PPG - Oftalmologia e Ciências Visuais

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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação das aberrações de alta ordem em córneas regulares e do remodelamento epitelial em pacientes de pacientes submetidos a femtolasik topoguiado (contoura) em um olho e customizado pela asfericidade (custom-q) em olhos contra-laterais: estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-14) Lyra, Adriana Falcão [UNIFESP]; Nose, Walton [UNIFESP]; Fontes, Bruno Machado [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4402073870459508; http://lattes.cnpq.br/0107737030151731; http://lattes.cnpq.br/0452970023315797
    Objetivo: Avaliar os resultados refrativos, as aberrações corneais de alta ordem (HOA’s RMS), o mapeamento epitelial (SD-OCT Avanti®) e o consumo tecidual no pré e pós-operatório de córneas regulares submetidas a cirurgia refrativa com a técnica FEMTOLASIK. Em um olho foi realizada a técnica customizada pela asfericidade (Custom-Q®, WaveLight®; Alcon®) e Topoguiada (Contoura®, WaveLight®; Alcon®) no olho contralateral, em pacientes míopes com ou sem astigmatismo. Métodos: Realizado um estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego, que avaliou 96 olhos de 48 pacientes. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, entre 20 e 35 anos, com equivalente esférico estável e máximo de -8.00 DE. Todos os pacientes realizaram exame oftalmológico completo durante o acompanhamento pré e pós- operatório, sendo mapeamento epitelial e tomografia de córnea realizada no pré e pós-operatório de 3 meses. Resultados: A acuidade visual sem correção de 20/20 foi obtida em 97% em ambas as técnicas. A acuidade visual sem correção de 20/16 foi obtida em 64% dos olhos submetidos ao Custom-Q® e em 56% dos olhos submetidos ao Contoura®. Ambas as técnicas apresentaram ganhos na acuidade visual corrigida e foram efetivas na correção do astigmatismo refracional. Avaliamos 17 setores do mapa epitelial e não encontramos diferença estatística entre os grupos no pré e pós- operatório (P>.05). HOA’s RMS, Coma Z3±1, Trefoil Z3-3 e o consumo tecidual exibiram diferenças estatísticas entre as técnicas (P<.05). Conclusão: Não houve diferença estatística entre as técnicas nos resultados refrativos e no remodelamento epitelial, nos 17 quadrantes avaliados. Na técnica Contoura® foi encontrado um menor valor pós-operatório de HOA’s RMS, Coma Z3±1 e Trefoil Z33 (P<.05), mas sem diferença estatística na correção da aberração esférica e no componente do astigmatismo corneal no mapa de Wavefront de Zernike (P>.05). O grupo Contoura® apresentou um maior consumo tecidual em relação ao Custom Q® (P<.05).
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    Acesso aberto (Open Access)
    Criação de um banco de dados brasileiro de retinografia com objetivo de reduzir vieses em aplicações de inteligência artificial
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-25) Nakayama, Luis Filipe [UNIFESP]; Regatieri, Caio Vinicius Saito [UNIFESP]; Malerbi, Fernando Korn [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8724599579159084; http://lattes.cnpq.br/3274977342997227; http://lattes.cnpq.br/3985859159795854
    Objetivo: Este projeto teve como objetivo compreender o panorama da inteligência artificial (IA) com foco em suas aplicações na área da saúde, especialmente em oftalmologia e retina. Os objetivos incluíram identificar oportunidades e desafios para o desenvolvimento de sistemas de IA na saúde, com ênfase em abordar vieses e melhorar a representatividade de bancos de dados e conduzir experimentos para validar e estabelecer resultados basais em classificar retinopatia diabética e determinar o sexo dos pacientes através da análise de retinografias. Métodos: A criação do BRSET envolveu a compilação de um banco de dados com 16.255 imagens de 8.524 pacientes brasileiros, com multiplas classificações. Foram realizados experimentos para validar a utilidade do BRSET, incluindo a detecção de retinopatia diabética, identificação de gênero dos pacientes e manipulação de imagens