Território Geopolítico na Curadoria
Data
2022-09-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
A presente pesquisa reflete a curadoria como uma zona territorial. Uma estrutura que se
forma a partir de jogos de poder, conflito e tensão, formados, sim, pela objectualidade e estética,
mas também por uma conjuntura política, global, local, institucional e patronal.
Para isso, a pesquisa adota um olhar microscópico para compreender o território da
curadoria do Brasil, em sua formação na cidade de São Paulo, adotando o anacronismo existente
na própria formação da curadoria, como também na própria história da arte.
Estabelecemos um período para pensar o desenvolvimento curadoria no Brasil –
tangenciada por um internacionalismo, uma globalização (ou uma pré-globalização) e conceitos
locais – que é o final dos anos 60 e os primeiros anos da década de 70, mais especificamente
1972. Momento em que se realizou no Museu de Arte Contemporânea da Universidade (1963-
1978), a 6ª Jovem Arte Contemporânea de 1972. Esta exposição vamos olhar; para identificar
essas tensões de muitas ordens, como estética, histórica, institucional, política, social, local e
internacional. Não se trata de recontar mais uma vez o que houve na JAC/72, ou muito menos
afirmar sobre a gênese da curadoria. Mas de olhar para este espaço e compreender a curadoria
e o seu território, na tentativa de encontrar sua especificidade e signos, mas emergir esse
território, tendo como peça chave na intersecção um dos maiores estudiosos sobre espaço, o
geógrafo Milton Santos, aliados com autores decoloniais para também reler a própria história
da curadoria e seus símbolos coloniais.