PPG - História da Arte
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Submissões Recentes
- ItemAcesso aberto (Open Access)O Poder das Iluminuras: a chamada Bíblia da Cruzada (Ms M. 638) Circulação e Transferência na propagação da Guerra Santa no Ocidente Medieval(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-14) Chagas, Magalli Santos Souza [UNIFESP]; Tatsch, Flavia Galli; http://lattes.cnpq.br/0478383494161646; http://lattes.cnpq.br/8086095252810442A Bíblia da Cruzada (MS.M 640) é um manuscrito ricamente iluminado composto por quarenta e seis fólios que foram produzidos na década de 1240 a 1250 e creditado, pela grande maioria dos historiadores, a uma encomenda feita pelo rei Luís IX (1214-1270) de França a sete iluminadores de Paris, que ainda hoje permanecem anônimos. Essa origem é reforçada pela The Morgan Library & Museum, órgão que detém a posse de quarenta e três fólios da referida obra nos dias atuais. Contudo a pesquisa desenvolvida para a confecção desta dissertação possibilitou levantar o questionamento de que a rainha Branca de Castela, mãe de Luís IX, seja a real comitente da obra. É notório que a Bíblia da Cruzada apresenta um recorte bem definido do texto bíblico, acreditando-se que a intencionalidade desta obra era de transmitir uma imagem de Luís IX como rei ungido de Deus para governar a Francia daquela centúria. Nesse sentido, a Bíblia da Cruzada dedica 40% das páginas à vida do rei bíblico Davi, com o notório objetivo de associar o rei Luís ao monarca bíblico. Davi e Luís eram jovens quando escolhidos por Deus para assumirem o trono de suas respectivas nações: Israel e França, ambos povos escolhidos de Deus, aquele no Antigo Testamento que lutou contra os filisteus e este, que no momento da confecção do manuscrito se preparava para lutar contra os mulçumanos. Ambos os monarcas eram as improváveis pessoas que haviam sido eleitas pessoalmente por Deus para guiarem seu povo, com a benção de Deus para a vitória contra o elemento infiel. Portanto, a Bíblia da Cruzada é um excelente vestígio do esforço de legitimação do jovem Luís IX, sendo atribuída não ao monarca, mas a sua mãe Branca de Castela que via na ascensão e sustentação real de seu filho a possibilidade concreta de manter-se ativa nos jogos políticos de sua corte que serão, por isso, abordadas também nesta dissertação, mesmo que brevemente.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O Contemporâneo no Museu de Arte Contemporânea do Paraná(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-28) Rocha, Ana Carolina dos Santos [UNIFESP]; Spricigo, Vinícius Pontes; http://lattes.cnpq.br/7807906096752073; http://lattes.cnpq.br/9034204001589780This dissertation investigates the complexity of the concept of the contemporary in the context of the Museum of Contemporary Art of Paraná (MAC Paraná), where the author served as director from 2019 to 2022. The research aims to analyze the intersections between contemporary art, critical museology, and decolonial debates. It seeks to understand how MAC Paraná positions itself in defining the contemporary within a context marked by social and cultural inequalities. The methodology adopted is based on two main questions: the decolonial debate and its possible practical application in museum management, and the relationship between institutional memory and the concept of contemporaneity. Through a critical analysis of acquisition policies and exhibitions, the dissertation proposes a dialogue between theory and practice, highlighting how contemporary museology can act as an agent of social transformation. Reflections on the sustainability of the implemented changes reveal the need for a continuous commitment to diversity and a critique of hegemonic narratives. The research concludes that MAC Paraná, like many public museums in Brazil, must balance its social role with the necessity of survival in a context of cultural commodification. By incorporating decolonial debates into its management, the museum can assert itself as a space of resistance and innovation, contributing to constructing new artistic narratives that challenge existing power structures.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Do ritual ao gesto - Warburg o pensador artesão(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-06) Daher, Cilmara Wanda [UNIFESP]; Fernandes, Cássio da Silva; http://lattes.cnpq.br/6029273355119643; http://lattes.cnpq.br/5501421968889947Nessa dissertação de mestrado que se situa no âmbito da Historiografia da Arte, estudamos dois momentos da vida e obra do Historiador da arte hamburguês Aby Warburg (1866-1929). Referimo-nos a viagem aos Pueblo, Novo México nos Estados Unidos, em sua juventude intelectual e a Conferência de 21 de abril de 1923, já em sua maturidade, ministrada na clínica de Bellevue, em Kreuzlingen, Suíça. São dois textos denominados: Recordações de uma viagem à terra dos pueblos e Imagens da região dos índios pueblos na América do Norte. A importância dessas escritas para Warburg em suas pesquisas, como para a História da Arte, ainda está por ser redefinida. Nossa tarefa foi de trazer à tona vários tópicos abordados por nosso autor na realização desses textos, tais como: Antropologia; Renascimento; Simbologia; Mitologia; homem “primitivo” e homem europeu, como também a cultura Hopi e a Cultura do primeiro Renascimento, tema fundamental em seus estudos. Esses textos foram estudados e apresentados de forma subsequente, iniciando com o texto de preparo da palestra, e depois o texto da palestra em si, repercutindo com vários comentadores, na tentativa de esclarecer as problematizações existentes. Das reflexões que surgiram, propomos duas questões na tentativa de colaborar e ampliar o olhar para esse tema tão importante na vida e obra de nosso autor. São elas: Do contato com a cultura Hopi, o que Warburg trouxe para suas pesquisas do Renascimento? Qual significado dessa Conferência para Warburg e também para alguns de seus comentadores?
