Do conceito de necropolítica à experiência de genocídio brasileiro: discurso da legítima defesa e o corpo negro como campo estratégico de intervenção estatal
dc.contributor.advisor | Teles, Edson Luis de Almeida | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/5980075193497120 | |
dc.contributor.author | Martins, Rosângela Cristina | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/5586514043275030 | |
dc.coverage.spatial | Universidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - EFLCH | |
dc.date.accessioned | 2024-09-17T23:38:49Z | |
dc.date.available | 2024-09-17T23:38:49Z | |
dc.date.issued | 2024-03-25 | |
dc.description.abstract | A presente dissertação oferece uma reflexão sobre como a violência racial perpetrada pelo Estado, fundamentada no escopo da legítima defesa, anula os limites entre o estado democrático de direito e o estado de exceção e, em consequência, produz um corpo-vítima, matável por sua alteridade territorial negra. Em diálogo com Achille Mbembe e outros referenciais teóricos que abordam a violência antinegra como dispositivo colonial, a pesquisa sustenta que a legítima defesa empregada pela polícia brasileira para justificar os assassinatos de civis não é apenas um instituto legal, previsto em lei, mas também o fundamento de um discurso mobilizador da política de extermínio do corpo negro. Dito de outra forma, é uma estratégia de gestão política da morte. Uma aproximação cuidadosa com a realidade brasileira significa dizer que se trata de uma continuidade do "genocídio do povo negro brasileiro", como aponta Abdias Nascimento, engendrado pelo sistema jurídico-político que legitima a violência institucional em nome da autopreservação do Estado e de sua ordem. Para tanto, se estabelece um diálogo com o pensamento negro de Denise Ferreira da Silva, Sueli Carneiro, além de teóricos Charles W. Mills e Abdias do Nascimento, para uma interpretação da guerra antinegra como base normativa do direito de matar o sujeito racializado visto como inimigo. | |
dc.description.abstract | The present dissertation offers a reflection on how the racial violence perpetrated by the State, based on the scope of legitimate defense, annuls limits between the democratic state and the state of exception and, as a consequence, produces a victim-body, killable due to its black territorial alterity. In dialogue with Achille Mbembe and other theoretical references that address anti-racist violence as colonial device, the research arguers that the legitimate defense employed by the Brazilian police to justify the murders of civilians 8is not only a legal institute, provided for by law, but also the foundation of a mobilizing discourse of the policy of extermination of the black body. In other words, it is a strategy of political management of death, just as the discourse of the myth of racial democracy had the role of silencing the racial problem in the face of white supremacy. A careful approach to the Brazilian reality equals saying that it is a continuation of the "genocide of the Brazilian black people", as Abdias Nascimento points out, engendered by the legal-political system that legitimizes institutional violence in the name of the self-preservation of the State and its order. To this end, a dialogue is established with the black feminist thought of Denise Ferreira da Silva, Sueli Carneiro -- in addition to theorists such as Charles W. Mills and Abdias do Nascimento---, for an interpretation of the anti-black war as a normative basis for the right to kill the racialized subject as an enemy. | |
dc.description.sponsorship | Não recebi financiamento | |
dc.emailadvisor.custom | edson.teles@unifesp.br | |
dc.format.extent | 81 f. | |
dc.identifier.citation | O discurso da legítima defesa e o corpo negro como campo estratégico de intervenção estatal | |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/11600/71857 | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/restrictedAccess | |
dc.subject | Necropolítica | |
dc.subject | Inimigo | |
dc.subject | Antinegritude | |
dc.subject | Legítima defesa | |
dc.subject | Genocídio | |
dc.title | Do conceito de necropolítica à experiência de genocídio brasileiro: discurso da legítima defesa e o corpo negro como campo estratégico de intervenção estatal | |
dc.title.alternative | From the concept of necropolitics to the experience of Brazilian genocide: the discourse of legitimate defense and the black body as a strategic field of state intervention | |
dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis | |
unifesp.campus | Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) | |
unifesp.graduateProgram | Filosofia | |
unifesp.knowledgeArea | Filosofia Política |
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