Percepção de risco de acidentes de trabalho e o viés otimista na perspectiva do trabalhador de unidade de alimentação e nutrição: um estudo sobre o uso de equipamentos de proteção individual
Data
2020-11-26
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
A hipótese deste estudo é que o trabalhador de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) treinado para o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) tem um conhecimento correto sobre a importância do EPI mas negligencia o seu uso em função da baixa percepção de risco de acidente de trabalho, apresentando uma tendência ao viés otimista. Assim, o objetivo foi investigar os elementos cognitivos, de percepção de risco e ambientais relacionados ao uso de Equipamentos de Proteção Individual por parte do trabalhador de Unidade de Alimentação e Nutrição. Trata-se de um estudo analítico, transversal com abordagens quantitativa e qualitativa, no qual foram aplicados 203 questionários e 40 entrevistas semiestruturadas aos trabalhadores de UAN. Os instrumentos para coleta dos dados contemplaram o perfil sociodemográfico, conhecimento em EPI e percepção de risco de acidente de trabalho. Para análise dos dados quantitativos foram calculadas medidas descritivas e construídas tabelas de contingência, apropriadas para o tipo de variável e desenho do estudo. Aos dados qualitativos foi aplicada a análise de conteúdo do tipo temática. Dentre os resultados quantitativos, os trabalhadores apresentaram alta percepção de risco de acidentes de trabalho em relação ao não uso do EPI e não mostraram tendência ao fenômeno associado à percepção de risco: o viés otimista. Correlação entre a percepção de risco de acidente de trabalho sem o uso do EPI de acordo com o tempo total de trabalho na profissão foi identificada. Sugere-se que os trabalhadores com menos tempo de trabalho estão mais suscetíveis a acidentes de trabalho. Por meio da análise qualitativa foram identificados os elementos intervenientes segundo níveis da teoria sociológica de Dwyer: Comando: distribuição inadequada das atividades de trabalho; Organizacional: confusão dos conceitos relacionados a função do EPI; hábito de uso do EPI e incompatibilidade com o tamanho do EPI e sua indisponibilidade; Indivíduo-membro: incômodo/ desconforto durante a utilização do EPI; indisponibilidade de tempo para colocar o EPI; incerteza quanto à função de proteção. Para além, foram identificados elementos intervenientes não exemplificados na teoria sociológica de Dwyer, sendo eles: viés otimista, lócus de controle externo, medo/angústia ao usar o EPI, falta de atenção durante a atividade e incerteza quanto à probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho. Propõe-se que estes elementos poderiam ser inseridos no nível indivíduo-membro com a disposição de um subnível nomeado “percepções”. A percepção de risco de acidentes de trabalho é uma variável a ser estudada nas pesquisas tanto com abordagem qualitativa como quantitativa. A hipótese deste estudo foi refutada. Este trabalho possibilita o contato com o relato da experiência de trabalho com EPI pelos trabalhadores, no qual não há um olhar e um debruçar-se expresso pelos líderes aos elementos intervenientes. Por outro lado, os líderes exigem dos trabalhadores a compreensão e a conscientização do cuidado ao risco que estão expostos.
A hipótese deste estudo é que o trabalhador de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) treinado para o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) tem um conhecimento correto sobre a importância do EPI mas negligencia o seu uso em função da baixa percepção de risco de acidente de trabalho, apresentando uma tendência ao viés otimista. Assim, o objetivo foi investigar os elementos cognitivos, de percepção de risco e ambientais relacionados ao uso de Equipamentos de Proteção Individual por parte do trabalhador de Unidade de Alimentação e Nutrição. Trata-se de um estudo analítico, transversal com abordagens quantitativa e qualitativa, no qual foram aplicados 203 questionários e 40 entrevistas semiestruturadas aos trabalhadores de UAN. Os instrumentos para coleta dos dados contemplaram o perfil sociodemográfico, conhecimento em EPI e percepção de risco de acidente de trabalho. Para análise dos dados quantitativos foram calculadas medidas descritivas e construídas tabelas de contingência, apropriadas para o tipo de variável e desenho do estudo. Aos dados qualitativos foi aplicada a análise de conteúdo do tipo temática. Dentre os resultados quantitativos, os trabalhadores apresentaram alta percepção de risco de acidentes de trabalho em relação ao não uso do EPI e não mostraram tendência ao fenômeno associado à percepção de risco: o viés otimista. Correlação entre a percepção