Comparação entre as técnicas de panfotocoagulação utilizando laser 577 nm de multidisparos versus panfotocoagulação convencional no tratamento da retinopatia diabética
Data
2021
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Purpose: To compare the outcomes after panretinal photocoagulation (PRP) with two different strategies for treating diabetic retinopathy (DR), based in criteria such as laser parameters, therapeutic response, and patient tolerance. Methods: This single-center, randomized clinical study included 41 eyes with proliferative or severe non-proliferative DR. They were treated in group 1 with 577 nanometer (nm) multispot laser and 20 milliseconds (ms) pulse duration, while in group 2 they were treated with so-called conventional PRP with 532 nm single-spot laser and 100 ms pulse duration. The outcomes included functional evaluation with best-corrected visual acuity (BCVA) and structural evaluation with imaging methods (OCT and fluorescein angiogram) at baseline, 6 and 12 months. Other variables included laser parameters, number of PRP applications required, and results of a subjective pain analysis. Results: The multispot laser (group 1) required fewer PRP applications and more laser spots delivered (P<0.001) to compensate for lower fluence/pulse duration and provided a similar pain sensibility compared with single-spot laser. Both groups maintained the initial VAs and CRTs; about 50% of cases had vitreomacular interface changes and improved macular edema, with similar angiographic improvements after 12 months. New vessels regression was seen less frequently in both groups, possibly because of baseline disease severity rather than the treatment modality. Conclusions: Multispot laser demonstrated to be equivalent and non-inferior to conventional treatment with single spot laser for diabetic retinopathy, offering some advantages such as smaller number of sessions to finish PRP and a lower fluence to obtain the desired results, producing less retinal iatrogenic damage.
Objetivo: Comparar duas estratégias de panfotocoagulação (PFC) a laser utilizadas no tratamento da retinopatia diabética (RD), baseado em critérios como parâmetros do laser, resposta terapêutica e tolerância do paciente. Métodos: Ensaio clínico randomizado, em um único centro, que incluiu 41 olhos portadores de RD proliferativa ou não-proliferativa grave. No grupo 1, a PFC foi realizada com laser de multidisparos 577 nanômetros (nm) e 20 milissegundos (ms) de duração de pulso. No grupo 2, o tratamento foi instituído da forma convencional, com laser 532 nm, disparos individuais e 100 ms de duração de pulso. Os desfechos incluíram avaliação funcional por meio da acuidade visual (AV) com melhor correção e avaliação estrutural com os exames de imagem (OCT e angiofluoreceinografia) no momento basal, 6 e 12 meses. Também foram avaliados os parâmetros de laser, número de sessões e tolerância do paciente. Resultados: O tratamento com laser de multidisparos (grupo 1) necessitou de menos sessões e um número maior de spots de laser (P<0.001), para compensar a menor fluência/duração de pulso e proporcionou a mesma sensação dolorosa por parte dos pacientes comparado ao laser convencional. Ambos os grupos mantiveram a AV inicial e espessura macular, 50% de alteração na interface vitreomacular e melhora de edema macular, além de respostas angiográficas semelhantes após 12 meses. Regressão dos neovasos foi um achado menos frequente em ambos os grupos, possivelmente relacionado à gravidade da doença de base, não tanto à modalidade de laser. Conclusões: O laser de multidisparos 577 nm demonstrou ser equivalente e não-inferior ao laser convencional no tratamento da retinopatia diabética, apresentando algumas vantagens como menor número de sessões para finalizar a PFC e menor fluência necessária para se atingir o resultado desejado, produzindo menos dano retiniano iatrogênico.
Objetivo: Comparar duas estratégias de panfotocoagulação (PFC) a laser utilizadas no tratamento da retinopatia diabética (RD), baseado em critérios como parâmetros do laser, resposta terapêutica e tolerância do paciente. Métodos: Ensaio clínico randomizado, em um único centro, que incluiu 41 olhos portadores de RD proliferativa ou não-proliferativa grave. No grupo 1, a PFC foi realizada com laser de multidisparos 577 nanômetros (nm) e 20 milissegundos (ms) de duração de pulso. No grupo 2, o tratamento foi instituído da forma convencional, com laser 532 nm, disparos individuais e 100 ms de duração de pulso. Os desfechos incluíram avaliação funcional por meio da acuidade visual (AV) com melhor correção e avaliação estrutural com os exames de imagem (OCT e angiofluoreceinografia) no momento basal, 6 e 12 meses. Também foram avaliados os parâmetros de laser, número de sessões e tolerância do paciente. Resultados: O tratamento com laser de multidisparos (grupo 1) necessitou de menos sessões e um número maior de spots de laser (P<0.001), para compensar a menor fluência/duração de pulso e proporcionou a mesma sensação dolorosa por parte dos pacientes comparado ao laser convencional. Ambos os grupos mantiveram a AV inicial e espessura macular, 50% de alteração na interface vitreomacular e melhora de edema macular, além de respostas angiográficas semelhantes após 12 meses. Regressão dos neovasos foi um achado menos frequente em ambos os grupos, possivelmente relacionado à gravidade da doença de base, não tanto à modalidade de laser. Conclusões: O laser de multidisparos 577 nm demonstrou ser equivalente e não-inferior ao laser convencional no tratamento da retinopatia diabética, apresentando algumas vantagens como menor número de sessões para finalizar a PFC e menor fluência necessária para se atingir o resultado desejado, produzindo menos dano retiniano iatrogênico.