Nove pequenos ensaios de um compromisso ancestral
dc.contributor.advisor | Garcia, Uirá Felippe | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/9007367852204014 | |
dc.contributor.author | Pereira, Maria Eduarda Novais | |
dc.contributor.authorLattes | https://lattes.cnpq.br/4289855721004492 | |
dc.coverage.spatial | Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) | |
dc.date.accessioned | 2024-09-26T16:48:04Z | |
dc.date.available | 2024-09-26T16:48:04Z | |
dc.date.issued | 2024 | |
dc.description.abstract | Ao longo desse processo criativo, fui tecendo um território em que o afeto e a tradição ancestral serviram como instrumentos para ressignificar o espaço da memória, que o racismo havia delimitado como local exclusivamente de violência. A partir da reelaboração de trechos da minha vivência, enraizados no universo simbólico trazido por minha família, deixei de ocupar exclusivamente o papel de pesquisadora e assumi a posição de sujeito atuante, imbuído de uma participação ativa nesse processo de reconstrução da narrativa. Assim, revisito por meio da escrita o complexo universo de encruzilhadas que me compõem, volto meu olhar para álbuns de família e para a imagem do racismo, cujos gritos de ordem permeiam e cruzam nossas relações cotidianas. Nos meus escritos, tudo ganha som, cor, imagem e principalmente movimento. A escrita não se apresentou a mim como uma dádiva, mas sim, eu a escolhi como ferramenta de ocupação e resistência, capaz de dar forma às memórias dos saberes tradicionais da minha família, ressignificando o sentido de comunidade, afeto e felicidade. Trago minhas memórias, pois elas constituem o que há de mais valioso e autêntico em mim, mesmo que por muito tempo eu tenha desejado esquecer quem eu era. Assim como uma imagem nunca é igual a outra, meus escritos percorrem um fluxo disruptivo, em que a linearidade se dissolve. Por meio da escrita, esses saberes encontram caminhos para ocupar e subverter o não-lugar, conferindo novos significados à experiência e à resistência. Revisitar e reconstruir minhas memórias como um quebra-cabeça requer não apenas sabedoria e coragem, mas principalmente entender que a culpa não é uma criação minha. Escolhi pela escrita não para validar o conhecimento de meus antepassados ou para comprovar algo à branquitude, mas para me posicionar a partir desse território, reconhecendo que sou, como afirma Dandara Suburbana, um arquivo vivo em movimento. No contexto deste trabalho final, proponho trazer à tona a encruzilhada da qual sou filha - entre, escrita, oralidade, corpo, ancestralidade e religiosidade - apresentando um outro modo de escrita, de tempo e de vida. | |
dc.description.sponsorship | Não recebi financiamento | |
dc.emailadvisor.custom | uira.garcia@unifesp.br | |
dc.format.extent | 48 f. | |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/11600/72022 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | |
dc.subject | Memória | |
dc.subject | Território | |
dc.subject | Tradição | |
dc.subject | Ancestralidade | |
dc.subject | Potência | |
dc.title | Nove pequenos ensaios de um compromisso ancestral | |
dc.type | info:eu-repo/semantics/bachelorThesis | |
unifesp.campus | Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) | |
unifesp.graduacao | Ciências Sociais |