PPG - Medicina (Otorrinolaringologia)
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Submissões Recentes
- ItemEmbargoCorreção e avaliação de fatores preditivos de alterações estruturais da parede nasal lateral(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-24) Pellarin, Leandro [UNIFESP]; Gregório, Luís Carlos [UNIFESP]; Gregorio, Luciano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5139361443351453; http://lattes.cnpq.br/3121718741179338; http://lattes.cnpq.br/3542972292375529Introdução: A rinoplastia requer do cirurgião que manipula a via aérea, um profundo conhecimento de todos os fatores que garantem a manutenção ou melhora da função nasal respiratória, evitando complicações futuras. Objetivo: descrever técnicas inovadoras para correção de situações específicas da estrutura anatômica da parede nasal lateral em pacientes submetidos a rinoplastia e avaliar fatores preditivos. Metodologia: A população desse estudo foi proveniente dos Ambulatórios de Rinologia do Hospital Universitário 2 do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo. Os indivíduos eram pacientes com diagnóstico de obstrução nasal por insuficiência de válvula nasal e indicação médica de tratamento cirúrgico sob anestesia geral no Hospital São Paulo. Foram incluídos adultos acima de 16 anos, divididos em 4 grupos, sendo realizada a avaliação estática da válvula nasal. Os pacientes foram submetidos a Rinometria Acústica para obtenção do valor da área transversal mínima na área de maior estreitamento da válvula nasal antes da cirurgia e de 3 a 6 meses após o procedimento. Dessa forma a área da válvula nasal pode ser comparada. O estudo foi divido em 2 partes: A) primeiro estudo (retrospectivo), 29 pacientes submetidos a rinoplastia com a utilização de 3 tipos de técnicas inovadoras para correção de alterações da parede nasal lateral denominados: Grupo 1, técnica: “Partial Domal Division” (rinoplastia primária para correção de alterações estéticas com ponta nasal volumosa e com classificacão dinâmica da parede lateral nasal grau I), Grupo II, “Modified Lateral Crural Strut Graft ( pacientes com diagnóstico de insuficiência de válvula nasal devido alteração dinâmica da parede lateral na região do scroll com classificação grau II e III , em pré-operatório de rinoplastia primária ou secundária; Grupo III, “Dorsal Onlay Spreader Graft” (desenvolvida para aumento do dorso em rinoplastias. Esta técnica consiste em um enxerto de cartilagem costal em posição onlay suturado às cartilagens laterais superiores. B) No segundo estudo: No grupo IV, (estudo transversal), n=304 pacientes foram submetidos a rinoplastia, sendo avaliada as larguras da região do joelho, da crura medial e do comprimento da crura lateral. Resultados: Nos grupos I, II e III foram tomadas medidas pré-operatórias e pós operatórias sobre a seção transversa de cada narina (lados direito e esquerdo. No Grupo I (n=11) houve um aumento (0,088 mm 2, p=0,005), no grupo II (n=9), houve na pós-intervenção uma variação de 0,147 mm 2 (p=0,01). No grupo III (n=9), a rinometria na pós-intervenção houve um aumento de 0,148 mm 2. No grupo IV, 28% dos avaliados possuíam movimentação da parede lateral presente, sendo observado nesses maiores valores médios de medidas de joelho e de largura de crura medial, para ambas as narinas. Não houve diferença entre os grupos. Na análise multivariada, a associação significativa foi mantida apenas na medida do joelho, apresentando, cada aumento unitário em mm, um aumento, em média, de 38,1% da chance de ocorrer movimentação da parede lateral direita (p<0,001). Conclusão: As técnicas cirúrgicas investigadas têm impactos significativos na rinometria e na classificação Tsao, dependendo das características anatômicas dos pacientes.