- ItemAcesso aberto (Open Access)O diálogo arte-arquitetura no Octógono da Pinacoteca do Estado de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-07) da Silva, Tarcisio Antonio; Rufinoni, Manoela Rossinetti; http://lattes.cnpq.br/2910985913890585; http://lattes.cnpq.br/5604282973384041A aproximação e compreensão do diálogo entre arte e arquitetura no Octógono da Pinacoteca do Estado de São Paulo é o objetivo desta pesquisa. A forma mais propícia para lançar luzes sobre este diálogo, foi buscar uma genealogia do espaço, que remonta o final do século XIX, desde sua concepção com projeto arquitetônico de autoria do arquiteto Domiziano Rossi para a nova sede do Liceu de Artes e Ofícios, cuja construção ocupada e não plenamente concluída, deu margem para múltiplas intervenções e reinterpretações de seus espaços, principalmente do seu espaço central octogonal, que se relacionou de forma diversa com as artes desde sua construção até os dias atuais. Assim, para uma compreensão clara do que foi e do que é o espaço octogonal atualmente, buscou-se em possíveis referenciais projetuais de Rossi, uma aproximação do que se tinha como ideia de uso, forma e significados para a arquitetura do Liceu. Paralelamente a isso, relaciona-se também ao espaço a criação da Pinacoteca do Estado de São Paulo que também o ocupou a partir de 1905, e de forma mais intensa a partir da década de 1970, quando foi construído no espaço central octogonal a Arena pelo arquiteto Paulo Dimantas e a partir da década de 1990 com o Octógono construído pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Com base na compreensão do diálogo entre arte e arquitetura, por meio dos monumentos urbanos concebidos durante a primeira metade do século XX, e tomando por base as ações museológicas e curatoriais diante da arte contemporânea a partir da década de 1960 principalmente, é aprofundado o estudo das exposições que aconteceram no espaço expositivo da Arena e do Octógono, buscando discutir a relação entre arte e arquitetura nestes espaços e como tal relação impulsiona a ação criativa e oferece modalidades distintas de interação da arte exposta com o público.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O russo David Widhopff e a representação de temáticas brasileiras entre a França e Belém do Pará (1895-1910)(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-25) Silva da Silva, Laura Camila [UNIFESP]; Dias, Elaine; http://lattes.cnpq.br/8651231758923233; http://lattes.cnpq.br/9224610708124109Esta dissertação objetiva analisar as ilustrações de temáticas brasileiras produzidas pelo russo-ucraniano David Widhopff (1867-1933), tanto em sua passagem por Belém, entre os anos de 1893 a 1896, quanto aquelas produzidas após o seu retorno a Paris. Na Amazônia, Widhopff dedicou-se a ilustrar especialmente para os jornais O Mosquito, A Província Illustrada e Zig-Zag que, somados aos desenhos produzidos para o livro “Horto” (1910), de Auta de Souza, constituem-se enquanto principais obras analisadas no decorrer deste trabalho. Buscou-se compreender, a partir da representação de personagens e acontecimentos locais por parte do artista russo-ucraniano, a continuidade no interesse de Widhopff em representar contextos e personagens amazônicos, a atenção às temáticas e aos gêneros artísticos em voga no período, assim como as referências do movimento simbolista e art nouveau presentes em suas ilustrações. Esta pesquisa contou com uma bolsa de mestrado FAPESP (processo nº 2022/10872-4) e com uma bolsa estágio de pesquisa no exterior (BEPE-FAPESP, processo n° 2023/11441-0), entre os meses de janeiro a março de 2024, na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS).