intelectual nos CIEJAs paulistanos: o que dizem professoras sobre sobre os desafios de educar para o trabalho
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-15) Silva, Adriana Fernandes; Carvalho, Maria de Fátima; http://lattes.cnpq.br/1875338693729537; http://lattes.cnpq.br/9748831356706522
    Este trabalho de pesquisa de mestrado aborda a inclusão educacional e profissional de estudantes com deficiência intelectual na Educação de Jovens e Adultos — EJA. Investiga o que dizem professoras, sua posição sobre a proposta educacional orientadora da EJA na cidade de São Paulo e, mais especificamente, sobre o Projeto Político-Pedagógico — PPP (proposta curricular de um Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos — CIEJA), com o intuito de verificar se e como os objetivos de preparação de estudantes jovens e adultos com deficiência intelectual para o mundo do trabalho — objeto da proposta desta modalidade de ensino no município — são concebidos pelas professoras e, de que maneira, da perspectiva delas, são trabalhados no âmbito pedagógico escolar de um CIEJA. A fundamentação teórica e a análise de dados têm como base a teoria histórico-cultural de Vigotski e colaboradores sobre o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual e a importância da educação nesse processo, assim como as contribuições de estudos da história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, da Educação especial e inclusiva e, também, sobre a inclusão profissional desses estudantes no Brasil. Trata-se de pesquisa exploratória, conduzida de forma qualitativa e descritiva, incluindo uma abordagem de produções acadêmicas sobre o tema (2008-2022), do currículo da EJA — com sua origem e desenvolvimento — da escola definida como base de trabalho e de um CIEJA paulistano, além de entrevistas semiestruturadas, realizadas com oito professoras desta unidade, escolhida por concentrar o atendimento a esta população. As análises descrevem perspectivas de documentos e das docentes sobre educação inclusiva, deficiência, desenho universal para aprendizagem, educação integral, trabalho escolar de preparação para o mundo do trabalho. Busca-se, de uma perspectiva descritiva, articular entendimentos de professoras, princípios e orientações constantes nos documentos, identificar aproximações e afastamentos e, nesse contexto, responder sobre as contribuições de uma unidade de CIEJA aos desafios já elencados. As considerações finais apontam e retomam descrições do que dizem as educadoras, suas elaborações de conceitos e fatores envolvidos na relação entre os princípios orientadores do projeto e das práticas pedagógicas. Constatam que, do ponto de vista das docentes, para contribuir com a formação para o mundo do trabalho, muitos obstáculos precisam ser superados pela instituição e pela EJA. Evidenciam contradições constitutivas da relação educação-mundo do trabalho para pessoas com deficiência intelectual. Refletem sobre a necessidade de superação de uma concepção de educação de pessoas com deficiência intelectual que se centra na dimensão socializadora do trabalho pedagógico, enfatizando a necessidade de acolhimento afetivo e de leitura de mundo, o que impede um maior investimento em processos de ensino-aprendizagem de conteúdos — como a leitura e escrita, por exemplo — voltados às necessidades jovens e adultas de formação para o mundo do trabalho e do trabalho propriamente dito. A persistência dessa perspectiva contradiz conceitos orientadores e diretrizes do campo da EJA.
