PPG - Medicina (Urologia)
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do perfil proteômico urinário de pacientes pediátricos candidatos a transplante renal por insuficiência renal terminal secundária a refluxo vesicoureteral primário(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-14) Andrioli, Veridiana (UNIFESP); Aguiar, Wilson Ferrreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1555985311877836; http://lattes.cnpq.br/3994115273262930O refluxo vesicoureteral é uma malformação que pode ser identificada em cerca de 1% da população e, felizmente em sua maior parte terá um curso benigno, mantendo os acometidos assintomáticos ou mesmo sem sequelas a função renal. Entretanto, alguns pacientes evoluem a nefropatia de refluxo, podendo esta representar até 25% das causas de insuficiência renal na população pediátrica. Na intenção de identificar fatores de risco a progressão a perda da função renal relacionadas a presença do refluxo, extensas pesquisas têm sido realizadas. São fatores de risco conhecidos na literatura e que aumentam a chance de evolução a doença renal terminal o sexo masculino, a presença de sinais de displasia renal ou cicatrizes renais, a presença de refluxo vesico ureteral bilateral de alto grau e alterações da creatinina (valores séricos acima de 0.6mg/dL) no primeiro ano de vida. Fatores que poderiam ser responsáveis por uma certa proteção renal como o uso de antibiótico profilaxia e intervenções cirúrgicas não foram capazes de interromper o curso negativo da doença. Assim, entende-se que a nefropatia de refluxo e o refluxo vesico ureteral devam ser consideradas patologias diferentes, embora possam se iniciar como a mesma malformação. Dados demográficos e amostra única de urina foram obtidas de pacientes com doença renal crônica terminal secundária a refluxo vesicoureteral primário e comparados a pacientes com refluxo vesico ureteral porém com função renal normal. Análises da associação entre variáveis qualitativas e grupo foi avaliada através do teste exato de Fisher e a comparação entre distribuições das variáveis quantitativas de acordo com o grupo foi realizada através do teste de Mann-Whitney. As comparações entre tempos foi realizada através do teste de Mann-Whitney ou teste de Kruskal-Wallis quando a variável em questão apresentou três categorias. Por meio de avaliação proteômica em urina de ambos os grupos, foram listadas as proteínas encontradas e suas intensidades de expressão comparadas. Assim, estabeleceu-se 3 tipos de achados comparativos: 1) proteínas expressas exclusivamente no grupo com insuficiência renal , 2) proteínas mais expressas no grupo pacientes e 3) proteínas inibidas no grupo pacientes ( mais expressas no grupo controle). Foram encontrados potenciais biomarcadores urinários em pacientes com nefropatia de refluxo representado pela presença de genes relacionados a via de sinalização ativa de fatores de coagulação e sistema complemento e vias de sinalização inibidas relacionadas a fatores de crescimento epidermal. Espera-se que esses achados possam contribuir na busca pela compreensão das diferenças micro fisiológicas entre esses pacientes com mesma patologia, porém com desfechos tão diferenciados, possibilitando a procura por terapias personalizadas e que possam interferir ou ao menos postergar a evolução a doença renal terminal por nefropatia de refluxo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da integridade funcional de espermatozoides recuperados após processamento seminal por microfluídica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-03) Ribeiro, Amanda das Neves [UNIFESP]; Lopes, Paula Intasqui [UNIFESP]; Bertolla, Ricardo Pimenta [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8479803539567479; http://lattes.cnpq.br/5188240479960852; http://lattes.cnpq.br/6423541480542066Objetivo: O fator masculino de infertilidade pode ser uma das razões para que não haja gravidez de forma natural. Quando há necessidade de realização de técnicas de reprodução assistida, a amostra deve ser previamente processada, para remoção do plasma seminal e para seleção de espermatozoides móveis e viáveis. Diferentes técnicas podem ser utilizadas, mas pouco se sabe sobre a qualidade funcional dos espermatozoides recuperados. Por isso, o objetivo deste estudo é analisar e comparar a integridade funcional dos espermatozoides processados por gradiente de densidade descontínuo e por microfluídica. