PPG - Medicina (Nefrologia)

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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação do efeito da imunossupressão do transplante renal na imunidade humoral e celular adquirida pela vacinação contra o SARS-CoV-2
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-26) Foresto, Renato Demarchi [UNIFESP]; Pestana, José Osmar Medina de Abreu [UNIFESP]; Moura, Lúcio Roberto Requião [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9161729200802261; http://lattes.cnpq.br/7250195328752808; http://lattes.cnpq.br/1261526073368152
    Objetivo: O objetivo primário do estudo foi avaliar o efeito da imunossupressão do transplante renal sobre a imunidade humoral e celular gerada pelas vacinas anti-SARS-CoV-2. Métodos: Estudo clínico prospectivo com intervenção de mundo real, realizado em centro único, incluindo pacientes adultos com doença renal crônica em estágio avançado, vacinados contra o SARS-CoV-2 e sem COVID-19 prévia. Foram comparadas a sororreversão de anticorpos IgG, títulos de anticorpos IgG, anticorpos neutralizantes e resultados de teste de detecção de IFN-Ƴ entre pacientes submetidos ao transplante renal e pacientes que permaneceram em diálise. Foram realizadas coletas de sangue na inclusão e nos meses 1, 3, 6 e 12 do seguimento para as análises. Resultados: Foram incluídos 113 pacientes no grupo transplante e 108 no grupo diálise. A idade (54,0 vs. 45,4 anos) e o tempo em diálise (25,0 vs. 51,9 meses) foram inferiores no transplante. Um paciente apresentou sororreversão no transplante e 3 na diálise nos 12 meses, sem diferença estatística. Os títulos de anticorpos IgG no transplante foram inferiores ao longo de 12 meses (M1: 10.809,3±12.621,7 vs. 15.267,8±16.096,2 UI/mL; M3: 12.215,5±12.885,8 vs. 15.016,2±15.346,1 UI/mL; M6: 12.540,4±13, 010,7 vs. 18.503,5±14.581,0 UI/mL; M12: 12.369,1±13.189,9 vs. 12.818,2±12.171,6 UI/mL p=0,005). As taxas de anticorpos neutralizantes foram elevadas e semelhantes (98,9% vs. 97,5%; p=0,831). Houve elevada proporção de resultados indeterminados de IFN-Ƴ, sem tendência definida nos grupos. No seguimento, o grupo transplante apresentou maior número de COVID-19 (37 vs. 16; p=0,002), apesar de ter recebido maior número de doses adicionais de vacina (141 vs. 73; p<0,001). Conclusão: Em comparação com pacientes em diálise, receptores de transplante renal apresentaram títulos mais baixos de IgG e taxas semelhantes de sororreversão e anticorpos neutralizantes. A imunidade celular apresentou elevada proporção de resultados indeterminados, dificultando sua interpretação. Embora o grupo transplante tenha recebido mais reforços, a incidência de COVID-19 neste grupo foi mais elevada.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Estudo do polimorfismo genético da óxido nítrico sintetase endotelial em pacientes portadores de hipertensão arterial com e sem síndrome metabólica
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-30) Penedo, Tamara Rampanelli [UNIFESP]; Batista, Marcelo Costa [UNIFESP]; Quinto, Beata Marie [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2961276042557321; http://lattes.cnpq.br/0614350233628814
    Introdução: A obesidade visceral, componente central da Síndrome Metabólica (SM), representa a base fisiopatológica que justifica a epidêmica ocorrência de doença cardiovascular (DCV) observada nessa condição e é concebida como um estado inflamatório. O polimorfismo 4b/a do gene da Óxido Nítrico Sintetase endotelial (eNOS) tem sido alvo de extensa pesquisa, evidenciando sua associação com a redução da produção de óxido nítrico (NO) e o desenvolvimento de disfunção endotelial (DE). Nesse contexto, a microalbuminúria e a dimetil arginina assimétrica (ADMA) assumem papel relevante como marcadores de inflamação e DE, constituindo fatores de risco para condições como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e Doença Renal Crônica (DRC). Dentro desse conceito, a partir de uma plataforma assistencial desenvolvida no Centro de Hipertensão e Metabologia Cardiovascular da Fundação Oswaldo Ramos – Universidade Federal de São Paulo, o objetivo deste estudo foi identificar a prevalência do polimorfismo 4b/a do gene 27pb no íntron 4 do gene da eNOS em indivíduos portadores de HAS estratificados em função da presença da SM. Materiais e métodos: Em estudo prospectivo foram incluídos 208 pacientes hipertensos, submetidos à análise do Polimorfismo da eNOS (4a/b). Foram analisadas a presença da SM e seus componentes, além de associações entre o polimorfismo e DE, definidas pelas medianas de ADMA e microalbuminúria. Resultados: A população da coorte foi predominantemente feminina, na sua maioria de etnia branca, com idade média de 59,7 anos, sendo todos portadores de hipertensão essencial. Destes pacientes 59,7% apresentavam SM e mais de 90% eram portadores do alelo b. Nos pacientes com SM no início do seguimento observamos que o High Density Lipoproteins (HDL) foi inferior nos pacientes sem DE comparado com os portadores da DE; já a albuminúria e o Proteína C – reativa (PCR) foram superiores nos pacientes sem DE em relação aos portadores da DE. Ao final do seguimento observamos que os níveis de HDL foram menores nos pacientes com DE em comparação aos sem DE e a albuminúria foi maior nos pacientes sem DE quando comparada aos pacientes com DE. Na análise que considerou os pacientes portadores do alelo A verificamos um incremento significativo apenas na visita final do seguimento na pressão arterial diastólica (PAD) nos pacientes sem DE; o Very Low Density Lipoprotein (VLDL) e a albuminúria foi maior nos pacientes com DE em comparação aos sem DE. Na visita inicial, os indivíduos portadores do alelo B apresentaram os níveis de VLDL, triglicerídeos (TG) e o PCR foram elevados nos pacientes com DE em comparação com pacientes sem DE. Na visita final os níveis de HDL foram mais baixos nos pacientes com DE e os níveis de VLDL, o TG, a cintura abdominal e a albuminúria foram mais altos nos pacientes com DE. A análise por regressão logística binária demonstrou que a presença de alelo A associou-se de maneira independente à ocorrência de DE nos pacientes com SM e tal associação não foi encontrada nos pacientes sem SM. Conclusão: Em uma coorte de pacientes portadores de Hipertensão arterial e SM, a presença do alelo A do polimorfismo 4 a/b da eNOS associou-se à ocorrência de DE ao final do seguimento.