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    A educação especial no município de Francisco Morato (SP): modos de organização após a municipalização (2002)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2019-12-21) Rodrigues de Oliveira, Rosemeire; Carvalho, Maria de Fátima,; http://lattes.cnpq.br/1875338693729537; https://lattes.cnpq.br/4740766153641581
    Este trabalho investiga modos de organização da Educação Especial em Francisco Morato (SP) após a municipalização (2002-2018), com destaque aos modos de organização relacionados à implementação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva - PNEE-EI. Este período é marcado pela municipalização do ensino no município, onde dispositivos legais registram o processo de regulamentação da implementação da modalidade Educação Especial. A lei municipal nº 1.992, de 30 de setembro de 2002 (FRANCISCO MORATO, 2002), institui o processo de municipalização, dispondo sobre a criação do sistema municipal de ensino, estabelece normas gerais para sua adequada implantação e mudanças que antecedem a promulgação da PNEE-EI (BRASIL, 2008a). Busca responder às questões: de que modo a modalidade Educação Especial tem sido organizada no município de Francisco Morato após a municipalização e como esses modos de organização concorrem para a implementação de políticas e práticas de inclusão? O trabalho tem como fundamento teórico a abordagem histórico-cultural em Psicologia, com ênfase nas contribuições de Vygotsky ([1934] 1991a; [1934] 1993a; [1931-1960] 1995b; [1934] 1997b; [1934] 2001) e de estudos do campo da Educação Especial que enfocam políticas e práticas de inclusão escolar como produções histórico-culturais, ou seja, socialmente mediadas (JANNUZZI, 1992; 2004; MENDES, 2010; KASSAR 2011a; 2011b; 2012). O estudo é construído em abordagem qualitativa, através da realização de Rodas de Conversa com professoras que atuam na Educação Especial e consulta a documentos federais e municipais (MOURA; LIMA, 2014; MARCONI; LAKATOS, [1985] 2010). A produção dos dados envolve o período 2002 - 2018. A construção dos dados relaciona documentos e narrativas dos participantes e são destacados para análises modos de organização apontados como definidores das características da modalidade Educação Especial com relação à opção por locais e modos de atendimento, definição do público-alvo, avaliação dos estudantes. As análises descrevem e interpretam os dados apontando para contradições que embasam os modos como, no município, políticas e práticas de inclusão são implementadas, ao longo do período estudado, para a manutenção de modos de organização que não contribuíram para a construção de uma perspectiva de educação inclusiva, reeditando orientações e práticas que concorrem para uma visão normalizadora e restritiva de possibilidades de aprendizagem e participação dos estudantes, modos apontados como ainda vigentes e que precisam ser evidenciados, problematizados e confrontados na construção de uma educação de qualidade para todos os estudantes
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    Atividade de linguagem, gramática e processos criativos: reflexões sobre o ensino-aprendizagem do léxico.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-26) Silva, Sara Matos; Lopes, Marcia Cristina Romero; http://lattes.cnpq.br/1851257666639782; http://lattes.cnpq.br/4577290658415799
    O objetivo do presente trabalho é o de apresentar um estudo léxico-gramatical de base enunciativa que contribua, pela metodologia analítica nele observada, com propostas de ensino-aprendizagem de língua portuguesa. Para tal, apoiamo-nos na análise de uma unidade linguística específica, a palavra PÉ, a ser tomada como ilustração do modelo. Ao reconstituirmos a invariância semântica que lhe é própria e que sustenta os seus variados empregos, buscamos evidenciar as configurações que regulam os processos criativos nos enunciados e, mais particularmente, o processo de construção de sentido quando a unidade é posta em uso. Inscrito no referencial da Teoria das Operações Enunciativas, o trabalho concebe a invariância semântica como operações de natureza cognitiva mobilizadas na produção e compreensão dos sentidos elaborados pelos enunciados. A metodologia fundamenta-se na prática de reformulação controlada ou prática de glosa e visa a evidenciar, no que se refere à unidade estudada, a atividade operatória não consciente por meio da qual os enunciados são produzidos e compreendidos. Em situações didáticas, a criatividade, juntamente à prática de glosa, procura favorecer o raciocínio crítico do aluno ao auxiliar na promoção de atividades que viabilizem a aprendizagem reflexiva em relação ao funcionamento semântico-enunciativo da língua.
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    Associação dos Surdos de São Bernardo do Campo: sua história e a interligação com a Educação Bilíngue de Surdos.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-12) Santos, Daniel de Resende; Hollosi, Marcio; Vieira, Claudia Regina; http://lattes.cnpq.br/0791754239372678; http://lattes.cnpq.br/0009306878714171; http://lattes.cnpq.br/5244090036486609
    Esta dissertação tem o objetivo de trazer a história dos surdos no município de São Bernardo do Campo, a fim de coletar suas trajetórias escolares e vivências, especialmente na Associação dos Surdos de São Bernardo do Campo – ASSBC, com o intuito de a partir dos relatos narrados por Surdos, a ser compartilhado com a escola bilíngue para Surdos do mesmo município, para que as crianças e jovens Surdos conheçam suas histórias e entendam os processos pelos quais a modalidade de Educação de Surdos passaram. A metodologia empregada é de natureza qualitativa com o uso de entrevistas realizadas presencialmente e registradas digitalmente e disponibilizadas através do QRCode. Como os resultados demonstraram os relatos dos entrevistados a consideração do fator geracional e de identidade, que os Surdos mais velhos preocupados com a nova geração e, que sirvam de exemplos de vidas.
