PPG - Nutrição

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    Acesso aberto (Open Access)
    Desenvolvimento e validação do instrumento de triagem de risco nutricional em população pediátrica oncológica (NUTRICCAN)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-02) Marçon, Cristiane Ferreira [UNIFESP]; Oliveira, Fernanda Luísa Ceragioli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8148781454320955; http://lattes.cnpq.br/3794394476540430
    Objetivo: Descrever o desenvolvimento e a validação de conteúdo e concorrente de um instrumento de triagem de risco nutricional para lactentes, crianças e adolescentes com câncer no Brasil. Métodos: O processo de desenvolvimento do instrumento incluiu uma revisão bibliográfica sobre triagens nutricionais pediátricas, seguido pela elaboração de questões em sete domínios temáticos. Para a validação de conteúdo, um formulário online foi enviado a um comitê de especialistas (nove nutricionistas e quatro oncologistas pediátricos), que avaliaram o conteúdo quanto à clareza e representatividade. A avaliação da concordância foi mensurada e os itens com taxa inferior a 90% foram reavaliados. Para a validação concorrente, foi realizado um teste piloto com a aplicação do novo instrumento por 12 nutricionistas em pacientes internados em um hospital de oncologia pediátrica em São Paulo. Foram avaliados 152 pacientes entre junho e agosto de 2024. As variáveis analisadas incluíram: sexo, idade, diagnóstico oncológico, risco nutricional por diferentes métodos (NUTRICCAN, SCAN e STRONGkids) e antropometria (IMC, circunferência braquial e da panturrilha). Para a análise estatística, foram utilizados softwares como SPSS e Jamovi, com testes apropriados para avaliar diferenças entre grupos e identificar variáveis associadas à subnutrição por meio de regressão logística. A curva ROC foi usada para determinar pontos de corte para estratificação do risco nutricional, com posterior análise de correlação dos escores e concordância entre as classificações de risco entre as ferramentas. Resultados: O instrumento final contém 15 variáveis. A amostra incluíu 152 pacientes, predominando o sexo masculino (56,6%) e apresentando uma média de idade de 6,73 anos (IQR:3,15-11,8). A prevalência de subnutrição variou conforme o parâmetro antropométrico: 7,2% segundo IMC/Idade, 24,8% pela circunferência braquial (CB) e 40,1% pela circunferência da panturrilha (CP). A análise de regressão mostrou que as condições socioeconômicas e a avaliação nutricional subjetiva pelo profissional estavam associadas à subnutrição. O novo instrumento apresentou uma acurácia de 70% (AUC = 0,701), superior ao SCAN e STRONGkids. A NUTRICCAN classificou 80,2% como médio ou alto risco, enquanto apenas 51,3% foram identificados em risco nutricional pelo SCAN e 32% em alto risco pelo STRONGkids. Conclusão: O estudo destaca a importância de um instrumento de triagem nutricional adaptado para a população pediátrica oncológica, considerando suas especificidades clínicas e sociais. A NUTRICCAN foi considerada adequada por especialistas e demonstrou eficácia superior à dos instrumentos existentes na estratificação do risco nutricional, contribuindo para um manejo mais eficaz. Os resultados respaldam sua implementação na prática clínica.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Comportamento alimentar de crianças e suas mães
    (Universidade Federal de São Paulo, 2011-06-29) Vicentini, Flávia Bulgarelli [UNIFESP]; Oliveira, Fernanda Luisa Ceragioli [UNIFESP]; Brasil, Anne Lise Dias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7571004305566508; http://lattes.cnpq.br/8148781454320955; http://lattes.cnpq.br/5348572313343560
    Objetivo: Avaliar e correlacionar o comportamento alimentar das mães e de seus filhos. Métodos: Estudo transversal com 374 alunos, com idade de 5 a 10 anos e suas mães, para avaliar e correlacionar o comportamento alimentar de crianças e suas mães. Realizou-se antropometria (peso e estatura) das crianças; as mães referiram seu peso e estatura e preencheram questionário no domicílio. A classificação nutricional materna foi realizada pelo IMC e para as crianças o escore Z do IMC, ambos de acordo com a OMS. Resultados: Notou-se que o estado nutricional da criança foi de 0,8% de magreza, 68,4% de eutrofia e 30,8% de excesso de peso (24,9% sobrepeso e 5,9% obesidade). Em relação ao estado nutricional materno, 1,1% apresentou baixo peso, 74,8% eutrofia e 24,1% excesso de peso (15,9% sobrepeso e 8,2% obesidade). Averiguou-se concordância de moderada a fraca, entre mães e filhos quanto aos hábitos de substituir a refeição por lanches (Kappa= 0,218 p<0,001), beliscar entre as refeições (Kappa= 0,224 p<0,001), assistir TV durante a refeição (Kappa= 0,424 p<0,001), beliscar alimentos em frente à TV (Kappa= 0,403 p<0,001) e comer fora de casa (Kappa= 0,313 p<0,001). Conclusão: o comportamento alimentar da mãe está relacionado ao de seus filhos, em que estilo de vida não saudável adotado por ela, pode desfavorecer o estabelecimento de hábitos saudáveis de suas crianças.