PPG - Saúde Baseada em Evidências

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    Acesso aberto (Open Access)
    Treinamento muscular respiratório para apneia obstrutiva do sono: revisão sistemática e meta-análise
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-26) Sousa, André Silva de [UNIFESP]; Pinto, Ana Carolina Pereira Nunes [UNIFESP]; Trevisani, Virgínia Fernandes Moça [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/7603051623099629; https://lattes.cnpq.br/5384463810839170
    Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento muscular respiratório (TMR) no trata-mento de pacientes com a apneia obstrutiva do sono (AOS). Métodos: Conduzimos uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECRs) que avaliaram os efeitos do TMR em pacientes com AOS. O protocolo do estudo foi registrado pros-pectivamente na Plataforma Prospero (CRD42018096980). Em julho de 2022, foram realizadas buscas nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via Pubmed, Excerpta Medica dataBASE (Embase) via Elsevier, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) via Cochrane Library, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via Portal Biblioteca Virtual em Saúde, Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Clinical Trials, com estratégias sensíveis, sem limitação de ano de publicação ou idioma. Buscas adicionais também foram realizadas na literatura cinzenta. Incluí-mos apenas ECRs com indivíduos com idade > 18 anos. Os estudos foram excluí-dos se os participantes tivessem diagnósticos de lesão medular ou doença neuro-muscular. Dois autores independentes selecionaram os estudos relevantes, extraí-ram os dados e avaliaram o rigor metodológico e a certeza da evidência utilizando as ferramentas Risk of Bias 2.0 da Cochrane e a abordagem Grading of Recom-mendations As-sessment, Development and Evaluation (GRADE), respectivamente. As discordâncias em qualquer fase foram resolvidas por um terceiro revisor. Quando houve homogeneidade quanto aos participantes, intervenções e desfechos avalia-dos, agrupamos os estudos em meta-análise por meio do modelo de efeitos aleató-rios no software Review Manager 5.4. Quando a combinação dos dados não foi viá-vel, realizamos apenas uma síntese narrativa do estudo. Resultados: Treze ECRs com um total de 432 participantes foram incluídos. Todos os estudos apresentaram alto risco geral de viés. Nove ECRs compararam o treinamento muscular inspiratório (TMI) com sham, os resultados sugerem que o TMI pode reduzir a pressão arterial diastólica (PAD) em repouso (diferença média (DM)= -6,09; intervalo de confiança (IC) de 95% -10,02 a -2,16; diferença mínima clinicamente importante (DMCI): 2 mmHg), capacidade vital forçada (CVF) pós-intervenção (DM= -0,20; IC 95% -1,39 a 0,99), a relação VEF1/CVF % da mudança (DM= -5,80; IC 95% -14,77 a 3,17), a VEF1/CVF pós-intervenção (DM= -7,10 IC 95% -18,82 a 4,62) e o pico de fluxo expi-ratório (DM= -8,80; IC 95% -2,63 a 1,03) quando comparado com sham; todos com baixa certeza da evidência. O TMI pode aumentar a CVF % da mudança (DM= 14,30; IC 95 % 5,50 a 23,10), a CVF prevista (DM= 17,20; 95 % IC 9,53 a 24,87; DMCI de 2%) e o volume expiratório forçado (VEF) no primeiro segundo % da mu-dança (DM= 16,40; IC 95% 5,81) quando comparado com sham; todos com baixa certeza da evidência. E o TMI pode resultar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade do sono (DM= -3,07; IC 95% -4,33 a -1,82; DMCI: 4,4 pontos) quando comparado com sham; baixa certeza da evidência. Para os demais desfe-chos, as evidências são de muito baixa certeza. Um ECR comparou os efeitos do TMI com exercícios orofaríngeos (EO), os resultados sugerem que TMI pode reduzir a pressão expiratória máxima (PEmáx) (DM= -20,02; IC 95% -40,92 a 0,88); baixa certeza da evidência; pode resultar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade do sono (DM= -0,20; 95% IC -1,95 a 1,55; DMCI: 4,4 pontos) e na qua-lidade de vida (DM= -0,36; IC 95% -1,42 a 0,70; DMCI: 1,8 pontos); ambos com baixa certeza da evidência. Para os demais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. Um ECR comparou os efeitos do TMI mais exercício físico com exercício físico isolado, os resultados sugerem que TMI mais exercício físico pode reduzir a PEmáx (DM= -28,30; IC 95% -58,90 a 2,30); baixa certeza da evidência; pode resul-tar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade de vida (DM= 1.1; IC 95% 4.12 a 6.32; DMCI: 7 pontos) e na capacidade funcional (DM= 1,79; IC 95% 0,4 a 3,98; DMCI: 25 metros); ambos com baixa certeza da evidência. Para os de-mais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. O mesmo ECR compa-rou os efeitos do TMI mais exercício físico com exercício físico mais ventilação não invasiva, os