Influência do acolhimento ao paciente com osteoartrite de joelho submetido a infiltração intra-articular com corticosteroide: um estudo prospectivo, controlado, randomizado com avaliador cego
Data
2018-06-21
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Patient embracement should be understood as communication between
professionals and patient, involving attitude of inclusion, listening, appreciation of complaints
and identification of his needs. There are standardized protocols guiding patient care.
However, there are no studies evaluating the efficacy of this intervention in intraarticular
corticosteroid injection. Objective: To evaluate effectiveness of embracement in patient with
knee osteoarthritis undergoing corticosteroid intraarticular
injection, concerning join pain and
edema during the procedure, in very short, short and medium terms, as well as effectiveness
of the procedure itself in short and medium terms. Methods: Prospective, controlled,
randomized, blind evaluator trial of 100 patients with symptomatic osteoarthritis of knee
undergoing intraarticular
injection with triamcinolone hexacetonide.The patients were followed
in outpatient clinics of the Rheumatology Department of the Federal University of São Paulo UNIFESP.
After randomization, the patients were divided into two groups: submitted to intraarticular
injection, 50 belonging to the intervention group (embracement) and 50 to the control
group (without embracement). The SPIKES protocol was applied to intervention group in an
adapted room prior to the infiltration and then by telephone call during followup.
The
evaluations were performed by a blind evaluator at T0 time (preprocedure),
TIPP (immediate
postprocedure),
T1 (1 week), T4 (4 weeks) and T12 (12 weeks) after intraarticular
injection
through the following instruments: Visual Analogue Scale (VAS) of pain at rest and in motion
and VAS of joint edema; morning stiffness in minutes; WOMAC Functional Questionnaire;
Pain Catastrophizing Scale; McGILL Pain Questionnaire; Generic Questionnaire on Quality of
Life SF36; Trace State Anxiety Inventory IDATE; Timed Up and Go Functional Test; and Likert
Type Improvement Scale. In TIPP patients were evaluated through VAS of pain and edema at
the time of intraarticular
injection. In T1, they were evaluated for worsening of joint symptoms
during the first 48 hours after the procedure. Results: 100 patients were included, 89 (89%)
were women, 60 (60%) were white, mean age was 67.1 (7.3) and mean disease duration was
6.3 (6.2) years. There was no statistically significant difference between the groups for any of
the variables analized at T0. No difference was observed between the groups either during the
procedure or within the 12 weeks followup
period for any of the variables evaluated.
Conclusion: There was no benefit in applying the embracement protocol in patients with knee
osteoarthritis who underwent intraarticular
injection with triamcinolone hexacetonide, neither
for discomfort at the time of intraarticular
injection nor for increase of effectiveness of the
procedure itself in a very short, short and medium terms.
Introdução: O acolhimento ao paciente deve ser entendido como atenção dispensada na relação entre trabalhador de saúde e usuário, envolvendo atitude de inclusão do paciente, escuta, valorização das queixas e identificação de suas necessidades. Existem protocolos uniformizados para a realização do acolhimento ao paciente. No entanto, não existem estudos avaliando a efetividade dessa intervenção no procedimento de injeção intraarticular com corticosteroide. Objetivo: Avaliar a efetividade do acolhimento em paciente com osteoartrite de joelhos submetidos à infiltração intraarticular quanto à dor e o edema articular no momento do procedimento, a curtíssimo, curto e médio prazos. Avaliar o efeito do acolhimento quanto à dor e o edema articular no momento do procedimento, assim como quanto à efetividade do procedimento a curto e médio prazos. Material e método: Estudo prospectivo, controlado e randomizado, com avaliador "cego", com 100 pacientes com osteoartrite sintomática de joelhos submetidos à infiltração intraarticular com hexacetonide de triancinolona. Os pacientes foram provenientes dos ambulatórios da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. Após randomização, os pacientes foram divididos em dois grupos submetidos à infiltração intraarticular, 50 pertencentes ao grupo intervenção (acolhimento) e 50 ao grupo controle (sem acolhimento). O grupo intervenção foi submetido a protocolo de acolhimento SPIKES em uma sala adaptada antes da infiltração e por ligação telefônica durante o tempo de seguimento. As avaliações foram realizadas por um