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Seletividade alimentar em adolescentes matriculados no ensino médio e seus fatores associados
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-04) Rocha, Sanny Rafaelly Marcelino [UNIFESP]; Bandoni, Daniel Henrique [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6104429791974852; http://lattes.cnpq.br/2933216756117739
    Introdução: A alimentação não se limita a atender necessidades fisiológicas e uma dieta inadequada pode levar à doenças crônicas e aumento da mortalidade prematura. Analisar hábitos alimentares e fatores socioeconômicos é crucial para identificar riscos à qualidade de vida, como a seletividade alimentar (SA), que limita o consumo de alimentos e pode afetar o desenvolvimento e a saúde a longo prazo, podendo aumentar o risco de Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN). Objetivos: Avaliar os comportamentos relacionados à seletividade alimentar em adolescentes que cursam o ensino médio integrado ao técnico e associar a situação socioeconômica e ao nível de InSAN. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo, que avaliou comportamentos relacionados à seletividade alimentar de estudantes regularmente matriculados no ensino médio integrado ao ensino técnico no Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Resultados: A partir das análises relacionadas aos comportamentos associados à SA, foi possível observar que o principal comportamento relacionado à seletividade alimentar relatado pelos estudantes foi o apetite reduzido no decorrer do dia (44,08%), seguido pela dificuldade em aceitar novos alimentos/preparações (34,61%). Mais de um quinto dos estudantes (21,31%) apresentou 5 ou mais comportamentos relacionados à seletividade alimentar. Conclusão: Os comportamentos associados à SA e sua associação a variáveis socioeconômicas e sociodemográficas específicas. Os resultados contribuem para a compreensão da SAN e SA e abrem caminho para novas investigações que possam orientar políticas públicas eficazes no combate à insegurança alimentar e novos estudos relacionados ao distúrbio alimentar mencionado. Este estudo é crucial para entender como fatores socioeconômicos e demográficos afetam a seletividade alimentar e a insegurança nutricional entre adolescentes, fornecendo informações valiosas para orientar políticas públicas e intervenções necessárias.
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    Acesso aberto (Open Access)
    A influência da 2’-fucosil-lactose, galacto-oligossacarídeo e fruto-oligossacarídeo na microbiota intestinal de lactentes saudáveis
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-01) Lazarini, Tamara [UNIFESP]; Morais, Mauro Batista de [UNIFESP]; Tonon, Karina Merini [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2442452609232782; http://lattes.cnpq.br/5056114729141952; http://lattes.cnpq.br/2956255006664860
    Objetivo: Os oligossacarídeos do leite humano (HMOs) são considerados o segundo carboidrato mais abundante do leite humano e com impacto positivo no estabelecimento de uma microbiota intestinal infantil saudável. Analisar a influência dos oligossacarídeos 2´-FL (2-Fucosil-Lactose), GOS (Galacto-oligossacarídeo) e FOS (Fruto-oligossacarídeo), na modulação da microbiota intestinal de lactentes saudáveis em aleitamento artificial foi o principal objetivo do estudo. Métodos: Foram examinadas fezes de 87 lactentes no 1º. e 4º. mês de vida: grupo LM (n=28) em aleitamento materno como referência, grupo HMO (n=29) alimentados com a fórmula experimental com 2´-FL+GOS+FOS e o grupo GOS/FOS (n=30) alimentados com a fórmula controle com GOS+FOS. As amostras fecais foram analisadas utilizando o kit DNA/RNA Shield R1101 e a extração de DNA foi realizada utilizando o kit ZymoBIOMICS DNA Miniprep. A região bacteriana V3 e V4 do gene 16S rRNA foi amplificada e sequenciada no MiSeq Illumina. As sequências geradas foram