resultados sugerem que o TMI mais exercício físico pode reduzir a pres-são arterial sistólica (DM= -10,8; IC 95% -16,77 a -4,83; DMCI: 2 mmHg) e pode au-mentar a PAD (DM= 10,5; IC 95% 4,9 a 16,1; DMCI: 2 mmHg); baixa certeza da evi-dência. Para os demais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. Um ECR comparou os efeitos do TMI mais exercícios de reabilitação cardíaca com exer-cícios de reabilitação cardíaca isolado, os resultados sugerem que TMI mais exercí-cios de reabilitação cardíaca pode resultar em pouca ou nenhuma diferença (efeito trivial) na qualidade do sono (DM= -1,5; IC 95% -2,97 a -0,03; DMCI: 4,4 pontos); baixa certeza da evidência. Para os demais desfechos, as evidências são de muito baixa certeza. Apena um ECR avaliou os efeitos do TME comparado com sham, os resultados sugerem que o TME pode reduzir o IAH (DM= -44; IC 95% -48,37 a -39,63; DMCI: 5 eventos/hora), a qualidade do sono (DM= -38; IC 95% -45.76 a -30.24, DMCI: 4,4 pontos) e pode aumentar a PEmáx (DM= 59; IC 95% 52,39 a 65,61) quando comparado com sham; todos com baixa certeza da evidência. Conclusão: O TMI, quando comparado com sham, pode aumentar a CVF % da mudança, a CVF prevista, o VEF no primeiro segundo % da mudança; e pode reduzir a CVF pós-intervenção, a relação VEF1/CVF, a VEF1.0/CVF pós-intervenção e o pico de fluxo expiratório. Em comparação com exercícios orofaríngeos, o TMI pode reduzir a força muscular expiratória. E quando combinado com outras intervenções, o TMI pode reduzir a pressão expiratória máxima, a pressão artéria sistólica e pode aumentar a pressão arterial diastólica. Esses resultados devem ser interpretados com cautela, considerando o nível de certeza nas evidências disponíveis e as limitações metodo-lógicas dos estudos incluídos. Assim, novos ECRs com uma metodologia mais rigo-rosa e com um maior número de participantes, são necessários para melhorar a pre-cisão das estimativas de efeitos encontradas.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação de estudos clínicos de tratamentos medicamentosos em pacientes acometidos por COVID-19 (SARS-CoV-2) : uma abordagem estatística crítica de ensaios clínicos fase III
    (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2024-05-23) Santos, Rodolfo Rodrigo Pereira [UNIFESP]; Atallah, Álvaro Nagib [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8461078281290598; http://lattes.cnpq.br/3033736457834804
    Contexto: A pandemia de COVID-19 motivou extensas pesquisas sobre tratamentos, incluindo ensaios clínicos com padrões flexíveis. Esta revisão avalia a qualidade dos ensaios clínicos para tratamentos e vacinas contra a COVID-19, com o objetivo de identificar lacunas e limitações. Objetivos: Analisar criticamente ensaios clínicos randomizados de Fase III para tratamentos de COVID-19 referentes a prevenção de infecções, agravamentos da doença e mortalidade. Métodos: Seguindo as diretrizes estabelecidas, foi realizada uma revisão dos ensaios de Fase III. Os estudos elegíveis envolveram adultos e foram pesquisados sem restrições de idioma ou data de publicação. Extração de dados, avaliação de risco de viés e avaliação da estrutura GRADE foram realizadas. As análises estatísticas incluíram poder de teste post-hoc e recálculos do tamanho da amostra. Resultados: A revisão incluiu 46 ensaios de Fase III com aproximadamente 64.000 participantes. Foram encontradas discrepâncias entre tamanhos amostrais empregados e tamanhos recalculados, destacando possíveis limitações. A avaliação do risco de viés identificou vieses significativos, particularmente no cegamento e no desempenho. A qualidade da evidência variou entre os tratamentos, principalmente com níveis moderados a baixos. Conclusão: As considerações metodológicas são cruciais em ensaios clínicos, enfatizando o planejamento cuidadoso, a definição de hipóteses e a determinação do tamanho da amostra. A comunicação transparente de metodologias estatísticas é essencial para a replicação dos resultados. Estudos piloto são propostos como alternativa ética. A ausência de análise de poder de teste e de justificativa para o tamanho da amostra levanta preocupações. A integração de análises estatísticas e perspectivas clínicas possibilita mais resultados confiáveis. O poder estatístico e os recálculos do tamanho da amostra são vitais para práticas baseadas em evidências durante emergências. A combinação do risco de viés e do GRADE facilitaram as avaliações críticas dos estudos encontrados.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Custos de hospitalização por infecções respiratórias causadas por três coronaviroses, vírus sincicial respiratório e vírus parainfluenza tipo 3 em países emergentes: uma revisão sistemática
