Avaliacao da espessura medio-intimal em pacientes com doenca renal cronica nao dialitica: estudo prospectivo de 24 meses
Data
2014-03-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Introduction:Increased carotid intima-media thickness (IMT) is considered a marker of early-onset atherosclerosis and it seems to predict cardiovascular events in general population. The prognostic value of IMT in patients with early-stage chronic kidney disease (CKD) has not been clearly established.Objective:We aimed to evaluate the association between IMT and cardiovascular (CV) events and mortality in CKD patients.Methods:A cohort of CKD patients in stage 2-4 was evaluated the occurrence of CV events and death in a 24 months follow-up. Laboratory data, carotid ultrasound and coronary computed tomography were performed at baseline.Results:A total of 117 patients (57 ± 11 years-old, 61% male) were evaluated. Mean glomerular filtration rate (eGFR) was 36 ± 17 mL/min, 96% of patients had hypertension, 23% diabetes and 27% were obese. Coronary calcification was found in 48% of the patients, with higher prevalence among CKD stage 4 (p = 0.02). The median value of IMT was 0.6 mm (0.4-0.7 mm). When compared to patients with IMT ≤ 0.6 mm, those with IMT > 0.6 mm were older (p = 0.001), had higher prevalence of male (p = 0.001) and had lower eGFR (p = 0.01). These patients also had higher prevalence of coronary calcification (p = 0.001). During the follow-up, there were no differences in the occurrence of cardiovascular events and deaths between the two groups.Conclusion:IMT in early-stage CKD patients was related to coronary calcification, but not with the occurrence of cardiovascular events or death.
Introdução:O aumento da espessura média-intimal (EMI) avaliada por ultrassom é um preditor de risco cardiovascular na população geral. Porém, em pacientes com doença renal crônica nos estágios iniciais, essa associação ainda não está bem estabelecida.Objetivo:Avaliar a associação EMI com a ocorrência de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes nos estágios iniciais da doença renal crônica. Métodos:A análise post hoc de uma coorte de pacientes nos estágios 2-4 da DRC. Foram avaliados dados laboratoriais, ultrassom da artéria carótida e tomografia coronariana no início do estudo e a ocorrência de óbito, em seguimento por 24 meses.Resultados: Um total de 117 pacientes (57 ± 11 anos, 61% sexo masculino) foram avaliados. A taxa de filtração glomerular foi 36 ± 17 mL/min, 96% dos pacientes eram hipertensos, 23% diabéticos e 27% obesos. Calcificação arterial coronariana esteve presente em 48% dos pacientes, sendo mais prevalente em pacientes nos estágios mais avançados da DRC (p = 0,02). EMI foi 0,6 mm (0,4-0,7 mm). Comparado aos pacientes com EMI < 0,6mm, aqueles com EMI ≥ 0,6 mm eram mais velhos (p = 0,001), apresentavam maior prevalência do sexo masculino (p = 0,001), menor taxa de filtração glomerular (p = 0,01) e maior proporção de pacientes com calcificação (p = 0,001). Não foi observada relação entre a espessura média-intimal e a ocorrência de evento cardiovascular e óbito.Conclusão:A espessura médio-intimal em pacientes DRC se associou à calcificação coronariana, mas não à ocorrência de eventos cardiovasculares e óbito, em um seguimento de 24 meses.
Introdução:O aumento da espessura média-intimal (EMI) avaliada por ultrassom é um preditor de risco cardiovascular na população geral. Porém, em pacientes com doença renal crônica nos estágios iniciais, essa associação ainda não está bem estabelecida.Objetivo:Avaliar a associação EMI com a ocorrência de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes nos estágios iniciais da doença renal crônica. Métodos:A análise post hoc de uma coorte de pacientes nos estágios 2-4 da DRC. Foram avaliados dados laboratoriais, ultrassom da artéria carótida e tomografia coronariana no início do estudo e a ocorrência de óbito, em seguimento por 24 meses.Resultados: Um total de 117 pacientes (57 ± 11 anos, 61% sexo masculino) foram avaliados. A taxa de filtração glomerular foi 36 ± 17 mL/min, 96% dos pacientes eram hipertensos, 23% diabéticos e 27% obesos. Calcificação arterial coronariana esteve presente em 48% dos pacientes, sendo mais prevalente em pacientes nos estágios mais avançados da DRC (p = 0,02). EMI foi 0,6 mm (0,4-0,7 mm). Comparado aos pacientes com EMI < 0,6mm, aqueles com EMI ≥ 0,6 mm eram mais velhos (p = 0,001), apresentavam maior prevalência do sexo masculino (p = 0,001), menor taxa de filtração glomerular (p = 0,01) e maior proporção de pacientes com calcificação (p = 0,001). Não foi observada relação entre a espessura média-intimal e a ocorrência de evento cardiovascular e óbito.Conclusão:A espessura médio-intimal em pacientes DRC se associou à calcificação coronariana, mas não à ocorrência de eventos cardiovasculares e óbito, em um seguimento de 24 meses.
Descrição
Citação
Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 36, n. 1, p. 35-41, 2014.