A hipertensão sistólica isolada é adequadamente diagnosticada e abordada por médicos da assistência primária à saúde?

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Data
2012
Autores
Cacho, Jose Raul Espinosa [UNIFESP]
Orientadores
Atallah, Álvaro Nagib [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Avaliar se os medicos clinicos gerais, da assistencia primaria a Saúde, bem como os medicos cardiologistas credenciados junto ao plano de Saúde Unimed utilizam as melhores evidencias medicas disponiveis quanto ao diagnostico e tratamento da Hipertensao sistolica isolada. LOCAL DO ESTUDO: O estudo com medicos de atencao primaria foi realizado em todos os postos de Saúde de 12 prefeituras da Microrregiao de Dourados-MS. Medicos cardiologistas foram abordados nos locais onde eles prestam assistencia medica aos usuarios do convenio, consultorios e/ou hospitais. METODOS: Apos assinatura do consentimento livre e esclarecido, concordaram em participar deste estudo 63 clinicos, da assistencia primaria a Saúde, e 14 cardiologistas da Unimed. Todos responderam a um questionario previamente testado, que abordava o diagnostico e o tratamento da hipertensao sistolica isolada. Tres cardiologistas, do total de 17, negaram-se a participar do estudo, assim como dois clinicos, do total de 65. Por meio deste questionario, foram obtidos dados demograficos dos participantes. O pesquisador estava presente e a disposicao dos medicos para esclarecer duvidas, e posteriormente recolher o material preenchido. Nao houve recompensa pelo preenchimento do questionario. As respostas foram comparadas com as recomendacoes baseadas em evidencias da literatura. RESULTADOS: Foi detectado pelo estudo que 55,60% dos medicos de atencao primaria utilizam, para o diagnostico, os mesmos valores de pressao, tanto para Hipertensao Sistemica como para Hipertensao Sistolica Isolada. Os cardiologistas, por sua vez (85,7%), utilizam os mesmos criterios para Hipertensao Sistemica e Hipertensao Sistolica Isolada. Para definir criterios de Hipertensao Sistolica Isolada, 58,7% dos medicos de assistencia primaria desconhecem os criterios diagnosticos e, dos 14 cardiologistas entrevistados, 13 nao definem valores corretos de Hipertensao Sistolica. Os grupos pesquisados afirmam que o inicio do tratamento deve ser com monoterapia, porem 37,4% dos medicos da atencao primaria utilizam como primeira linha um diuretico e 24,5% dos cardiologistas tem o mesmo procedimento. CONCLUSAO: A metade da populacao dos medicos objeto deste estudo desconhece o diagnostico de Hipertensao Sistolica Isolada e nao utiliza as evidencias disponiveis para o seu tratamento
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2012. 233 p.