avaliador “cego” nos tempos T0 (préprocedimento) antes da infiltração intraarticular, TPOI (pósprocedimento imediato), T1 (1 semana), T4 (4 semanas) e T12 (12 semanas) após a infiltração intraarticular, através dos seguintes instrumentos: EVA de dor ao repouso, ao movimento e de edema articular; rigidez matinal (minutos); questionário funcional WOMAC; escala de catastrofização da dor; questionário de dor McGILL; questionário Genérico de qualidade de vida SF36; Inventário de ansiedade traçoestado IDATE; teste funcional Timed Up and Go; e escala de melhora tipo Likert. No TPOI os pacientes foram avaliados quanto ao EVA de dor e edema no momento da infiltração intraarticular. No T1 foram avaliados também quanto ao flare de piora articular pósinfiltração intraarticular nas primeiras 48 horas após o procedimento. Resultados: 100 pacientes foram incluídos, 89 (89%) foram mulheres, 60 (60%) brancos, com idade média de 67,1 (7,3), tempo médio de doença de 6,3 (6,2) anos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos para nenhuma das variáveis no T0. Não se observou diferença entre os grupos nem no momento do procedimento, nem ao longo das 12 semanas de seguimento para nenhuma das variáveis avaliadas. Conclusão: Não conseguimos identificar benefício em se aplicar o protocolo de acolhimento em paciente com osteoartrite de joelho submetido à infiltração intraarticular de triancinolona hexacetonida, nem para o desconforto no momento da infiltração intraarticular, nem quanto ao aumento da efetividade do procedimento a curtíssimo, curto e a médio prazos.
Introdução: O acolhimento ao paciente deve ser entendido como atenção dispensada na relação entre trabalhador de saúde e usuário, envolvendo atitude de inclusão do paciente, escuta, valorização das queixas e identificação de suas necessidades. Existem protocolos uniformizados para a realização do acolhimento ao paciente. No entanto, não existem estudos avaliando a efetividade dessa intervenção no procedimento de injeção intraarticular com corticosteroide. Objetivo: Avaliar a efetividade do acolhimento em paciente com osteoartrite de joelhos submetidos à infiltração intraarticular quanto à dor e o edema articular no momento do procedimento, a curtíssimo, curto e médio prazos. Avaliar o efeito do acolhimento quanto à dor e o edema articular no momento do procedimento, assim como quanto à efetividade do procedimento a curto e médio prazos. Material e método: Estudo prospectivo, controlado e randomizado, com avaliador "cego", com 100 pacientes com osteoartrite sintomática de joelhos submetidos à infiltração intraarticular com hexacetonide de triancinolona. Os pacientes foram provenientes dos ambulatórios da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. Após randomização, os pacientes foram divididos em dois grupos submetidos à infiltração intraarticular, 50 pertencentes ao grupo intervenção (acolhimento) e 50 ao grupo controle (sem acolhimento). O grupo intervenção foi submetido a protocolo de acolhimento SPIKES em uma sala adaptada antes da infiltração e por ligação telefônica durante o tempo de seguimento. As avaliações foram realizadas por um avaliador “cego” nos tempos T0 (préprocedimento) antes da infiltração intraarticular, TPOI (pósprocedimento imediato), T1 (1 semana), T4 (4 semanas) e T12 (12 semanas) após a infiltração intraarticular, através dos seguintes instrumentos: EVA de dor ao repouso, ao movimento e de edema articular; rigidez matinal (minutos); questionário funcional WOMAC; escala de catastrofização da dor; questionário de dor McGILL; questionário Genérico de qualidade de vida SF36; Inventário de ansiedade traçoestado IDATE; teste funcional Timed Up and Go; e escala de melhora tipo Likert. No TPOI os pacientes foram avaliados quanto ao EVA de dor e edema no momento da infiltração intraarticular. No T1 foram avaliados também quanto ao flare de piora articular pósinfiltração intraarticular nas primeiras 48 horas após o procedimento. Resultados: 100 pacientes foram incluídos, 89 (89%) foram mulheres, 60 (60%) brancos, com idade média de 67,1 (7,3), tempo médio de doença de 6,3 (6,2) anos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos para nenhuma das variáveis no T0. Não se observou diferença entre os grupos nem no momento do procedimento, nem ao longo das 12 semanas de seguimento para nenhuma das variáveis avaliadas. Conclusão: Não conseguimos identificar benefício em se aplicar o protocolo de acolhimento em paciente com osteoartrite de joelho submetido à infiltração intraarticular de triancinolona hexacetonida, nem para o desconforto no momento da infiltração intraarticular, nem quanto ao aumento da efetividade do procedimento a curtíssimo, curto e a médio prazos.