Prospecção dos efeitos biológicos do Poligodial isolado da Drimys brasiliensis (Winteraceae) na via de sinalização da insulina e no estresse oxidativo em células hepáticas

Data
2015-08-31
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
According Brazilian Diabetes Society (SBD, 2006), "Diabetes mellitus" is not a single disease but a heterogeneous group of metabolic disorders has in common hyperglycemia, which is the result of defects in insulin action in secretion or both. Sustained hyperglycemia promotes extensive deleterious effects and sometimes irreversible to the body as renal failure, retinopathy, cardiovascular and liver diseases, thereby impairing the regulation of metabolism of carbohydrates. Due to this insulin resistance in the early stages of type 2 diabetes mellitus (DM2), the sensitive lipase hormone (LHS) does not have its activity suppressed by this hormone, thus promoting increase in free fatty acids (FFA) Current that will be drained into the hepatic portal system, thus promoting non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). In traditional medicine, Drimys brasiliensis infusions are used for the treatment of diabetes. However, there are no reports on the polygodial (PGD), the major compound of D. brasiliensis, could be responsible for the hypoglycemic effect. Therefore, we analyzed cell viability by hepatocytes (HepG2) grown with PGD (30, 300 and 3000nM) and evaluate the antioxidant activity in cultured cells with 2-deoxy-D-ribose (2-drib) (50mM) for aindução the oxidative stress. We also study the effect on the insulin receptor, Akt and JNK, as well as their phosphorylated forms. Our results demonstrate that: 1) the PGD does not have antioxidant activity; 2) Treatment with PGD presents a trend in decreased expression of AKT and 3) has a synergistic effect with PGD 2-drib, leading to an increase in the phosphorylation of JNK. We conclude that diabetics who use tea D. brasiliensis may have worsening of symptoms due to the deleterious effect of PGD in enhanced oxidative stress.
Conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2006), o ?Diabetes mellitus? não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação da insulina, na sua secreção ou em ambos. A hiperglicemia prolongada promove efeitos deletérios extensos e, às vezes, irreversíveis ao organismo como: insuficiência renal, retinopatia, doenças cardiovasculares e hepáticas, prejudicando desse modo, a regulação do metabolismo dos glicídios. Devido à resistência à insulina presente na fase inicial do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), a lipase hormônio sensível (LHS) não possui sua atividade suprimida por esse hormônio, promovendo assim, aumento de ácidos graxos livres (AGL) circulantes, que serão drenados para o sistema porta hepático, promovendo deste modo a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Na medicina tradicional, infusões de Drimys brasiliensis são usadas para o tratamento do DM. No entanto, não há relatos sobre o poligodial (PGD), o composto majoritário da D. brasiliensis, poderia ser o responsável pelo efeito hipoglicemiante. Portanto, analisamos a viabilidade celular em hepatócitos (HepG2), cultivados com PGD (30, 300 e 3000nM) e avaliamos o potencial antioxidante em células cultivadas com 2-deoxi-d-ribose (2-dRib) (50mM), para aindução do estresse oxidativo. Também estudamos o seu efeito sobre o receptor de insulina, AKT e JNK, assim como, das suas formas fosforiladas. Nossos resultados demonstram que:1) o PGD não possui atividade antioxidante; 2) O tratamento com PGD apresenta tendência na diminuição da expressão da AKT, e 3) O PGD possui efeito sinérgico com a 2-dRib, levando ao aumento na fosforilação da JNK. Concluímos que diabéticos que utilizam o chá da D. brasiliensis podem ter piora do quadro clínico devido ao efeito deletério do PGD potencializado em situações de estresse oxidativo.
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Citação
GOMES, Moises Felipe Pereira. Prospecção dos efeitos biológicos do Poligodial isolado da Drimys brasiliensis (Winteraceae) na via de sinalização da insulina e no estresse oxidativo em células hepáticas. 2015. 55 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Diadema, 2015.
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