- ItemEmbargoOcorrência de sinusopatia maxilar de origem odontogênica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-31) Silva, Isaque lopes da [UNIFESP]; Fujita, Reginaldo Raimundo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1780341325141181; https://lattes.cnpq.br/4997205355129719Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a ocorrência de sinusopatia maxilar de origem odontogênica por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico da face. Método: Tomografias da face realizadas entre 2019 e 2022, foram inicialmente selecionadas a partir de um banco de dados de um centro radiológico em formato Digital Imaging and Communication in Medicine. Após a aplicação de critérios específicos de inclusão, 420 exames foram considerados para análise detalhada. Todas as imagens foram analisadas por um médico otorrinolaringologista e um cirurgião-dentista bucomaxilofacial, com o auxílio do RadiAnt DICOM Viewer 2021.2, para determinar a ocorrência de sinusite maxilar de origem odontogênica. Resultados: Dos 420 exames analisados, 214 (51,0%) apresentaram sinusopatia do seio maxilar (intervalo de confiança de 95%: 49,0% - 52,9%). Neste grupo, a ocorrência de sinusopatia não odontogênica foi de 21,9% (IC 95%: 20,3% - 23,5%) e a de sinusopatia odontogênica foi de 29,0% (intervalo de confiança 95%: 27,3% - 30,8%). Conclusão: Observou-se um aumento significativo na ocorrência de sinusopatia maxilar de origem odontogênica, detectada por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico.
- ItemEmbargoPerdas auditivas irreversíveis pós-afecções barotraumáticas e infecciosas da orelha média(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-04) Cordeiro, Francisco Polanski [UNIFESP]; Penido, Norma de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7060786297081212; http://lattes.cnpq.br/1093216765853776Introdução: As afecções da orelha média, de natureza inflamatória ou não, são identificadas pela Organização Mundial de Saúde como um problema de saúde pública de âmbito mundial. A manutenção do processo inflamatório ou barotraumático causa inflamações teciduais e alterações estruturais de forma progressiva, constantemente irreversíveis. Apesar da alta prevalência, não há estudo evolutivo da audição de pacientes com afecções de orelha média, acompanhando as lesões desde o insulto inicial por um longo período após a aparente resolução do quadro. Objetivo: Estabelecer e descrever o perfil das perdas auditivas transitórias e permanentes em indivíduos com diagnóstico de otite média aguda e lesão barotraumática da orelha média, juntamente com a sintomatologia apresentada. Métodos: Estudo coorte com grupo controle, prospectivo, realizado com os pacientes provenientes do Pronto Socorro de Otorrinolaringologia do Hospital São Paulo (Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo) e alunos do curso de mergulho avançado da Escola Superior de Bombeiros do Estado de São Paulo pelo período de um ano. Todos os pacientes foram avaliados clinicamente e com audiometria convencional e de altas frequências. Resultados: todos os pacientes apresentaram perdas auditivas na fase aguda nos dois grupos estudados. Os dois grupos apresentaram normalização dos limiares audiométricos até 8000 Hz após 30 dias da instalação da injúria, mas o grupo da otite média aguda manteve alterações auditivas em altas frequências após um ano de seguimento. O grupo das lesões barotraumáticas apresentou recuperação auditiva completa após 30 dias de seguimento. Os resultados indicam que a perda de audição é estatisticamente significativa e maior entre os pacientes com otite vis-à-vis aqueles que sofreram barotraumas. A magnitude dessa diferença é consideravelmente maior nas observações de alta frequência. Conclusão: Os resultados indicam que a perda de audição é maior entre os pacientes com otite em comparação com aqueles que sofreram barotrauma, em todos os momentos avaliados durante o estudo. A magnitude dessa diferença é consideravelmente maior nas observações de alta frequência. A perda auditiva mostrou-se permanente entre 9000 e 12.500 hz no grupo da otite média aguda ao final de um ano de seguimento.