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Epidemiologia dos pacientes atendidos com quadro respiratório durante a COVID-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-09) Freitas, Victor Muniz de [UNIFESP]; Rangel, Érika Bevilaqua [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4573937787386111; http://lattes.cnpq.br/9399721348086214
    A pandemia de COVID-19 foi marcada por sua rápida disseminação e elevada morbimortalidade em seu período inicial. Precedendo o surgimento de vacinas, esta pandemia acumulou 7 milhões de óbitos globalmente e 700 mil óbitos no Brasil até fevereiro de 2024. A morbimortalidade da COVID-19 concentra-se no sexo masculino e em faixas etárias elevadas, além de acometer desproporcionalmente aqueles com alguma comorbidade. Fora o grande número de mortes atreladas à doença, a pandemia foi marcada por grave comprometimento respiratório, com necessidade de ventilação mecânica superando as capacidades dos sistemas de saúde, e comprometimento renal, necessitando de terapia renal substitutiva. A análise retrospectiva de 7336 pacientes de COVID-19 de março a julho de 2020 no Hospital São Paulo revelou a predileção por sexo masculino (56,7%) e média de idade de 59,3 ± 16,1 anos, sendo que pacientes hipertensos tiveram chance 1,58 (IC 1,01-2,48) vezes maior de óbito, enquanto pacientes previamente doentes renais crônicos tiveram chance 5,6 (IC 2,93-10,29) vezes maior de necessidade de hemodiálise durante a internação. A análise laboratorial evidenciou que alterações em pH, bicarbonato, lactato e glicemia em gasometria arterial são preditores de desfechos negativos, bem como a elevação de proteína C reativa. O comprometimento de função renal, marcado por elevação dos valores de ureia e creatinina séricas, com consequente redução da TFGe (taxa de filtração glomerular estimada), também foi um preditor de maior morbimortalidade geral. O entendimento dos fatores de risco demográficos, complementado pela presença de comorbidades e avaliação laboratorial dirigida, permite identificar os pacientes com risco elevado de complicações da COVID-19, com chances aumentadas de necessitar de suporte ventilatório, suporte de terapia intensiva e hemodiálise, além de maior risco de óbito. Desta forma, foi possível estratificar os pacientes com maior risco de morbimortalidade pela COVID-19, contribuindo para definição de políticas públicas e alocação de recursos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona como medida antiproteinúrica em glomerulopatias primárias
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-27) Menezes, Shirley Gonçalves (UNIFESP); Kirsztajn, Gianna Mastroianni (UNIFESP); http://lattes.cnpq.br/5744106277657588
    Introdução: A proteinúria é uma das principais características da doença glomerular, e mudanças precoces na proteinúria reduzem a progressão da doença renal no longo prazo. Algumas estratégias anti-proteinúricas estão disponíveis, incluindo a inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) com inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA). Existem algumas razões fisiopatológicas para o uso combinado de IECA e BRA para controle de proteinúria, porém existem divergências em relação à efetividade e segurança desta medida terapêutica. Objetivo: avaliar o grau de redução da proteinúria e os desfechos renais, assim como os efeitos colaterais da combinação de IECA e BRA em diferentes glomerulopatias proteinúricas com diagnóstico histológico definido por biópsia renal. Métodos e casuística: Trata-se de estudo observacional, retrospectivo e unicêntrico, através de coleta de dados de prontuários do Ambulatório de Glomerulonefrites da UNIFESP - EPM. Foram avaliados 400 prontuários, e incluídos 23 pacientes de idade < 65 anos, com os seguintes diagnósticos: Nefropatia por IgA (43,5%), doença de lesões mínimas ou glomeruloesclerose segmentar e focal (34,8%) e nefropatia membranosa (21,7%). Estes pacientes se encontravam já sem imunossupressão ou com dose estável, com proteinúria mantida após 6 a 12 meses a despeito do uso de IECA ou BRA, e que foram submetidos ao duplo bloqueio com associação IECA + BRA, com seguimento médio de 12 meses após a associação. Foram avaliados os seguintes desfechos: redução da proteinúria, aumento da creatinina sérica, hipercalemia, eventos cardiovasculares e óbito. Resultados: Em relação à função renal, 58% dos pacientes tiveram aumento percentual da creatinina - resultado semelhante à taxa de filtração glomerular (TFG), porém nenhum paciente evoluiu com evolução para DRCET. Quanto à proteinúria, 47% reduziram mais que 25% seus níveis de proteinúria e 17% reduziram - porém menos que 25%. Ocorreu aumento de proteinúria em 21%. Os níveis de potássio não apresentaram alteração significativa ao longo do tempo (p=0,900). Não houve relato em prontuário de hipotensão documentada em consulta, e houve 1 evento cardiovascular (IAM) relatado. Nenhum óbito foi documentado durante o seguimento. Conclusão: em nossa amostra, verificamos redução satisfatória de proteinúria com a associação IECA + BRA. Excluímos da análise pacientes de alto risco para eventos adversos (idosos, portadores de DRC avançada, diabéticos) e, por isso, não observamos aumento de risco com a associação.
