PPG - Medicina (Otorrinolaringologia)

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    Perdas auditivas irreversíveis pós-afecções barotraumáticas e infecciosas da orelha média
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-04) Cordeiro, Francisco Polanski [UNIFESP]; Penido, Norma de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7060786297081212; http://lattes.cnpq.br/1093216765853776
    Introdução: As afecções da orelha média, de natureza inflamatória ou não, são identificadas pela Organização Mundial de Saúde como um problema de saúde pública de âmbito mundial. A manutenção do processo inflamatório ou barotraumático causa inflamações teciduais e alterações estruturais de forma progressiva, constantemente irreversíveis. Apesar da alta prevalência, não há estudo evolutivo da audição de pacientes com afecções de orelha média, acompanhando as lesões desde o insulto inicial por um longo período após a aparente resolução do quadro. Objetivo: Estabelecer e descrever o perfil das perdas auditivas transitórias e permanentes em indivíduos com diagnóstico de otite média aguda e lesão barotraumática da orelha média, juntamente com a sintomatologia apresentada. Métodos: Estudo coorte com grupo controle, prospectivo, realizado com os pacientes provenientes do Pronto Socorro de Otorrinolaringologia do Hospital São Paulo (Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo) e alunos do curso de mergulho avançado da Escola Superior de Bombeiros do Estado de São Paulo pelo período de um ano. Todos os pacientes foram avaliados clinicamente e com audiometria convencional e de altas frequências. Resultados: todos os pacientes apresentaram perdas auditivas na fase aguda nos dois grupos estudados. Os dois grupos apresentaram normalização dos limiares audiométricos até 8000 Hz após 30 dias da instalação da injúria, mas o grupo da otite média aguda manteve alterações auditivas em altas frequências após um ano de seguimento. O grupo das lesões barotraumáticas apresentou recuperação auditiva completa após 30 dias de seguimento. Os resultados indicam que a perda de audição é estatisticamente significativa e maior entre os pacientes com otite vis-à-vis aqueles que sofreram barotraumas. A magnitude dessa diferença é consideravelmente maior nas observações de alta frequência. Conclusão: Os resultados indicam que a perda de audição é maior entre os pacientes com otite em comparação com aqueles que sofreram barotrauma, em todos os momentos avaliados durante o estudo. A magnitude dessa diferença é consideravelmente maior nas observações de alta frequência. A perda auditiva mostrou-se permanente entre 9000 e 12.500 hz no grupo da otite média aguda ao final de um ano de seguimento.
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    Complicações tardias dos tratamentos cirúrgicos para papilomatose respiratória juvenil – uma revisão sistemática com meta-análise
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-07) Meurer, Ana Taise de Oliveira [UNIFESP]; Fujita, Reginaldo Raimundo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1780341325141181; http://lattes.cnpq.br/4291933140398165
    Introdução: A papilomatose respiratória juvenil é uma doença benigna causada pelo papilomavírus humano que possui um curso agressivo e recorrente. A excisão cirúrgica aparece como o tratamento padrão, objetivando preservar a integridade das estruturas anatômicas e evitar complicações iatrogênicas no pós-operatório. Objetivo: Fazer uma revisão sistemática com meta-análise a fim de avaliar a prevalência de complicações pós-operatórias em crianças nos diferentes tratamentos cirúrgicos disponíveis (microcirurgia convencional de laringe, laserterapia, microdebridador e/ou coblation). Método: Uma busca foi conduzida nas seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed, Web of Science, Embase, Cochrane, Google Acadêmico e clinicaltrials.gov e lista de referências dos estudos incluídos, em fevereiro de 2024. Foram incluídos estudos com população pediátrica submetidos a intervenção cirúrgica e que analisaram complicações pós-operatórias. Resultados: Foram incluídos 14 estudos na revisão sistemática e 13 na meta-análise. As seguintes técnicas cirúrgicas foram analisadas: laser de CO2, microcirurgia convencional, microdebridador e laser de PDL. Não houve nenhum estudo utilizando coblation ou laser de KTP. Conclusão: O microdebridador apresentou uma menor prevalência de complicações (8,6%), seguido da microcirurgia convencional (19,13%), e por último, do laser de CO2 (29,64%). Houve uma substancial heterogeneidade entre os estudos e a prevalência de complicações em futuros estudos pode variar amplamente, ressaltando a necessidade de cautela ao generalizar esses resultados.
