O diálogo arte-arquitetura no Octógono da Pinacoteca do Estado de São Paulo
Data
2024-06-07
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
A aproximação e compreensão do diálogo entre arte e arquitetura no Octógono da Pinacoteca do Estado de São Paulo é o objetivo desta pesquisa. A forma mais propícia para lançar luzes sobre este diálogo, foi buscar uma genealogia do espaço, que remonta o final do século XIX, desde sua concepção com projeto arquitetônico de autoria do arquiteto Domiziano Rossi para a nova sede do Liceu de Artes e Ofícios, cuja construção ocupada e não plenamente concluída, deu margem para múltiplas intervenções e reinterpretações de seus espaços, principalmente do seu espaço central octogonal, que se relacionou de forma diversa com as artes desde sua construção até os dias atuais. Assim, para uma compreensão clara do que foi e do que é o espaço octogonal atualmente, buscou-se em possíveis referenciais projetuais de Rossi, uma aproximação do que se tinha como ideia de uso, forma e significados para a arquitetura do Liceu. Paralelamente a isso, relaciona-se também ao espaço a criação da Pinacoteca do Estado de São Paulo que também o ocupou a partir de 1905, e de forma mais intensa a partir da década de 1970, quando foi construído no espaço central octogonal a Arena pelo arquiteto Paulo Dimantas e a partir da década de 1990 com o Octógono construído pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Com base na compreensão do diálogo entre arte e arquitetura, por meio dos monumentos urbanos concebidos durante a primeira metade do século XX, e tomando por base as ações museológicas e curatoriais diante da arte contemporânea a partir da década de 1960 principalmente, é aprofundado o estudo das exposições que aconteceram no espaço expositivo da Arena e do Octógono, buscando discutir a relação entre arte e arquitetura nestes espaços e como tal relação impulsiona a ação criativa e oferece modalidades distintas de interação da arte exposta com o público.