Autoestima, satisfação da própria voz e autoavaliação de termos descritivos da própria voz de pessoas LGBTQIAPN+ brasileiras

Data
2024-01-15
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: analisar e correlacionar a autoestima, a satisfação da própria voz e a autoavaliação de termos descritivos da própria voz de pessoas LGBTQIAPN+ brasileiras. Métodos: estudo quali-quantitativo, observacional, transversal. Foram incluídas quaisquer pessoas que se identificam como LGBTQIAPN+ brasileiras, e foram excluídas as pessoas menores de 18 anos. Após leitura e consentimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as pessoas responderam a um questionário sociodemográfico, à Escala de Autoestima de Rosenberg e aos Termos Descritivos da própria Voz. Os Termos Descritivos da própria Voz foram analisados por técnicas de processamento de texto e os dez termos mais elencados como positivos ou negativos foram selecionados para regressão logística simples associada à Escala de Autoestima de Rosenberg. Foram realizados testes de associação e comparação entre as variáveis pesquisadas. O nível alfa de significância utilizado em todas as análises foi de 5%. Resultados: Foram consideradas as respostas de 411 participantes. Vinte e oito pessoas tiveram seus escores classificados como autoestima insatisfatória, duzentos e oito tiveram seus escores classificados como autoestima média e cento e setenta e oito como satisfatória. As pessoas que obtiveram escores considerados insatisfatórios elencaram os termos “alta”, “chata”, “feia” e “antipática” como os mais frequentes. As pessoas que obtiveram escores considerados médios elencaram os termos “insegura”, “anasalada”, “desafinada” e “alta”. As pessoas que obtiveram escores considerados satisfatórios elencaram os termos “expressiva”, “simpática”, “amável” e “agradável”. Houve associação significativa entre os termos “alegre”, “adequada” e “chata” e o escore da Escala de Autoestima de Rosenberg. Conclusão: As pessoas LGBTQIAPN+ com autoestima considerada insatisfatória consideravam suas vozes com termos descritivos negativos, similar às pessoas com autoestima média, que frequentemente não selecionaram nenhum termo como positivo. No entanto, as pessoas com autoestima satisfatória autoavaliaram suas vozes com termos descritivos positivos e com poucos adjetivos negativos. As pessoas com escores considerados satisfatórios têm mais chances de achar que a sua voz é “alegre”, e menos chance de considerá-la “adequada” ou “chata” em comparação às pessoas que obtiveram escores considerados insatisfatórios na Escala de Autoestima de Rosenberg.
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Citação
DEPOLLI, Gabriel Trevizani. Autoestima, satisfação da própria voz e autoavaliação de termos descritivos da própria voz de pessoas LGBTQIAPN+ brasileiras. 2024. 70 f. Dissertação (Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana) – Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2024.