Conhecimento de enfermeiros sobre processo de enfermagem e segurança do paciente crítico: possibilidades da educação permanente em saúde

Data
2023-10-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: A prática do processo de enfermagem é uma normativa profissional e a atenção às medidas de segurança ao paciente estão contidas no Programa Nacional de Segurança do Paciente. A educação permanente em saúde, por meio do uso de estratégias participativas, e pautadas em necessidades dos profissionais em função da prática laboral, contribui para atualização destes profissionais com vistas à observância dos regramentos e políticas instituídas. Objetivos: Identificar o conhecimento de Enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva (UTI|) Geral Adulto sobre processo de enfermagem e medidas de segurança do paciente; desenvolver o planejamento de uma oficina de abordagem educativa para discussão dos temas processo de enfermagem e medidas de segurança do paciente; implementar oficina como abordagem educativa com enfermeiros de UTI Geral adulto sobre os temas processo de enfermagem e medidas de segurança do paciente; verificar a avaliação de enfermeiros e gestores de UTI Geral adulto sobre oficina educativa realizada a respeito do processo de enfermagem e segurança do paciente. Metodologia: estudo exploratório, descritivo, de natureza qualitativa e quantitativa, realizado em unidade de terapia intensiva adulto no interior da Bahia, com enfermeiros e gestores de enfermagem. A partir dos resultados de um pré-teste, foi elaborada uma ação de educação permanente em saúde no formato de oficina com a temática processo de enfermagem e medidas de segurança do paciente. Após aplicação da oficina foi solicitado o preenchimento de instrumento de avaliação da ação educativa. O estudo foi aprovado por comitê de ética com parecer número 5.653.767. Resultados: Participaram do pré-teste 12 enfermeiros e somente duas questões relacionadas a processo de enfermagem e duas relacionadas a segurança do paciente obtiveram um índice maior de acertos do que de erros na primeira etapa. Com a participação e envolvimento dos enfermeiros na oficina realizada em 2 encontros com 3 horas cada aconteceu uma melhora no quantitativo de acertos às questões do pós-teste. A oficina foi avaliada de forma positiva por enfermeiros e gestores, os enfermeiros não se percebem com tempo para participar de ações educativas; destaca-se avaliações não tão positivas para as afirmativas relativas aos temas interação e colaboração, se comparadas às outras afirmativas, e suporte institucional foi tema que recebeu as piores avaliações, tanto por parte de enfermeiros como gestores. Os participantes sugeriram a realização da oficina também com participação dos técnicos de enfermagem, com atividades educacionais realizadas de forma mais frequente e contínua, privilegiando o formato on-line. Observou-se a notificação de eventos adversos após o primeiro encontro da oficina, o que não ocorria na instituição. Conclusão: O estudo apresenta a potencialidade das ações de educação permanente em saúde e pode contribuir com o aprimoramento da assistência de enfermagem e observação das medidas de segurança do paciente.
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