para aprimoramento da privacidade. Utilizamos a rede neural ConvNext V2, ResNet200D e Inception-V3, com mapas de saliência gerados para identificar áreas de foco para classificação de retinopatia diabética e gênero do paciente. Resultados: O BRSET reuniu um conjunto de 16.255 imagens de 8.524 pacientes brasileiros, com várias classificações. Ele é composto por 61,8% de pacientes do sexo feminino, com idade média de 57,6 (±18,26) anos e retinopatia diabética em 15,8% das imagens. Na classificação de retinopatia, o ConvNext V2 destacou-se com uma AUC de 97% e macro F1 de 89%, enquanto a conversão de imagens em vetores resultou em AUCs entre 75-77% e F1s entre 62-67%. Na identificação do sexo, o ResNet-200D alcançou acurácias de até 82.6%, e o ConvNext V2 obteve AUC de 91% e macro F1 de 83%, com resultados inferiores ao converter imagens em vetores (AUCs de 66-68% e F1s de 65-68%). As técnicas de manipulação de imagem demonstraram a viabilidade de aprimorar a privacidade mantendo a utilidade diagnóstica na classificação de retinopatia diabética. Os mapas de saliência forneceram insights sobre áreas de foco localizadas para classificação de doenças e áreas globais para previsão de gênero. O algoritmo desenvolvido com pacientes brasileiros apresentou resultado de AUC de 97%, sensibilidade de 96,02% e especificidade de 79,93% para detectar casos referenciáveis de retinopatia diabética. Conclusões: Os experimentos apresentaram performance comparável à literatura para classificar casos de retinopatia diabética, identificar o sexo dos pacientes e demonstraram que a manipulação de pixels é uma forma viável de aumentar privacidade de imagens e manter a utilidade em classificação de retinopatia diabética e que a implantação de sistemas automatizados representa uma alternativa para melhorar o fluxo do rastreio da RD no Brasil. O projeto estabeleceu resultados basais, orientar a comunidade científica a como utilizar o banco de dados e validar o BRSET como um banco de dados útil para projetos em ciência de dados e IA. O BRSET foi proposto como um projeto que possibilita desenvolver projetos de ciência de dados, porém também atividades de ensino, com o objetivo de aumentar a representatividade de dados do Brasil e reduzir vieses em sistemas de inteligência artificial.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Uso do implante intravítreo de dexametasona nas doenças vitreoretinianas e suas complicações: estudo clínico multicêntrico de vida real e modelo matemático de biodegradação
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-02) Gonçalves, Mariana Batista [UNIFESP]; Maia, Mauricio [UNIFESP]; Lima, Luiz Henrique Soares Gonçalves de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0399713306487727; http://lattes.cnpq.br/6377105744231862; http://lattes.cnpq.br/1049429774167164
    Objetivos: Estudo 1: Avaliar a prevalência, os fatores de risco e o manejo da migração do implante intravítreo de dexametasona para a câmara anterior (MICA) nos olhos com edema macular (EM). Estudo 2: Introduzir um modelo matemático para representar liberação de medicação e o processo de degradação do Ozurdex® (Allergan, Inc, Irvine, CA) em olhos vitrectomizados e não vitrectomizados. Estudo 3: Introduzir um modelo matemático para representar os efeitos do Ozurdex® no EM, utilizando imagens de tomografia de coerência óptica (OCT). Métodos: Estudo 1: Foi realizado um estudo multicêntrico, que consistiu na revisão de prontuários médicos de pacientes com EM submetidos a, pelo menos, uma injeção de Ozurdex®. Estudo 2: O modelo matemático foi desenvolvido em três etapas. Inicialmente, um modelo geométrico do olho humano foi desenvolvido utilizando-se parâmetros anatômicos, fisiológicos e dados do Ozurdex®. Em seguida, um modelo da dinâmica de fluidos no vítreo e na retina foi construído, levando em conta três possíveis cenários: cavidade vítrea preenchida por: 1) vítreo; 2) solução salina balanceada (BSS); e 3) óleo de silicone (OS). Por fim, um modelo para representar a liberação de medicação e a degradação do implante foi elaborado. Estudo 