Estudos dos conteúdos teóricos e habilidades para capacitação de enfermeiros da área de atendimento pré-hospitalar

Data
2005
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Este estudo teve por objetivo verificar conhecimentos teóricos e as habilidades de enfermagem necessárias para a prática clínica, bem como as dificuldades e facilidades indicadas pelos enfermeiros que atuam nessa área. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório transversal. A população envolvida constituiu-se de enfermeiros que atuam no atendimento pré-hospitalar em São Paulo, no SAMU-192-ASA e SAMU-193-USA; os dados foram colhidos de novembro de 2004 a março de 2005, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESPIEPM e dos Serviços de Atendimento Médico de Urgência. Foram usados dois instrumentos: questionário com questões fechadas e abertas e a ficha de atendimento usada pelos enfermeiros. Os dados foram apresentados em tabelas e analisados em números absolutos e porcentuais. Ao total de questionários (101) disponibilizados, 25 (24,7 por cento) enfermeiros responderam. A maioria destes era do sexo feminino, idade entre 40 a 44 anos, com tempo de formado entre 17 e 21 anos; 84,0 por cento com especialização; 20,0 por cento com mestrado, 8,00,10 doutorado; 84,0 por cento atuavam em PS de adultos e 60,00,10 em UTI adulto; a maioria tinha de um a cinco anos de atuação no SAMU 193 (54,5 por cento) e 192 (63,1 por cento) e trabalhavam em mais de um emprego. Apontaram que os conteúdos teóricos e as habilidades propostas pela Portaria 2.048, são considerados básicos para a capacitação adequada dos enfermeiros que atuam em APH. Os conteúdos teóricos básicos citados pelos enfermeiros, além dos contemplados pela Portaria 2.048 são: prevenção de acidentes, sinalização e cuidados com a segurança, legislação, ferimentos causados por animais peçonhentos e como o profissional deve atuar dentro da viatura. As habilidades que os enfermeiros consideraram básicas, e que a portaria não contemplou foram: habilidade para preparar e administrar medicamentos; técnicas de acesso venoso periférico, intra-ósseo e femoral; manipulação e dosagem de drogas; reconhecimento de ritmos cardíacos e tripular ambulância. Dados de 1359 fichas de APH dos dois serviços SAMU 192/193 foram coletados. As ocorrências clínicas mais freqüentes foram as cardiológicas: 205 (26,4 por cento), seguidos pelos problemas neurológicos e respiratórios com 184 (23,7 por cento) e 112 (14,4 por cento) pacientes. Os acidentes automobilísticos e as quedas:218 (28,5 por cento) e 213 (27,9 por cento). O total de lesões 981; os FCC (63,6 por cento) e trauma de extremidade (12,9 por cento). Procedimentos: oxigenoterapia 705 (15,50 por cento), monitoração cardíaca 597 (13,12 por cento); colocação de prancha longa 548 (12,09 por cento); medicação 503 (11,06 por cento) e acesso venoso periférico 502 (11,03 por cento). Quanto à análise entre o conhecimento teórico e habilidades técnicas da Portaria 2.048, indicadas pelos enfermeiros como básicas e a prática clínica em atendimento pré-hospitalar, observa-se que os temas considerados básicos foram os conteúdos teóricos e habilidades da Portaria 2.048, considerados básicos pelos enfermeiros e aqueles de ocorrência freqüente na prática clínica ou que envolviam a aquisição de uma habilidade específica. Considerações finais: ressalta-se a importância do desenvolvimento da habilidade por meio de estágio prático em APH e aproveitamento das experiências internacionais que apontam caminhos e novas possibilidades.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2005. 121 p.