Anticorpos monoclonais (mAbs) protetores contra o melanoma murino B16F10, atividades antitumoral de CDRs isolados, derivados desses anticorpos
Data
2007
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
No presente trabalho anticorpos monoclonais anti-melanoma foram obtidos e suas especificidades e atividades protetoras determinadas. Igualmente testadas foram as sequencias dos CDRs desses e de outros mAbs visando identificar efeitos antibioticos e antitumorais. A imunizacao de animais com celulas de melanoma murino B16F10-Nex4 crescidas em soro de camundongo normal, e utilizando-se Alum como adjuvante, gerou anticorpos policlonais reativos com a celula tumoral em ELlSA-Q. A reatividade desses anticorpos foi inibida por uma mistura de carboidratos constituido de melibiose, manose, lactose e acido sialico. O mesmo protocolo de imunizacao foi utilizado para a obtencao de 2 anticorpos monoclonais (mAbs) reativos com as celulas tumorais B16F10-Nex2, uma IgG denominada A4 e uma IgM denominada A4M. O mAb A4 (lgG2a K) reagiu intensamente com a superficie celular de B16F1 O, e alem disso, apresentou uma reatividade difusa intracitoplasmatica em ensaios de imunofluorescencia indireta. Esse mAb reconheceu uma proteina de aproximadamente 80kDa presente no lisado de celulas B16F10-Nex2, e foi citotoxico in vitro para as celulas B16, bem como para linhagens tumorais humanas. Esse efeito era independente do complemento, embora fosse aumentado pelo mesmo. A neutralizacao in vitro e a transferencia passiva in vivo do mAb A4 reduziram o desenvolvimento tumoral subcutaneo e pulmonar, aumentando a sobrevida dos animais. O outro mAb, A4M (lgM) obtido por subclonagem do mAb A4, nao foi inibido por nenhum carboidrato utilizado e reagiu fortemente com o nucleo da celula tumoral murina, reconhecendo histona-1. Esse mAb apresentou citotoxicidade in vitro para a celula tumoral somente na presenca do peptideo antimicrobiano gomesina, que forma poros na membrana celular permitindo a entrada do anticorpo. No entanto, surpreendentemente, a transferencia passiva in vivo do mAb A4M reduziu em cerca de 75 por cento o numero de metastases pulmonares de camundongos injetados endovenosamente com celulas B16F10-Nex2. Uma possivel reatividade in vivo com celulas necroticas expondo histonas foi sugerida, aumentando a resposta inflamatoria com recrutam ente de celulas que podem combater o tumor. Em relacao a atividade biologica dos CDRs isolados, essa, uma hipotese nova, genes de imunoglobulinas (cadeias pesadas e leves) dos hibridomas secretores dos mAbs A4 e A4M foram sequenciados e os CORs identificados. Outros mAbs murinos e humanos foram selecionados para comparacao e comprovacao da hipotese (mAbs C7, HuA e AC1 001). Os peptideos correspondendo aos CORs foram sintetizados e sua atividade citotoxica foi analisada in vitra. Alguns peptideos mostraram-se bastante citotoxicos in vitra para o melanoma murino e linhagens celulares de canceres humanos. Os mais ativos foram A4 H3, A4M L 1 e A4M L2, C7 H2, HuA L 1, e 4 dos 6 CORs derivados do mAb AC1001. Os peptideos citotoxicos induziram apoptose nas celulas tumorais. Alguns peptideos interferiram na angiogenese in vitra, em ensaio com HUVECs em Matrigel. A administracao in vivo dos peptideos mais ativos (C7 H2 e HuA L 1) reduziu marcadamente o numero de nodulos pulmonares apos inoculacao endovenosa de celulas B 16F1 0-Nex2, aumentando a sobrevida dos animais tratados. Peptideos ciclicos derivados da regiao H3 dos mAbs A4, A4M e C7 foram capazes de inibir a ligacao dos respectivos mAbs a celula tumoral, de forma dose dependente. Os resultados obtidos corroboram a hipotese de que o COR H3 e, em grande parte, responsavel por determinar a especificidade do anticorpo. Ambos os resultados com mAbs e CORs anti-tumorais abrem novas perspectivas de tratamento do melanoma maligno
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2007. 240 p.