analisadas utilizando o software QIIME2. Os testes de variância ANOVA, Kruskal-Wallis, índices de riqueza Chao1 e Shannon, as distâncias UniFrac e o teste de Adonis foram utilizados para as diferentes análises estatísticas. Para as vertentes clínicas foram consideradas as variáveis antropométricas e dados dos questionários autopreenchidos. Resultados: O Actinobacteriota foi o filo mais prevalente nos grupos HMO (60,4%) e LM (46,6%), e o Firmicutes apresentou maior abundância relativa para o grupo GOS/FOS (42,4%). A Bifidobacterium e a Escherichia-Shigella foram os dois gêneros bacterianos mais abundantes ao final do estudo nos três grupos. Os lactentes alimentados com fórmulas apresentou maior abundância relativa dos gêneros [Ruminococcus]_gnavus_group. O grupo LM apresentou maior abundância relativa do gênero Lacticaseibacillus em relação ao grupo GOS/FOS. Os grupos que receberam aleitamento artificial apresentaram maior alfa-diversidade da microbiota intestinal quando comparado aos lactentes amamentados (p>0,05). A análise de beta-diversidade não mostrou diferença segundo o tipo de parto ou sexo dos lactentes, no entanto, apresentou diferença estatisticamente significante segundo o tipo de alimentação por grupo, na matriz UNIFRAC ponderada (p< 0,004) e não-ponderada (p< 0,001). Todos os lactentes tiveram crescimento adequado para a idade, sem efeitos adversos. Conclusões: A adição de oligossacarídeos (2’-FL, GOS e FOS) nas fórmulas infantis não aproximou a alfa diversidade da microbiota intestinal dos lactentes em aleitamento artificial à do referencial do leite materno. A beta-diversidade dos três grupos (HMO, GOS+FOS e LM) foram diferentes entre si no final do estudo. A adição da molécula de HMO (2´-FL) em uma fórmula infantil com a combinação de prebióticos GOS+FOS, proporcionou maior abundância relativa do filo Actinobacteriota e do gênero Bifidobacterium ao final da intervenção, que foi similar ao grupo do leite materno (p>0,05). Do ponto de vista clínico, se associou com menor tempo de irritação e mais horas de sono por noite em relação aos demais grupos.
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    Embargo
    A associação entre a compra de alimentos da agricultura familiar e a aquisição de alimentos in natura e minimamente processados no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-10) Santana, Sabrina Moura Mercham de [UNIFESP]; Bandoni, Daniel Henrique [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6104429791974852; http://lattes.cnpq.br/7272733425077787
    O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como objetivo oferecer uma alimentação saudável e adequada, que supra as necessidades nutricionais durante o período letivo, para alunos da rede pública de educação básica, conforme necessidade biopsicossociocultural. Além de prezar por ações para o desenvolvimento sustentável. Assim, a Lei n° 11.947 prevê que do recurso transferido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), seja destinado ao menos 30% para a aquisição de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar (AF). Deste modo, objetivou-se investigar a associação percentual da agricultura familiar na compra de gêneros alimentícios, segundo os grupos do Guia Alimentar para a População Brasileira. Trata-se de um estudo transversal, cujo dados são secundários, coletados do Sistema de Gestão de Prestação de Compras do FNDE dos municípios brasileiros, no ano de 2016. Foram identificados o percentual de compra da AF, os alimentos adquiridos, a quantidade de cada alimento comprado e os valores pagos em reais. Além disso, foram incluídas as variáveis de regiões do país e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de cada município. Os alimentos foram classificados em 4 grupos, conforme preconizado nas diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata. Dos municípios estudados, 39% atingiram o mínimo estabelecido pela legislação para aquisição de alimentos da agricultura familiar e apenas 18% não adquiriram gêneros alimentícios oriundos da AF. Os resultados das análises de participação energética, quantidade em gramas e recursos destinados de cada um dos grupos de alimentos do GAPB, demonstraram que houve maior contribuição de gêneros do grupo de alimentos in natura e minimamente processados nas entidades, cuja aquisição de produtos da AF superou os 30%. A compra de alimentos provenientes da agricultura familiar contribui para maiores aquisições de alimentos in natura e minimamente processados.