3: O modelo matemático foi desenvolvido em quatro etapas. Assim como no Estudo 2, um modelo geométrico do olho humano foi inicialmente construído, com uma representação anatômica adicional da área de EM. Posteriormente, um modelo da dinâmica de fluidos no vítreo e na retina foi desenvolvido. Em seguida, as mudanças na área de edema macular ao longo do tempo foram modeladas, considerando fatores como a taxa de extravasamento de líquido e a taxa de bombeamento de líquido através da bomba do epitélio pigmentado da retina. Por fim, o modelo matemático de liberação de medicação e a degradação do implante, elaborado no Estudo 2, foi incorporado ao Estudo 3. Resultados: Estudo 1: Dentre as 764 injeções incluídas nesse estudo, foram observados 12 casos de migração do implante, representando uma prevalência de MICA de 1,6%. Uma associação estatisticamente significativa foi observada entre a MICA e a cirurgia de catarata (p = 0,043) e entre a MICA e o status da LIO (p = 0,005), e uma tendência à significância estatística foi observada entre a MICA e a vitrectomia (p = 0,057). Uma maior taxa de migração do implante foi observada em olhos vitrectomizados (4,8%), em comparação a olhos não vitrectomizados (1,6%). O tempo médio entre a injeção e a MICA foi de 17 dias e 91,7% dos pacientes que sofreram essa complicação desenvolveram edema de córnea. Os implantes que migraram foram removidos da câmara anterior (CA) através de fórceps (com ou sem a ajuda de substância viscoelástica), ou através da aspiração com uma cânula de 20-gauge conectada ao sistema de extrusão do vitreófago. Estudo 2: As simulações numéricas evidenciaram um padrão em três etapas no comportamento da molécula de dexametasona, tanto no vítreo quanto na retina. A concentração dessa medicação aumentou de forma pronunciada nos primeiros 20 dias e de forma lenta nos dez dias seguintes, período após o qual começou a cair. Em olhos não vitrectomizados, o comportamento da dexametasona foi qualitativamente similar ao observado em olhos preenchidos com BSS, embora maiores concentrações de droga tenham sido observadas nos primeiros. Em olhos preenchidos por OS, o comportamento da medicação diferiu qualitativa e quantitativamente do observado em olhos não vitrectomizados. Estudo 3: A espessura macular obtida a partir das simulações numéricas 94 e 176 dias após a injeção do implante diferiu, respectivamente, 0,45% e 0,39% da espessura obtida a partir das imagens de OCT. Na etapa de validação do modelo, a diferença média entre as medidas de espessura simuladas e as reais foi de 0,24%. Conclusões: Estudo 1: A MICA é uma complicação potencialmente grave, devido ao risco de edema e descompensação corneana, não tendo sido descrita nos estudos pivotais. Quando diagnosticada, recomenda-se a retirada do implante da CA assim que possível. Estudos 2 e 3: Os modelos matemáticos desenvolvidos nos Estudos 2 e 3 foram capazes de estimar o comportamento farmacocinético do Ozurdex®, bem como seu efeito no EM. Futuros estudos são necessários para validação e aperfeiçoamento desses modelos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação da acuidade visual, parâmetros de superfície ocular, filme lacrimal e uma nova classificação para a meibografia de pacientes com acne vulgar submetidos ao tratamento oral com isotretinoína
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-15) Andrade, Fábio Mendonça Xavier [UNIFESP]; Freitas, Denise [UNIFESP]; Wakamatsu, Tais Hitomi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1618881266650136; http://lattes.cnpq.br/4036480252471491; http://lattes.cnpq.br/6808554750100641