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    Escolas especiais exclusivas para estudantes autistas: ações e tensões políticas e práticas no estado de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-29) Paixão, Tatiana Sampaio; Carvalho, Maria de Fátima; http://lattes.cnpq.br/1875338693729537; http://lattes.cnpq.br/5679807040067074
    Essa pesquisa problematiza a incidência da matrícula e a permanência de estudantes com autismo em escolas especiais exclusivas no estado de São Paulo. Disserta sobre como as políticas subsidiam e constituem a escolarização de estudantes autistas e como os professores que atuam na escola especial exclusiva compreendem a inclusão e a pessoa autista. Trata-se de uma discussão relevante sobre práticas que ocorrem em todo o país e que encontram, no estado de São Paulo, maior visibilidade e onde o papel do estado e das instituições parceiras/conveniadas tensiona o desenvolvimento do projeto político pedagógico de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. O trabalho tem como aporte teórico-metodológico a psicologia histórico-cultural e contribuições do Círculo de Bakhtin, com destaque às contribuições vigotskianas sobre a educação e desenvolvimento das pessoas com deficiência com base na compreensão do desenvolvimento humano como processo social e da linguagem como atividade constitutiva do sujeito. O enfoque histórico-cultural é base da discussão sobre os modos de significação do autismo e a ele somam-se estudos de pesquisadores brasileiros da educação especial sobre o caráter histórico de construção do conhecimento dessa modalidade, de políticas e práticas de educação especial e inclusiva, das compreensões do autismo e do papel social da escola frente às políticas de inclusão. Trata-se de pesquisa conduzida em abordagem qualitativa que integra revisão bibliográfica de produções acadêmicas sobre o tema (2000- 2022), estudo dos documentos reguladores das políticas públicas no âmbito da educação especial propostas pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo de 2000 até 2021, bem como a discussão de seus desdobramentos em termos de definição do autismo e, finalmente, em princípios e argumentos pedagógicos que respaldam a prática de uma escola especial conveniada com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo para o atendimento exclusivo de estudantes no transtorno do espectro autista através da análise de entrevistas semiestruturadas realizadas com professoras. A produção dos dados integra a análise de documentos regulatórios (das esferas federativa e estadual paulista) e as entrevistas semiestruturadas, realizadas com oito professores de uma escola especial exclusiva, e apontam para os modos de entendimento do autismo, de educação de autistas e das orientações legais (ação das instâncias políticas e jurídicas) e pedagógicas para continuidade das escolas especiais exclusivas, bem como para o direcionamento dos estudantes autistas ao atendimento exclusivo. Os dados analisados permitem explicar a relação entre esses fatores e as formas de atendimento escolar especial exclusivo como de retroalimentação, destacando o impacto do respaldo legal para a perpetuação, na escola exclusiva, de modos excludentes de conceber e intervir com vistas ao desenvolvimento educacional desses estudantes, configurando-se a existência dessas escolas como oposição e retrocesso frente aos avanços representados por novos modelos de explicação do autismo e políticas e práticas de inclusão educacional. Os resultados evidenciam a tensão que caracteriza o atendimento educacional dos estudantes autistas, a polarização existente entre a escola especial exclusiva e as políticas e práticas educacionais de educação especial em perspectiva de educação inclusiva e os correlatos modos de significação do autismo e, como consequência, do estudante autista, modos constituídos nesses lócus educacionais como resultantes de fatores políticos, jurídicos e pedagógicos, histórica e socialmente produzidos.