A prevenção de doenças crônicas não transmissíveis na consulta médica da atenção básica à Saúde na cidade de São Paulo em 2004

Data
2013
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objetivo: dimensionar a abordagem preventiva a doencas cronicas nao transmissiveis ocorrida em consultas medicas da Atencao Basica a Saúde na cidade de São Paulo, Brasil. Metodos: em novembro de 2004 foi realizado um estudo transversal aplicando-se um questionario semiaberto a 314 usuarios (15 e mais anos de idade) de 16 unidades basicas de Saúde selecionadas pela maior quantidade de consultas em oito areas socialmente homogeneas da cidade segundo o Mapa da Exclusao/Inclusao Social. Foram feitos dois tipos de analise: 1) a unidade de informacao sendo uma especifica abordagem preventiva a uma doenca, agravo, comportamento ou fator de risco, obtida por informe de usuarios sobre perguntas, acoes, orientacoes, encaminhamentos ou exames solicitados pelo medico; calcularam-se as porcentagens de ocorrencia dessas abordagens considerando-se o sexo e a idade dos usuarios e 2) a unidade de informacao sendo cada consulta; cada uma recebeu um escore de abordagem preventiva variando de 0,000 a 1,000: uma proporcao que relaciona o observado (informe do usuario sobre o ocorrido na consulta) ao esperado (um padrao de investigacao adequado ao sexo e idade do usuario e baseado em evidencias sobre prevencao primaria e secundaria). Resultados: quanto a analise 1, as abordagens preventivas que mais ocorreram foram as relativas ao cancer do colo do utero (52,8%) e da prostata (50,0%), a afericao da pressao arterial (50,0%), a realizacao de algum componente do exame fisico (47,5%), o questionamento sobre o tabagismo (46,5%), as abordagens ao diabetes melito (46,4%) e ao cancer da mama feminina (44,7%) e o questionamento sobre antecedentes pessoais de doencas (37,3%) e sobre atividade fisica (34,1%); as que menos ocorreram foram o questionamento sobre quedas em idosos (12,5%), a afericao da estatura (16,3%), o questionamento sobre trabalho/ocupacao (24,2%), o questionamento sobre problemas visuais em idosos (26,6%), a afericao do peso (26,7%), a abordagem a osteoporose em idosas (27,7%), o questionamento sobre antecedentes familiares de doencas e sobre consumo de bebidas alcoolicas (ambos 30,6%), a abordagem ao cancer do colon em idosos e o questionamento sobre sintomas depressivos em idosos (ambos 31,3%). Com relacao ao sexo, o tabagismo foi mais questionado em homens (65,5%) do que em mulheres (42,5%); o mesmo ocorreu com o consumo de bebidas alcoolicas (49,1% vs. 26,6%). Com relacao a idade, a atividade fisica foi mais questionada em idosos (57,8%) do que nas pessoas nao idosas (28,0%); o mesmo ocorreu com a realizacao de algum componente do exame fisico (59,4% vs. 44,4%), com a afericao da estatura (33,3% vs. 13,2%), com a afericao da pressao arterial (78,1% vs. 42,8%) e com a abordagem ao diabetes melito (65,6% vs. 35,9%). Quanto a analise 2, em 45,5% das consultas o escore foi menor ou igual a 0,250 e em 71,0% delas foi menor ou igual a 0,500; em 13,7% delas foi maior do que 0,750; o escore mediano foi 0,273. Nao houve diferencas estatisticamente significantes nos escores segundo o sexo, a faixa etaria e os anos de estudo dos usuarios. Houve diferencas estatisticamente significantes nos escores segundo as areas homogeneas de realizacao das consultas, mas sem correlacao com a ordenacao das areas por seu indice de exclusao social. Conclusoes: embora a consulta medica da Atencao Basica a Saúde possa ser uma importante possibilidade de prevencao primaria e secundaria de doencas cronicas nao transmissiveis, ela foi pouco aproveitada para essa finalidade no momento investigado. Discussoes com gestores da Atencao Basica e com responsaveis pela formacao e educacao medica mereceriam ser consideradas
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2013. 149 p.