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo que incluiu trinta homens voluntários (n=30), com uma idade média de 29,8 anos, que coletaram sêmen por masturbação. Após a liquefação do sêmen, uma porção do sêmen a fresco foi utilizada para avaliar a integridade funcional dos espermatozoides (integridade acrossômica, usando coloração PNA, atividade mitocondrial, usando ensaio DAB e fragmentação de DNA pelo ensaio cometa alcalino). O volume restante foi, então, dividido igualmente em duas porções, uma utilizada para o gradiente de densidade descontínuo e a outra para o processamento por microfluídica, utilizando o dispositivo Zymot. Após o processamento, os espermatozoides selecionados foram também avaliados quanto à integridade funcional. Os dados foram comparados entre o controle (amostra a fresco), gradiente de densidade descontínuo e Zymot utilizando teste de Friedman para amostras pareadas com post hoc de Conover ou ANOVA de medidas repetidas com post hoc de Bonferroni (p<0,05). Resultados: O processamento por Zymot não levou a nenhuma alteração em relação à integridade do acrossoma dos espermatozoides quando comparado à amostra a fresco, enquanto o gradiente de densidade descontínuo levou à piora dessa variável. Por outro lado, o Zymot melhorou significativamente a atividade mitocondrial dos espermatozoides, quando comparado à amostra a fresco e aos espermatozoides recuperados por gradiente de densidade descontínuo. A fragmentação de DNA espermático não apresentou diferença significativa entre os três tratamentos. Conclusão: O uso do dispositivo de seleção de espermatozoides via microfluídica (Zymot) permite a seleção de espermatozoides com alta atividade mitocondrial, evitando a reação/dano do acrossoma que ocorre durante a centrifugação em gradiente de densidade, porém não demonstra seleção de espermatozoides com menor taxa de fragmentação de DNA.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise proteômica do plasma seminal de homens com obesidade com e sem alteração nos parâmetros espermáticos(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-10) Carvalho, Renata Cristina de [UNIFESP]; Fraietta, Renato [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1545035937368744; http://lattes.cnpq.br/2678949812673271Objetivo: Comparar a expressão de proteínas seminais entre amostras de homens com obesidade com e sem alterações nos parâmetros espermáticos. Ainda, verificar se as proteínas justificam a alteração espermática e se tal prejuízo também é refletido nos aspectos funcionais do espermatozoide. Métodos: Neste estudo observacional, homens com idade entre 20 e 50 anos foram distribuídos em 3 grupos de acordo com sua porcentagem de gordura corporal e características espermáticas, sendo: grupo controle eutrófico, obesidade sêmen normal e obesidade sêmen alterado. A coleta da amostra seminal aconteceu após 2 a 7 dias de abstinência ejaculatória; com ela realizou-se a análise seminal convencional, que auxiliou na distribuição dos grupos, análise funcional dos espermatozoides (integridade do DNA, atividade mitocondrial e integridade do acrossoma) e, com a alíquota restante, centrifugações foram aplicadas para separação do plasma seminal. Assim, o plasma seminal obtido foi utilizado para avaliação dos níveis proteicos; para tal, quantificamos o total de proteínas, preparamos cada amostra e realizamos a análise proteômica sem alvo definido usando espectrometria de massas (LC-MS/MS). A análise estatística dos dados gerais dos participantes e das variáveis seminais foi realizada pelo software SPSS incluindo avaliação de normalidade, homogeneidade, além de teste General Linear Model (GLM) com post-hoc de Sidak, sempre considerando p menor que 0,05. Por fim, os dados gerados pela proteômica foram utilizados para identificação das proteínas diferencialmente representadas entre os grupos (teste ANOVA com post-hoc LSD realizado pelo software MetaboAnalyst). Resultados: 73 homens participaram do estudo (19 no grupo controle eutrófico, 33 em obesidade sêmen normal e 21 em obesidade sêmen alterado) apresentando uma média de idade de 31,05, 33,88 e 36,67 anos, respectivamente. Conforme esperado, os grupos de obesidade apresentaram maior peso, porcentagem de gordura corporal e IMC em relação ao grupo eutrófico, mas sem diferença entre si. A análise seminal convencional indicou resultados significativos para as variáveis motilidade progressiva, motilidade não progressiva, imóveis, concentração e contagem espermática, morfologia, vitalidade e total de espermatozoides móveis morfologicamente normais (MMN) sendo que os piores valores foram observados sempre no grupo obesidade sêmen alterado com exceção da variável motilidade não progressiva na qual os resultados significativos foram entre os grupos de eutróficos e obesidade sêmen normal (este último apresentando menor porcentagem de espermatozoides com motilidade não progressiva). Em relação aos aspectos funcionais dos espermatozoides, o grupo obesidade sêmen alterado apresentou maior porcentagem de espermatozoides com DNA totalmente fragmentado e maior prejuízo na atividade mitocondrial espermática; já a integridade do acrossoma foi pior para os grupos de obesidade em relação aos homens eutróficos. Por fim, na análise proteômica foram encontradas 746 proteínas sendo que 30 delas se mostraram diferencialmente representadas entre os grupos; no grupo obesidade sêmen alterado verificamos que 3 proteínas estavam praticamente ausentes (Kunitz-type protease inhibitor 3, Ovochymase-2, Dipeptidase 3). Além disso, as outras proteínas apresentaram resultados significativos variados entre os grupos sempre com menor concentração nos grupos de obesidade e ainda menor no grupo de obesidade sêmen alterado. Conclusões: Homens com obesidade e alteração nas características espermáticas podem apresentar também maior prejuízo nos aspectos funcionais dos seus gametas e nas vias moleculares seminais.