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-09) Rocha Filho, César Ramos [UNIFESP]; Trevisani, Virginia Fernandes Moça [UNIFESP]; Saconato, Humberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7796541560355173; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/8701943491830962
    Objetivo: Identificar e avaliar as evidências disponíveis sobre os custos relacionados aos cuidados hospitalares da COVID-19a, SARSb, MERSc e as infecções respiratórias agudas relacionadas ao VSRd e VPIH-3e em populações de países emergentes. Métodos: Revisão sistemática padrão Cochrane, com alterações metodológicas para recuperação e análise da qualidade de estudos econômicos. Os custos extraídos foram convertidos em dólares internacionais (U$ 2021), a partir da paridade do poder de compra ajustada. Resultados: Não foram identificadas evidências para SARS, MERS e VPIH-3. No total, foram incluídos nove estudos, sendo cinco avaliações econômicas para COVID-19 e quatro para VSR. Em relação a COVID-19, os custos menor e maior por paciente em enfermaria foram observados na Turquia (U$ 900,08) e no Brasil (U$ 5.093,38), respectivamente; enquanto em cuidados críticos (UTIf) foram observados na Turquia (U$ 2.984,78) e na China (U$ 52.432,87), respectivamente. “Serviços hospitalares” foram os maiores direcionadores de custos na enfermaria (58%-88%) e em cuidados críticos (54%-87%), apesar de “tratamento” (72%-81%) ter sido outro componente importante para esse último grupo. Para o VSR, entre pacientes na enfermaria pediátrica um menor e maior custo total foram estimados em hospitais da Malásia (U$ 347,60) e Colômbia (U$ 709,66), respectivamente. Na UTI pediátrica, um menor e maior custo foram estimados em hospitais da China (U$ 1.068,26) e México (U$ 3.815,56), respectivamente. Não houve consenso sobre o principal direcionador de custo. No entanto, as evidências descreveram que os medicamentos (tratamento) foram responsáveis por mais de 30% do custo total. Em todos os estudos, foi observada uma alta heterogeneidade nos métodos de análise, impedindo o agrupamento por país ou região. Conclusão: A COVID-19 e infecção pelo VSR apresentam um impacto econômico substancial para os sistemas de saúde e para a sociedade. O reporte adequado de características de participantes e do contexto em estudos futuros poderão otimizar a análise de validade externa dos achados, bem como de influenciadores de custo.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação clínica, dermatoscópica e histopatológica do padrão de acometimento folicular da madarose hansênica: alopecia cicatricial versus alopecia não cicatricial
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-28) Brito, Fernanda Freitas de [UNIFESP]; Hirata, Sergio Henrique [UNIFESP]; Jorge, Aline Roberta Campos Donati; http://lattes.cnpq.br/7274812448050125; http://lattes.cnpq.br/2040826097718565; http://lattes.cnpq.br/8029780044217077
    Introdução: a hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo álcool-ácido resistente, com tropismo pelas células de Schwann e do sistema fagocítico mononuclear. Acomete principalmente a pele e tecido nervoso periférico. A madarose (rarefação parcial ou total dos pelos da sobrancelha) é um achado clínico característico dos pacientes hansênicos do polo virchowiano, sendo observada em 36,6% até 76% dos casos. A rarefação dos supercílios acrescenta um dano cosmético desfigurante aos pacientes com hanseníase, constituindo um dos estigmas mais frequentes da doença, ao lado de outras deformidades características que acometem o nariz, as orelhas e os membros. Objetivo: determinar o padrão de acometimento folicular (alopecia cicatricial versus alopecia não cicatricial) da madarose hansênica por meio da análise histopatológica de cortes horizontais de amostra de pele da região alopécica dos supercílios de um grupo de pacientes hansênicos virchowianos. Os objetivos secundários incluíram: avaliar outros achados histológicos (inflamação, fibrose e presença de bacilos) da região dos supercílios dos pacientes hansênicos virchowianos com madarose e avaliar os achados dermatoscópicos da região dos supercílios de um grupo de pacientes hansênicos virchowianos com madarose. Métodos: trata-se de um estudo transversal de pacientes hansênicos tipo virchowiano com madarose total ou parcial atendidos em um centro de referência em hanseníase no estado de São Paulo - Instituto Lauro de Souza Lima. Dados demográficos como gênero, idade, raça, fototipo, tipo de madarose (parcial ou total) e tratamento atual foram avaliados. Documentação fotográfica e avaliação dermatoscópica da região de maior rarefação dos supercílios foi realizada pelo pesquisador principal. Foi coletada uma amostra de pele com punch de 4 mm de diâmetro da região da madarose selecionada previamente pelo exame dermatoscópico. Foram