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    A influência da idade na deglutição orofaríngea de adultos e idosos saudáveis
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-11) Dall’Oglio, Giovana Piovesan [UNIFESP]; Abrahão, Márcio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4440305851848835; http://lattes.cnpq.br/3483387711312494
    Objetivos: Caracterizar o perfil da deglutição da população adulta e idosa saudável, avaliar a autopercepção da deglutição através do questionário EAT-10, avaliar a concordância entre os examinadores quanto aos parâmetros da VED, identificar sinais (parâmetros qualitativos) sugestivos do desenvolvimento da disfagia e a influência da idade na deglutição. Métodos: Foram recrutados 184 voluntários adultos a partir dos 20 anos de idade. Os voluntários responderam ao questionário EAT-10 e foram submetidos à videoendoscopia da deglutição (VED). Os achados da avaliação instrumental foram descritos conforme faixa etária e relacionados às questões do EAT-10. Resultados: A idade variou de 20 a 97 anos, sendo 86 homens (46,7%). Não houve correlação do questionário EAT-10 com a idade ou com os achados da VED. O perfil da deglutição do adulto saudável se caracterizou por ausência de escape posterior, disparo do reflexo da deglutição até a valécula, clareamento total do alimento em 2 deglutições para todas as consistências ofertadas em mais de 90% dos casos. Não sequenciamento da deglutição, estase salivar, resíduo, penetração e aspiração (variáveis de interesse) de uma ou mais consistências foram encontrados respectivamente em 3,8%, 3,26%, 13,6%, 4,89% e 0,5% da amostra. Houve associação estatisticamente significativa entre a presença de estase salivar e idade, assim como do resíduo total (R-total: todas as consistências) e idade. A maior proporção de presença de estase salivar e R-total ocorreu na faixa etária ≥80 anos (p=0,039). Nossos resultados não mostraram associação estatisticamente significativa entre penetração e idade. Não houve significância estatística na associação entre as variáveis de interesse na VED (p≤0,05), exceto para a associação penetração e resíduo (p=0,003). Conclusões: O perfil da deglutição da população adulta e idosa saudável foi determinado. O questionário EAT-10 não se mostrou útil na autopercepção de disfagia. Houve alto valor de concordância entre os examinadores para todos os parâmetros. A presença de resíduo infere alteração da eficiência da deglutição, portanto disfagia, e quando associado à penetração reforça o diagnóstico de disfagia e infere alteração da segurança da deglutição. A idade não influencia a deglutição de adultos e idosos saudáveis de forma linear, porém, a população com idade superior a 80 anos mostrou predomínio dos achados sugestivos de disfagia. Estes dados representam novos valores de referência, que poderão ser utilizados como comparativos em trabalhos futuros.
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    Avaliação de citocinas plasmáticas e hemograma de camundongos treinados e sedentários expostos à poluição atmosférica
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-06) Silva, Karina Pantaleão [UNIFESP]; Vaisberg, Mauro Walter [UNIFESP]; Bachi, André Luis Lacerda [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2058833066289093; http://lattes.cnpq.br/3009013165831084; http://lattes.cnpq.br/0528197067951992
    Introdução: A atividade física regular proporciona melhora da saúde e qualidade de vida aos praticantes, entretanto o impacto no hemograma e resposta imunológica durante a prática em ambiente poluído, ainda é motivo de estudo e divergência entre benefício e malefício. Objetivo: Avaliar as alterações do hemograma e a concentração de citocinas plasmáticas, pró-inflamatórias IL-1β, IL-6, IL-17A, TNF-α e anti-inflamatórias IL-10 e IL-33 dos grupos de camundongos treinados e sedentários, expostos e não expostos à poluição ambiental. Metodologia: 24 camundongos machos da linhagem C57BL/6 adulto, foram separados em grupos, a saber: ativo poluídos (AP), ativo limpo (AL), sedentários poluídos (SP) e sedentários ar limpo (SL), expostos ao ambiente poluído por meio do Concentrador de partícula atmosférica (CPA). Após o período de treinamento foram coletadas amostras de sangue, para o estudo de citocinas e do hemograma. Resultados e Discussão: Maiores concentrações de citocinas IL-6 pró e IL-10 anti-inflamatória foi notada no grupo AP, o grupo AL não apresentou nível alto de IL-6, sugerindo que os resultados observados se devem à exposição à poluição. Já os grupos SP e SL mostraram níveis maiores de IL-2 do que os treinados. Além disso, o SP mostrou maior valor da razão IL-2/IL-10, resultado que sugere uma tentativa de equilibrar a resposta inflamatória A razão IFN-γ/IL-10 não apresentou diferença entre os grupos de AP e SP. Apesar das diferenças entre os grupos experimentais os resultados nos permitem sugerir, que há um “equilíbrio” do organismo durante exposição à poluição atmosférica, gerando uma adaptação à poluição. Conclusão: Os grupos expostos à poluição e treinados por corrida, apresentaram uma resposta inflamatória sistêmica, entretanto pudemos observar um equilíbrio entre a produção de citocinas pró e anti-inflamatórias. O hemograma dos grupos treinados e sedentários, expostos ou não à poluição não mostrou diferença significativa. Estes achados nos fazem supor que a exposição crônica à poluição, propicie uma resposta de tolerância.