- ItemEmbargoComplicações tardias dos tratamentos cirúrgicos para papilomatose respiratória juvenil – uma revisão sistemática com meta-análise(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-07) Meurer, Ana Taise de Oliveira [UNIFESP]; Fujita, Reginaldo Raimundo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1780341325141181; http://lattes.cnpq.br/4291933140398165Introdução: A papilomatose respiratória juvenil é uma doença benigna causada pelo papilomavírus humano que possui um curso agressivo e recorrente. A excisão cirúrgica aparece como o tratamento padrão, objetivando preservar a integridade das estruturas anatômicas e evitar complicações iatrogênicas no pós-operatório. Objetivo: Fazer uma revisão sistemática com meta-análise a fim de avaliar a prevalência de complicações pós-operatórias em crianças nos diferentes tratamentos cirúrgicos disponíveis (microcirurgia convencional de laringe, laserterapia, microdebridador e/ou coblation). Método: Uma busca foi conduzida nas seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed, Web of Science, Embase, Cochrane, Google Acadêmico e clinicaltrials.gov e lista de referências dos estudos incluídos, em fevereiro de 2024. Foram incluídos estudos com população pediátrica submetidos a intervenção cirúrgica e que analisaram complicações pós-operatórias. Resultados: Foram incluídos 14 estudos na revisão sistemática e 13 na meta-análise. As seguintes técnicas cirúrgicas foram analisadas: laser de CO2, microcirurgia convencional, microdebridador e laser de PDL. Não houve nenhum estudo utilizando coblation ou laser de KTP. Conclusão: O microdebridador apresentou uma menor prevalência de complicações (8,6%), seguido da microcirurgia convencional (19,13%), e por último, do laser de CO2 (29,64%). Houve uma substancial heterogeneidade entre os estudos e a prevalência de complicações em futuros estudos pode variar amplamente, ressaltando a necessidade de cautela ao generalizar esses resultados.
- ItemEmbargoA influência da idade na deglutição orofaríngea de adultos e idosos saudáveis(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-11) Dall’Oglio, Giovana Piovesan [UNIFESP]; Abrahão, Márcio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4440305851848835; http://lattes.cnpq.br/3483387711312494Objetivos: Caracterizar o perfil da deglutição da população adulta e idosa saudável, avaliar a autopercepção da deglutição através do questionário EAT-10, avaliar a concordância entre os examinadores quanto aos parâmetros da VED, identificar sinais (parâmetros qualitativos) sugestivos do desenvolvimento da disfagia e a influência da idade na deglutição. Métodos: Foram recrutados 184 voluntários adultos a partir dos 20 anos de idade. Os voluntários responderam ao questionário EAT-10 e foram submetidos à videoendoscopia da deglutição (VED). Os achados da avaliação instrumental foram descritos conforme faixa etária e relacionados às questões do EAT-10. Resultados: A idade variou de 20 a 97 anos, sendo 86 homens (46,7%). Não houve correlação do questionário EAT-10 com a idade ou com os achados da VED. O perfil da deglutição do adulto saudável se caracterizou por ausência de escape posterior, disparo do reflexo da deglutição até a valécula, clareamento total do alimento em 2 deglutições para todas as consistências ofertadas em mais de 90% dos casos. Não sequenciamento da deglutição, estase salivar, resíduo, penetração e aspiração (variáveis de interesse) de uma ou mais consistências foram encontrados respectivamente em 3,8%, 3,26%, 13,6%, 4,89% e 0,5% da amostra. Houve associação estatisticamente significativa entre a presença de estase salivar e idade, assim como do resíduo total (R-total: todas as consistências) e idade. A maior proporção de presença de estase salivar e R-total ocorreu na faixa etária ≥80 anos (p=0,039). Nossos resultados não mostraram associação estatisticamente significativa entre penetração e idade. Não houve significância estatística na associação entre as variáveis de interesse na VED (p≤0,05), exceto para a associação penetração e resíduo (p=0,003). Conclusões: O perfil da deglutição da população adulta e idosa saudável foi determinado. O questionário EAT-10 não se mostrou útil na autopercepção de disfagia. Houve alto valor de concordância entre os examinadores para todos os parâmetros. A presença de resíduo infere alteração da eficiência da deglutição, portanto disfagia, e quando associado à penetração reforça o diagnóstico de disfagia e infere alteração da segurança da deglutição. A idade não influencia a deglutição de adultos e idosos saudáveis de forma linear, porém, a população com idade superior a 80 anos mostrou predomínio dos achados sugestivos de disfagia. Estes dados representam novos valores de referência, que poderão ser utilizados como comparativos em trabalhos futuros.