realizadas colorações de Hematoxilina-Eosina, Fite-Faraco e Verhoeff-Van Gieson em todos os casos. O processamento do material foi realizado em laboratório especializado em dermatopatologia na cidade de São Paulo. As lâminas foram analisadas individualmente por dois dermatopatologistas especializados em pele e doenças foliculares. Resultados: um total de 15 pacientes (8 mulheres e 7 homens) foram incluídos, com idade média de 59,9 ± 12,0 anos (38-80 anos). Quanto à cor, a maioria era branca (12/15). O fototipo variou de II-V. Onze pacientes (11/15) apresentavam madarose parcial. Dos 15 pacientes selecionados, 93,3% (14/15) haviam concluído o tratamento com a associação de três antimicrobianos (rifampicina, dapsona e clofazimina - poliquimioterapia) e estavam curados da doença no momento da coleta da amostra de pele dos supercílios. Na dermatoscopia, observou-se pelos velos presentes em grande quantidade em todos os pacientes. Fios terminais estavam presentes em 33,3 % (5/15) pacientes, três pacientes, 20% (3/15) apresentaram telangiectasias e 26,7% (4/15) tinham feito micropigmentação dos supercílios. Pontos amarelos estavam presentes em 33,3% (5/15) e rede pigmentar da epiderme estavam presentes em 13,3% (2/15). Nenhum caso apresentou descamação peripilar, pontos pretos, pelos quebrados. O exame histopatológico demostrou folículos pilosos uniformemente distribuídos na amostra de todos os pacientes, sem áreas sugestivas de folículos pilosos destruídos. A média e a mediana da contagem folicular de fios terminais foi de 1,07 e 0, respectivamente. Em relação à contagem de fios velos, a média e a mediana, foram de 46,2 e 41, respectivamente, variando no mínimo de 18 e o máximo de 82 folículos. A média da relação da quantidade de fios terminais em relação a quantidade de fios velos, foi de 0,03 ± 0,06/1. Conclusão: o padrão de acometimento folicular analisado em cortes horizontais de 15 amostras de pele de um grupo de pacientes hansênicos virchowianos demonstrou que a madarose hansênica é uma alopecia não cicatricial com intenso grau de miniaturização folicular, sem achados inflamatórios ou fibrose. A dermatoscopia da região da madarose hansênica apresenta grande quantidade de pelos velos e poucos ou nenhum pelo terminal, sem sinais inflamatórios dermatoscópicos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Intervenções conservadoras e cirúrgicas no tratamento da metatarsalgia: revisão sistemática
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-15) Arie, Eduardo Kenzo [UNIFESP]; Silva, Maria Stella Peccin da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0428199048138850; http://lattes.cnpq.br/4983707270335833
    Objetivo: Metatarsalgia é uma síndrome dolorosa frequente que pode levar a um importante comprometimento da capacidade funcional e da qualidade de vida do indivíduo, especialmente nos pacientes com artrite reumatoide. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança das intervenções conservadoras e cirúrgicas no tratamento da metatarsalgia. Métodos: Em 25 de abril de 2023, pesquisamos as bases de dados CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, LILACS e PEDro. Também buscamos estudos em andamento nas plataformas de registro da OMS e ClinicalTrials.gov e as referências dos estudos incluídos. Identificamos todos os ensaios clínicos randomizados de intervenções para metatarsalgia comparados a outras intervenções, intervenção simulada ou nenhuma intervenção. Dois revisores avaliaram independentemente os estudos quanto à elegibilidade, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés. Avaliamos a qualidade das evidências pelo GRADE. Resultados: Incluímos 15 estudos randomizados com um total de 616 pacientes com metatarsalgia. Em oito estudos os pacientes eram portadores de artrite reumatoide, sendo três ensaios clínicos para cirurgias de reconstrução do antepé reumatoide. Evidências de moderada qualidade em dois estudos mostraram diferença significativa na escala visual analógica da dor a favor da palmilha com suporte metatarsal quando comparada à intervenção simulada. Evidência de moderada qualidade mostrou que não houve diferença na melhora da dor e da função no desbridamento cirúrgico com bisturi afiado, quando comparado a nenhuma intervenção associada aos cuidados padrão para o tratamento de calosidades plantares dolorosas do pé reumatóide. A maioria dos estudos apresentou tamanho de amostra pequeno e limitações metodológicas com risco de viés incerto de detecção, atrito e relato, diminuindo a qualidade das evidências. Conclusão: Os resultados são muito limitados para se avaliar os efeitos dos tratamentos em termos de eficácia e segurança das intervenções praticadas. Estudos maiores e de melhor qualidade são necessários para pesquisas futuras.