    Objetivo: Analisar e documentar as alterações na acuidade visual, superfície ocular, filme lacrimal e glândulas de Meibomius induzidas pelo uso de isotretinoína oral em pacientes com acne vulgar virgens de tratamento Métodos: Os indivíduos com o diagnóstico de acne vulgar e indicação de tratamento oral com isotretinoína foram avaliados com a medida da melhor acuidade visual corrigida (MAVC), teste de Schirmer, questionário de sintomas OSDI e, com o auxílio do aparelho Oculus Keratograph 5M (Oculus, Wetzlar, Alemanha), foram medidos a altura do menisco lacrimal (AML), hipermia bulbar (HB), tempo de rotura do filme lacrimal não invasivo (TRFL-NI), documentada a presença ou ausência da camada lipídica do filme lacrimal (CLFL) e realizada a meibografia. Em seguida os pacientes foram tratados com isotretinoína 0,5mg/kg/dia por 16 semanas e a avaliação oftalmológica foi repetida. Para análise da meibografia, foi desenvolvida uma escala personalizada, intitulada Meibography Health Score (MHS) e sua confiabilidade foi testada entre 11 avaliadores médicos ao analisarem 10 imagens de meibografias de participantes do estudo. Os avaliadores foram divididos em 3 subgrupos: oftalmologistas com experiência em meibografia (grupo A), oftalmologistas sem experiência com meibografia (grupo B) e radiologistas (grupo C). A meibografia também foi avaliada com a escala clássica baseada em áreas de exclusão glandular (meiboscore) Resultados: Vinte e seis pacientes foram incluídos. A idade média foi 17.5 anos e 19 (73.1%) eram do sexo masculino. O índice OSDI aumentou significativamente. Não houve diferença estatística nos valores de MAVC, teste de Schirmer, AML, HB e TRFL-NI. A CFLF permaneceu visível na maioria dos pacientes após tratamento. Na maioria dos pacientes, houve piora da classificação MHS e nenhuma alteração ao utilizar o índice meiboscore. Na avaliação de confiabilidade da escala MHS, a mesma apresentou índice de confiabilidade geral moderado (0.63) e melhor desempenho no grupo A (0.78) e C (0.89) Conclusões: A isotretinoína oral induziu aumento de sintomas oculares e alterações meibográficas bem documentadas com o MHS, sem alterar significativamente a acuidade visual, os parâmetros de superfície ocular ou teste de Schirmer.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Piora da visão de perto como sinal do envelhecimento: percepções de pacientes submetidos a cirurgia refrativa com laser para presbiopia e hipermetropia - um estudo qualitativo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-27) Alves, Ermano de Melo [UNIFESP]; Schor, Paulo [UNIFESP]; Queiroga, Bianca Arruda Manchester de; http://lattes.cnpq.br/5733325908581489; http://lattes.cnpq.br/3542867700396961; https://lattes.cnpq.br/4354148184799474
    A Tese tem por objetivo analisar as percepções de pessoas que se submeteram à cirurgia LASIK com monovisão para reduzir os sintomas da presbiopia. Assim, explora aspectos filosóficos, neurais, oftalmológicos, sociais e emocionais relacionados à perda da visão de perto com o envelhecimento. Método: Pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com indivíduos previamente presbitas com hipermetropia/astigmatismo associado. Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas. O software Atlas.ti versão 9.1.1 ajudou na seleção de códigos, subtemas e temas principais. A análise de conteúdo foi efetuada via modalidade temática e a quantidade de pacientes atendeu ao critério de saturação. Foram entrevistados 17 pacientes entre 48 e 60 anos. Destes, 9 (nove) são mulheres e 8 (oito) homens. Quanto às entrevistas, 8 (oito) foram presenciais e 9 (nove) por videoconferência. Principais achados: A presbiopia é um marco temporal significativo com consequências emocionais e psicológicas, frequentemente ligadas à sensação de envelhecimento. Fatores motivacionais para a cirurgia incluem: estética facial, desconforto com óculos, higiene e sentimento de dependência. O medo é um obstáculo substancial para a cirurgia e superá-lo, muitas vezes, envolve a influência de outras pessoas. O processo de adaptação pode ser desafiador, mas leva geralmente a um julgamento positivo devido à melhora da autoestima e à sensação de liberdade. Conclusões: A Tese faz uma exploração abrangente da presbiopia, seu contexto histórico e o impacto da cirurgia LASIK na vida dos pacientes, incluindo os aspectos psicossociais. Trata-se de um estudo detalhado e minucioso, fornecendo informações valiosas sobre as experiências subjetivas de pacientes submetidos à LASIK para a presbiopia e a hipermetropia.