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    Irrigação nasal com corticosteroide em pacientes com rinossinusite crônica com pólipos nasais no pós-operatório tardio: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-02) Marchetti, Erika Cabernite [UNIFESP]; Kosugi, Eduardo Macoto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9771826548166046; http://lattes.cnpq.br/7795186981043134
    Introdução: O tratamento da rinossinusite crônica (RSC) atualmente baseia-se principalmente no uso de corticosteroides (CE) tópicos nasais em spray e a irrigação nasal com solução salina. Porém, na prática clínica, as falhas são notórias e por esta razão, começou-se a preconizar o uso de corticosteroides diluídos em soro fisiológico para irrigação nasal em alto volume (INCE), aliando-se o melhor medicamento disponível no momento à melhor técnica para penetração sinusal das soluções. Objetivo: Comparar o método de irrigação nasal com corticosteroide em relação ao spray nasal com corticosteroide, na melhora da qualidade de vida, sintomas e endoscopia nasal de pacientes com rinossinusite crônica com pólipos nasais no período pós-operatório tardio. Método: Trata-se de um ensaio clínico randomizado duplo cego de pacientes com rinossinusite crônica com pólipos nasais (RSCcPN) submetidos a cirurgia endoscópica nasossinusal há no mínimo 4 meses e que apresentem falha em atingir o controle clínico da doença com o uso de CE em spray. É composto por 2 tratamentos distintos: “Irrigação CE + Spray placebo” e “Irrigação placebo + Spray CE”, que foram realizados por 3 meses, com um período de wash out de 2 semanas e crossing over dos tratamentos. Os seguintes parâmetros foram avaliados: questionário SNOT-22, escore endoscópico Lund-Kennedy modificado (EEKm), Classificação do controle clínico da doença, avaliação subjetiva do paciente sobre o estado atual da doença, avaliação sobre o número de agudizações e necessidade de nova cirurgia. Resultados: Na fase de tratamento da INCE, houve diferença estatisticamente significante entre o pré-tratamento e 3 meses no SNOT-22 total (36,0-26,6; p = < 0,001) e nos domínios nasal (17,8-14,1; p = 0,02) e sono (5,1-3,9; p = 0,03). Enquanto na fase de tratamento Spray CE, foi observado significância na diferença de todas as médias: SNOT-22 total (38,4-24,3; p = < 0,01), domínio nasal (17,9-13,4; p = 0,003), otológico (6,4-4,3; p = 0,04), psicológico (7,5-3,2; p = 0,004) e sono (6,7-3,4; p = 0,03). Em relação ao parâmetro endoscópico, na fase de tratamento Spray CE, houve diminuição do domínio edema entre o pré-tratamento e após 1 mês (3,4-3,0; p = 0,04) e 3 meses de tratamento (3,4-2,9; p = 0,04). No controle da doença segundo NOSE, no tratamento Spray CE houve redução do número de pacientes descontrolados da doença para um aumento dos parcialmente controlados. Nas demais variáveis avaliadas não houve diferença nos tratamentos avaliados. Conclusão: Concluímos que em pacientes com RSCcPN operados, a INCE e o Spray CE são capazes de melhorar os sintomas e a qualidade de vida destes doentes, porém sem superioridade de um método em relação ao outro. O Spray CE reduziu significantemente o domínio edema e teve melhor controle clínico objetivo segundo o NOSE porém sem concordância entre os tratamentos. Nenhum dos tratamentos demonstrou diferença em prevenir as reagudizações da doença e em evitar a necessidade de reabordagem cirúrgica. Na análise dos fenótipos clínicos, os pacientes com RSCe apresentaram resultado semelhante a amostra geral enquanto a RSCne não obteve resultados significantes.