Estudo da toxicidade das peçonhas crotálica e botrópica em túbulos proximais isolados de rins de ratos
Data
2003
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introdução: Os acidentes ofidicos possuem uma taxa de letalidade mundial de 2,3 por cento. enquanto no Brasil chega a 6 por cento. Nos acidentes crotalicos e botropicos pode ocorrer insufiCiência renal aguda (IRA) causada principalmente por necrose tubular aguda (NTA). Os venenos ofidicos podem causar alteracoes glomerulares e tubulares renais. Alem disto, desencadeiam manifestacoes sistemicas e locais, tais como rabdomiolise, hemolise, disturbios da coagulacao e necrose tecidual no local da picada. As principais fracoes toxicas do veneno crotalico sao a crotoxina e a fosfolipase A2, e no veneno botropico sao as metaloproteinases e a botropsina. Entretanto, a toxicidade tubular renal direta dos venenos ofidicos nao foi ainda demonstrada, assim como, o efeito dos respectivos soros antiofidicos sobre os efeitos tubulares dos venenos. Os objetivos deste estudo foram: a) avaliar os efeitos dos venenos crotalico e botropico em tubulos proximais (TP) isolados de rins de ratos oxigenados (60 min) e submetidos a hipoxia (15 min) e reoxigenacao (45 min); b) avaliar a acao dos respectivos soros sobre os efeitos tubulares dos venenos. Utilizou-se a liberacao de DHL ( por cento) como medida de lesao celular e mediu-se tambem a producao de peroxidos (M/mg/prot.). Avaliou-se tambem o papel do calcio extracelular sobre os efeitos tubulares dos venenos. Resultados: Observou-se que o veneno crotalico foi toxico para TP nas concentracoes de 60 g/mL (DHL 29,3 vs 24,5 por cento, p<0,05) e 120 g/mL (DHL 39,6 vs 24,5 por cento, p<0,05), sendo que o soro anti-crotalico foi eficaz em abolir esta lesao toxica tubular. A producao de peroxido aumentou com o veneno crotalico, tanto na concentracao de 60 g/mL (2,58 vs 1,43 M/mg prot. p<0,05), quanto de 120 g/mL (2,61 vs 1,43 M/mg prot. p<0,05). Esta elevacoes foram atenuadas pela administracao do soro anti-crotalico: 1,25 vs 2,58 M/mg prot (veneno 60 g/mL, p<0,05) e 1,03 vs 2,61 M/mg prot (veneno 120 g/mL, p<0,05). Concentracao nao toxica do veneno crotalico (12,5 g/mL) agravou a lesao da hipoxia (DHL 42,9 por cento vs 23,5 por cento, p<0,05) e da reoxigenacao (DHL 76,6 por cento vs 49,4 por cento, p<0,05), que foi atenuada pelo soro anticrotalico apos hipoxia (DHL 24,2 por cento vs 42,9 por cento, p<0,05) e reoxigenacao (DHL 42,0 por cento vs 76,6 por cento, n<0,05)a(au)
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2003. 84 p.