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Impacto das variáveis seminais nos resultados dos tratamentos de reprodução humana assistida(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-10) Nogueira, Camila [UNIFESP]; Antoniassi, Mariana Pereira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0783506316934214; http://lattes.cnpq.br/9122676059725528Objetivo: Verificar se as variáveis seminais influenciam nos tratamentos de reprodução assistida, na formação de embriões e blastocistos e nas taxas de gestação. Método: Foram analisados 4946 prontuários de pacientes que realizaram tratamento para infertilidade conjugal no Setor Integrado de Reprodução Humana da UNIFESP do ano de 2010 até 2020. Foram utilizados os dados clínicos masculinos, de análise seminal, número de embriões e blastocistos formados e gravidez. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS 18.0. Resultados: Ao comparar-se os fatores analisados e a presença ou não de gestação, houve diferença estatística na idade feminina, no número de oócitos, de MII (oócito em metáfase II), taxa de MII e MI (oócito em metáfase I), número de oócitos injetados e fertilizados, quantidade de embriões em D3 (dia 3 de desenvolvimento embrionário) e D5 (dia 5 de desenvolvimento embrionário) e quantidade de embriões transferidos, porém não houve diferença quando comparadas as variáveis seminais e as taxas de gestação. Em relação às correlações, houve correlação positiva entre a concentração inicial, total, total de móveis e total de móveis morfologicamente normais. A concentração total correlacionou-se positivamente com o total de móveis e o total de móveis morfologicamente normais. A morfologia e o total de móveis correlacionaram-se positivamente com o total de móveis morfologicamente normais. Por fim, a análise discriminante demonstrou que as variáveis que melhor discriminam os grupos beta positivo e negativo foram idade da mulher, taxa de MII, número de oócitos e taxa de fertilização, sendo a taxa de MII a que melhor prediz o grupo beta positivo. Conclusão: Dessa forma, o presente estudo não demonstrou diferença significativa entre as variáveis seminais e as taxas de gestação e de formação de blastocistos em tratamentos de reprodução humana assistida.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da qualidade de vida de mulheres com diferentes tipos de incontinência urinária(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-22) Santos, Maíra Oshiro dos [UNIFESP]; Almeida, Fernando Gonçalves [UNIFESP]; Girotti, Marcia Eli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4684527524158764; http://lattes.cnpq.br/9336208077764596; ttp://lattes.cnpq.br/3777108965126806Introdução: a incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina. Os subtipos mais descritos na literatura são: incontinência urinária por esforço (IUE), que é a perda de urina decorrente de esforço físico, tosse, espirro; a incontinência urinária de urgência (IUU), que é perda de urina precedida por uma urgência miccional; e a incontinência urinária mista (IUM), que é aquela que ocorre tanto por esforço como por urgência miccional. A IU tem um importante impacto na qualidade de vida (QV) das mulheres, à medida que perder urina altera, negativamente, a rotina das portadoras desta condição. É consenso que a perda de urina pode ser prejudicial à autoestima, pois é causa de isolamento social, e que afeta essas mulheres psicologicamente, socialmente, fisicamente, economicamente, sexualmente e em suas relações interpessoais. Objetivo: avaliar o impacto da IU sobre a QV de mulheres com diferentes subtipos de IU. Material: estudo de caso-controle, oriundo de um banco de dados. Foram avaliadas 442 mulheres com IU e 137 mulheres sem IU. Através da utilização de métodos diagnósticos diferentes, as mulheres com IU foram divididas em dois subgrupos: questionários de autorrelatos e experiência da equipe médica. Os questionários (autorrelatos) utilizados para classificar o subtipo de IU e o grau de severidade foram o OAB-q (Questionnaire Overactive Bladder) e o ICIQ-SF (Incontinence Questionnarie - Short Form). O instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida foi o World Health Organization Quality of Life Abbreviated (WHOQOL-bref), dividido em quatro domínios e mais duas questões de QV geral. Associou-se o teste do absorvente de uma hora com o objetivo de avaliar o grau de severidade da IU. Resultados: no diagnóstico dos questionários, as médias do WHOQOL-bref no domínio físico foram 55,1 para IUU e 57,6 para IUM, médias inferiores às das pacientes diagnosticadas com IUE (65,3) e o grupo controle 66 (p< 0,001). Achado semelhante ao domínio psicológico, no qual o grupo controle 68,4 e IUE 65,7 foram superiores a IUM 60,3 (p<0,001). No diagnóstico médico, o domínio físico foi 66 no grupo controle e 60,7 para IUE, médias superiores a IUU 53 e IUM 58,1 (p<0,001). Em relação aos outros domínios, o grupo controle foi superior nos dois métodos diagnósticos. Não foi possível identificar, neste estudo, a correlação entre a severidade da IU com a piora da QV. Conclusão: mulheres com IU tem impacto significativo sobre a QV independentemente da severidade. As mulheres com IUU e IUM parecem apresentar maior impacto na QV, do que mulheres com IUE.