Cirurgia mamária em mulheres com câncer de mama metastático. Revisão sistemática Cochrane e metanálise
Data
2018-06-28
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: To evaluate the efficacy of breast surgery in patients with metastatic breast
cancer. Methods: A systematic review was conducted according to the Cochrane
methodology. The electronic search was performed on February 22, 2016, using the
MeSH terms "breast neoplasms", "mastectomy" and "analysis, survival" in the
following electronic databases: the Cochrane Breast Cancer Specialized Register,
CENTRAL, MEDLINE (by PubMed), EMBASE (by OvidSP), LILACS, ClinicalTrials.gov
and the WHO International Clinical Trials Registry Platform. Hand search on citation
reference lists and contact with study authors to identify additional studies completed
the search procedures. Randomized clinical trials with women diagnosed with
metastatic breast cancer, comparing breast surgery associated with systemic therapy
versus systemic therapy, were included. Two independent researchers evaluated the
studies obtained in the electronic search regarding the eligibility criteria and the risk of
bias. The risk of bias in the included studies was assessed by the Cochrane Risk of
Bias tool. The quality of the evidences was evaluated using the GRADE tool. The risk
ratio (RR) was used to measure the treatment effect for dichotomous outcomes, mean
differences (MD) for continuous outcomes, and risk ratio (HR) for timetoevent
outcomes. Confidence intervals of 95% (95% CI) were calculated for these measures.
The primary outcome was overall survival and quality of life. Secondary outcomes were
progressionfree
survival (local and distance control), breast cancerspecific
survival
and toxicity from local therapy. Results: Two randomized clinical trials involving 624
participants were included. Breast surgery did not improve the overall survival of
women with metastatic cancer (HR = 0.83, 95% CI 0.531.31,
very lowquality
evidence), but the progressionfree
survival site was 78% better (HR = 0.22, 95% CI
0.08 0.57,
low quality evidence), and metastatic progressionfree
survival worsened
by 40% (HR 1.42, 95% CI 1.081.86,
moderate quality evidence). Conclusion: Based
on poor quality evidence from two randomized clinical trials, it is not possible to reach
definitive conclusions about the risks and benefits of breast surgery in women with
metastatic breast cancer.
Objetivo: Avaliar a efetividade e a segurança da cirurgia mamária em pacientes com câncer de mama metastático. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática segundo a metodologia Cochrane. A busca eletrônica foi realizada no dia 22 de fevereiro de 2016, utilizando os termos MeSH "neoplasias mamárias", "cirurgia mamária" e "análise, sobrevivência" nas seguintes bases de dados eletrônicas: o Registro Especializado do Grupo Cochrane de Câncer de Mama, o Registro de Ensaios Controlados do Cochrane Center, MEDLINE via PubMed, EMBASE via Ovid, LILACS e a Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de busca manual nas listas de referências dos estudos relevantes e congressos. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados com mulheres diagnosticadas com câncer de mama metastático, comparando a cirurgia mamária associada a terapia sistêmica versus a terapia sistêmica. Dois pesquisadores, de modo independente, avaliaram os estudos obtidos na busca eletrônica quanto aos critérios de elegibilidade e ao risco de viés. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado pela ferramenta Cochrane Risk of Bias. A qualidade do corpo de evidências foi avaliada usando a ferramenta GRADE. Utilizouse a razão de risco (RR) para medir o efeito do tratamento para resultados dicotômicos, diferenças médias (MD) para resultados contínuos e hazard ratio (HR) para resultados de tempo para evento. Foram calculados intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para essas medidas. O desfecho primário foi a sobrevida global e a qualidade de vida. Os desfechos secundários foram sobrevida livre de progressão local, sobrevida livre de progressão a distância e toxicidade da terapia local. Resultados: Foram incluídos dois ensaios clínicos randomizados que envolveram 624 participantes. A cirurgia mamária não melhorou a sobrevida global das mulheres com câncer metastático (HR = 0,83; IC 95%: 0,531,31; evidência de qualidade muito baixa), porém a sobrevida livre de progressão local foi 78% melhor (HR = 0,22, IC95% 0,08 0,57; evidência de baixa qualidade) e a sobrevida livre de progressão metastática piorou em 40% (HR 1,42, IC 95% 1,081,86, evidência de moderada qualidade). Conclusão: Com base em uma evidência de muito baixa qualidade oriunda de dois ensaios clínicos randomizados, não é possível ter conclusões definitivas sobre os riscos e benefícios da cirurgia mamária nas mulheres com câncer de mama metastático.
Objetivo: Avaliar a efetividade e a segurança da cirurgia mamária em pacientes com câncer de mama metastático. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática segundo a metodologia Cochrane. A busca eletrônica foi realizada no dia 22 de fevereiro de 2016, utilizando os termos MeSH "neoplasias mamárias", "cirurgia mamária" e "análise, sobrevivência" nas seguintes bases de dados eletrônicas: o Registro Especializado do Grupo Cochrane de Câncer de Mama, o Registro de Ensaios Controlados do Cochrane Center, MEDLINE via PubMed, EMBASE via Ovid, LILACS e a Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de busca manual nas listas de referências dos estudos relevantes e congressos. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados com mulheres diagnosticadas com câncer de mama metastático, comparando a cirurgia mamária associada a terapia sistêmica versus a terapia sistêmica. Dois pesquisadores, de modo independente, avaliaram os estudos obtidos na busca eletrônica quanto aos critérios de elegibilidade e ao risco de viés. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado pela ferramenta Cochrane Risk of Bias. A qualidade do corpo de evidências foi avaliada usando a ferramenta GRADE. Utilizouse a razão de risco (RR) para medir o efeito do tratamento para resultados dicotômicos, diferenças médias (MD) para resultados contínuos e hazard ratio (HR) para resultados de tempo para evento. Foram calculados intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para essas medidas. O desfecho primário foi a sobrevida global e a qualidade de vida. Os desfechos secundários foram sobrevida livre de progressão local, sobrevida livre de progressão a distância e toxicidade da terapia local. Resultados: Foram incluídos dois ensaios clínicos randomizados que envolveram 624 participantes. A cirurgia mamária não melhorou a sobrevida global das mulheres com câncer metastático (HR = 0,83; IC 95%: 0,531,31; evidência de qualidade muito baixa), porém a sobrevida livre de progressão local foi 78% melhor (HR = 0,22, IC95% 0,08 0,57; evidência de baixa qualidade) e a sobrevida livre de progressão metastática piorou em 40% (HR 1,42, IC 95% 1,081,86, evidência de moderada qualidade). Conclusão: Com base em uma evidência de muito baixa qualidade oriunda de dois ensaios clínicos randomizados, não é possível ter conclusões definitivas sobre os riscos e benefícios da cirurgia mamária nas mulheres com câncer de mama metastático.