TERRA SEM LEI: Por que a população paulista aceita a letalidade na ação policial?
Data
2022-08-04
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Essa pesquisa - vinculada ao Grupo de Pesquisa sobre Cidadania, Violência e
Administração da Justiça - CiVAJ/Unifesp, e ao Observatório da Democracia e dos
Direitos/Unifesp – tem como recorte específico a região metropolitana de São Paulo, que,
apesar de apresentar reduções expressivas desde o ano 2000, no que diz respeito a mortes
violentas em geral, concomitantemente apresentou maiores estatísticas de mortes
causadas pela polícia durante suas atividades. Atualmente, apesar da urgência de discutir
a temática “violência policial”, são poucos os estudos que questionam e analisam a fundo
as causas de determinados comportamentos que envolvem tal violência. As análises
quantitativas apresentadas até hoje nos permitem qualificar onde estão e quem são as
principais vítimas de mortes violentas nos anos recentes. O objetivo dessa pesquisa foi
estudar, analisar e entender por que, mesmo com a diminuição de crimes e mortes
violentas totais em São Paulo, a população local parece ignorar, ou demonstra
complacência aos altos níveis homicidas mantidos pela polícia na Metrópole, em que são
vitimados, em sua maioria, jovens negros, moradores da periferia e do sexo masculino.
Para essa pesquisa foi utilizado o método qualitativo - tendo, como técnica, a entrevista
semiestruturada -, uma vez que a pesquisa foca as percepções da população paulista sobre
a ação letal da polícia. Foram feitas e transcritas cinco entrevistas, no formato proposto,
com média de 15 a 30 minutos cada uma. Os resultados obtidos trazem a luz os conceitos
de “corpo incircunscrito” e de “fala do crime” apresentados por Caldeira (2000) e abrem
horizontes para novas discussões; em especial, sobre a percepção dos entrevistados em
relação a policiais e criminosos como “o outro”, com os “de fora” e que não respeitam as
leis.
Descrição
Citação
AZEVEDO BORECK, Pedro Henrique Toscano de. TERRA SEM LEI: Por que a população paulista aceita a letalidade na ação policial? – Guarulhos, 2022.