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    Acesso aberto (Open Access)
    O papel do exercício físico e da n-acetilcisteína na nefrotoxicidade induzida pela cisplatina no peixe-zebra
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024) Carmo, Lucas Henrique Silva [UNIFESP]; Araujo, Ronaldo de Carvalho [UNIFESP]; Nunes, Mauro Eugênio Medina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7258054058750442; http://lattes.cnpq.br/8650749833791970; http://lattes.cnpq.br/5670911345486092
    A nefrotoxicidade induzida por fármacos vem crescendo a cada ano. Dentre estes medicamentos, há agentes como a cisplatina, um dos mais potentes quimioterápicos utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer. Ácidos nucléicos, principalmente os DNA genômico e mitocondrial, são alvos da cisplatina. Além disso a cisplatina leva a danos oxidativos. Com isso sabe-se que exercício físico regular é um fator importante na manutenção do equilíbrio redox, através do aumento das defesas do sistema antioxidante. Do mesmo modo a N-Acetilcisteína (NAC), também conhecida por sua capacidade de aumentar o sistema de defesa antioxidante celular pode reduzir o estresse oxidativo no organismo. Nesse cenário, o objetivo deste trabalho, é avaliar o efeito de dois tipos de exercício físico, treinamento no domínio moderado e treinamento no domínio severo de intensidade, assim como a suplementação com NAC frente aos efeitos nefrotóxicos da cisplatina em peixe-zebra. Para tanto, animais foram divididos em grupos, Sedentário, treinamento contínuo de intensidade moderada (MICT), e treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) e os protocolos de treinamento foram feitos por 4 semanas. Outra parte dos animais foram divididos em grupos, Controle, Cisplatina, NAC e NAC + Cisplatina. Após o treinamento, foi feita uma aplicação única de cisplatina na concentração de 100 μg/g nos animais treinados e ao tratamento com NAC, e salina nos animais CTL e SED. Em ambos os protocolos, os animais eutanasiados tiveram o rim coletado para os ensaios de respirometria de alta resolução, atividades enzimáticas antioxidantes, histologia e PCR em tempo real. Os animais submetidos ao protocolo de treinamento, foi observado uma melhora na capacidade física a partir da segunda semana de treinamento e progredindo a cada semana. Observamos na histologia do tecido renal dos animais submetidos ao treino HIIT teve uma maior lesão tubular, mostrando que a intensidade do exercício influencia no dano causado pela cisplatina. Analisando a expressão gênica, foi possível observar uma maior relação BAX/BCL2 no grupo HIIT quando comparado aos outros grupos, indicando um maior nível de apoptose no rim dos animais desse grupo. Porém observando a caspase 3 e IL-1B, o grupo HIIT tem uma menor expressão desses genes, mostrando uma menor inflamação no tecido renal. Para entender melhor a atividade da cisplatina analisamos a respiração mitcondrial no rim dos animais. E para isso os animais não foram submetidos ao protocolo de treinamento, foi utilizado NAC. A respiração celular através da ativdade dos complexos 1 e 2 e a respiração maxima celular. E nos três estagios da respirometria vemos uma melhor respiração dos animais tratados somente com cisplatina. Analisando a atividade das enzimas antioxidantes, conseguimos observar que os animais tratados com NAC + Cisplatina teve uma maior atividade da glutationa S-transferase (GST), uma menor atividade da glutationa redutase (GR), e uma menor atividade da glutationa peroxidase (GPx). Entendo assim que essas enzimas estão relacionada com a atividade da NAC contra os efeitos da cisplatina. Desta forma esse estudo demonstra que o exercício físico e o tratamento com NAC em peixe-zebra é uma intervenção que pode ser utilizado contra a nefrotoxicidade da cisplatina.