de risco de acidente de trabalho sem o uso do EPI de acordo com o tempo total de trabalho na profissão foi identificada. Sugere-se que os trabalhadores com menos tempo de trabalho estão mais suscetíveis a acidentes de trabalho. Por meio da análise qualitativa foram identificados os elementos intervenientes segundo níveis da teoria sociológica de Dwyer: Comando: distribuição inadequada das atividades de trabalho; Organizacional: confusão dos conceitos relacionados a função do EPI; hábito de uso do EPI e incompatibilidade com o tamanho do EPI e sua indisponibilidade; Indivíduo-membro: incômodo/ desconforto durante a utilização do EPI; indisponibilidade de tempo para colocar o EPI; incerteza quanto à função de proteção. Para além, foram identificados elementos intervenientes não exemplificados na teoria sociológica de Dwyer, sendo eles: viés otimista, lócus de controle externo, medo/angústia ao usar o EPI, falta de atenção durante a atividade e incerteza quanto à probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho. Propõe-se que estes elementos poderiam ser inseridos no nível indivíduo-membro com a disposição de um subnível nomeado “percepções”. A percepção de risco de acidentes de trabalho é uma variável a ser estudada nas pesquisas tanto com abordagem qualitativa como quantitativa. A hipótese deste estudo foi refutada. Este trabalho possibilita o contato com o relato da experiência de trabalho com EPI pelos trabalhadores, no qual não há um olhar e um debruçar-se expresso pelos líderes aos elementos intervenientes. Por outro lado, os líderes exigem dos trabalhadores a compreensão e a conscientização do cuidado ao risco que estão expostos.
A hipótese deste estudo é que o trabalhador de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) treinado para o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) tem um conhecimento correto sobre a importância do EPI mas negligencia o seu uso em função da baixa percepção de risco de acidente de trabalho, apresentando uma tendência ao viés otimista. Assim, o objetivo foi investigar os elementos cognitivos, de percepção de risco e ambientais relacionados ao uso de Equipamentos de Proteção Individual por parte do trabalhador de Unidade de Alimentação e Nutrição. Trata-se de um estudo analítico, transversal com abordagens quantitativa e qualitativa, no qual foram aplicados 203 questionários e 40 entrevistas semiestruturadas aos trabalhadores de UAN. Os instrumentos para coleta dos dados contemplaram o perfil sociodemográfico, conhecimento em EPI e percepção de risco de acidente de trabalho. Para análise dos dados quantitativos foram calculadas medidas descritivas e construídas tabelas de contingência, apropriadas para o tipo de variável e desenho do estudo. Aos dados qualitativos foi aplicada a análise de conteúdo do tipo temática. Dentre os resultados quantitativos, os trabalhadores apresentaram alta percepção de risco de acidentes de trabalho em relação ao não uso do EPI e não mostraram tendência ao fenômeno associado à percepção de risco: o viés otimista. Correlação entre a percepção de risco de acidente de trabalho sem o uso do EPI de acordo com o tempo total de trabalho na profissão foi identificada. Sugere-se que os trabalhadores com menos tempo de trabalho estão mais suscetíveis a acidentes de trabalho. Por meio da análise qualitativa foram identificados os elementos intervenientes segundo níveis da teoria sociológica de Dwyer: Comando: distribuição inadequada das atividades de trabalho; Organizacional: confusão dos conceitos relacionados a função do EPI; hábito de uso do EPI e incompatibilidade com o tamanho do EPI e sua indisponibilidade; Indivíduo-membro: incômodo/ desconforto durante a utilização do EPI; indisponibilidade de tempo para colocar o EPI; incerteza quanto à função de proteção. Para além, foram identificados elementos intervenientes não exemplificados na teoria sociológica de Dwyer, sendo eles: viés otimista, lócus de controle externo, medo/angústia ao usar o EPI, falta de atenção durante a atividade e incerteza quanto à probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho. Propõe-se que estes elementos poderiam ser inseridos no nível indivíduo-membro com a disposição de um subnível nomeado “percepções”. A percepção de risco de acidentes de trabalho é uma variável a ser estudada nas pesquisas tanto com abordagem qualitativa como quantitativa. A hipótese deste estudo foi refutada. Este trabalho possibilita o contato com o relato da experiência de trabalho com EPI pelos trabalhadores, no qual não há um olhar e um debruçar-se expresso pelos líderes aos elementos intervenientes. Por outro lado, os líderes exigem dos trabalhadores a compreensão e a conscientização do cuidado ao risco que estão expostos.