Custos relacionados a anticoagulação oral em pacientes com fibrilação atrial não valvar

Data
2021
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Background: atrial fibrillation is a public health problem with a fivefold increased risk of stroke or death. Analyzing costs is important when introducing new therapies and must be recalculated in special situations, such as the novel coronavirus pandemic of 2020. Objective: This study aimed to evaluate the costs and quality of life related to anticoagulant therapy of atrial fibrillation during 1 year, in patients treated in a public university hospital. Methods: Patient costs were those related to the anticoagulation and calculated by the average monthly costs of warfarin or direct oral anticoagulants. Patient non-medical costs (eg., food and transportation) were calculated from data obtained by questionnaires. The Brazilian SF-6D was used to measure the quality of life.P-values< 0.05 were considered statistically significant. Results: The study population consisted of 90 patients, 45 in each arm (warfarin vs direct oral anticoagulants). Costs were 20% higher in the direct oral anticoagulants group ($55,532.62 vs $46,385.88), most being related to drug price ($23,497.16 vs $1,903.27). Hospital costs were higher in the warfarin group ($31,088.41 vs $24,604.74) and related to outpatient visits. Additionally, nonmedical costs were almost 2 times higher in the warfarin group ($13,394.20 vs $7,430.72). Costs equivalence can be reached with 0.61x/DOACs drug prices. There were no significant group differences in the quality of life. Conclusions: Direct oral anticoagulants group costs were higher than warfarin group. However, reducing 40% of the drug price may be feasible to incorporate direct oral anticoagulants into the Brazilian public health system.
Introdução: A fibrilação atrial é um problema de saúde pública com um risco cinco vezes maior de acidente vascular cerebral ou morte. As análises de custos são importantes para a introdução de novas terapias e devem ser recalculadas em situações especiais, como a nova pandemia de coronavírus de 2019. Objetivo: O objetivo deste estudo é realizar uma análise econômica dos pacientes anticoagulados por fibrilação atrial não valvar no Hospital Universitário da UNIFESP e comparar os custos da varfarina e dos anticoagulantes orais diretos (DOACs) no Ambulatório de fibrilação atrial não valvar. Métodos: Foram contabilizados os custos hospitalares e os custos dos pacientes durante o período de um ano. Os custos hospitalares referem-se aos serviços prestados a cada paciente e foram coletados do sistema KPIH. Os custos não médicos do paciente (por exemplo, alimentação e transporte foram calculados a partir de dados obtidos por questionários, desenvolvidos na plataforma de banco de dados REDcap. O SF- 6D brasileiro foi usado para medir a qualidade de vida. Os valores com p <0,05 foram considerados estatisticamente significante. Resultados: A população do estudo consistiu de 90 pacientes, 45 em cada braço (varfarina vs anticoagulantes orais diretos). Os custos foram 20% mais altos no grupo de anticoagulantes orais diretos (R $283.564,36 vs R $236.837,10), e foram diretamente relacionados ao custo dos medicamentos (R $120.000,00 vs R$9.720,00). Os custos hospitalares foram maiores para o grupo da varfarina (R $158.768,51 vs R $125.656,39) e foram relacionados a consultas ambulatoriais. Os custos não médicos foram 2 vezes maiores no grupo da varfarina (R $157.907,97 vs R $78.068,59). Apesar dos custos da medicação DOACs serem o dobro da medicação varfarina, os custos associados com a varfarina diminuem essa diferença. A equivalência de custos pode ser alcançada com preços de medicamentos 0,61x / DOACs. Não houve diferenças significativas na qualidade de vida. Conclusões: Os custos do grupo de anticoagulantes orais diretos foram maiores quando comparados ao grupo varfarina. No entanto, a redução de 40% do preço dos medicamentos DOACs pode tornar viável a incorporação dos anticoagulantes orais diretos no sistema público de saúde brasileiro.
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