Uma sondagem do sentido na pele. Delírios descosturados entre ficção científica, esporas e sessões de escrita
Data
2022-12-13
Autores
Cordeiro, Gustavo Lucas Bardelli de 
Orientadores
Henz, Alexandre de Oliveira
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Este artigo é um exercício de escrita cartográfica através do que foi sentido no corpo, uma transcriação, talvez uma espécie de tangram Chinês de sensações no texto. Composto por uma produção fragmentária, com questões episódicas, separado por subtítulos que saltam sem um liame necessário. O trabalho operou com dezessete sessões de escritas sencientes, guiadas pelos sentidos em um momento de crise, medo e delírio em articulação com obras de ficção científica e problemáticas contemporâneas. As sessões foram realizadas durante a pandemia de coronavírus. Das sessões de escrita, que comparecem em fragmentos neste artigo, há uma exploração dos delírios, a aposta é que certos delírios podem ser uma exploração do fora, uma imersão num campo de forças em luta, uma viagem geográfico-política, que integra o plano virtual da realidade. Na sondagem há diferentes velocidades, acelerações, encavalgamentos, vários traços de dores, experiências com crianças, bananas, gestão das antecipações, estratégias de controle, requintes de crueldade, temporalidades, sósias, misturas no corpo, tentando sentir uma pele em ressonância com explorações da ficção científica que sondam tendências que já estão aqui invisíveis. Com essa aposta o trabalho foi ganhando espessura com a análise de problemas e traços sensíveis de obras de autores como Isaac Asimov, Philip K. Dick, Douglas Adams e H. G. Wells através de contos, livros, filmes e outras obras de arte em que emergiram problemas intensos da pele dos tempos de agora. Nos efeitos dessa experimentação há descosturas de sentidos, descarrilamentos de sessões, encontros, choques de pensamentos, processos dessa experimentação em que pensar com os delírios é viajar com desabamentos, dores e desencaixes. Saltos e conexões rápidas que a linguagem e pensamentos sedentários suportam mal.
This article is an exercise of cartographic writing created by using as spurs what is felt by the body, maybe some form of Chinese tangram of sensations transcriated as a text. A fragmentary production, with episodic questions, split by subtitles, jumping from idea to idea without something that binds it. This work operated with seventeen writing sessions guided by sensations in a moment of crisis, fear and delusion articulated with works of science fiction and problems of the information age. The sessions were produced during the COVID-19 pandemic. In the fragments of the writing sessions presented in this article, there’s an exploration of the delusions, betting that some delusions can be an exploration of the out, a immersion in a fighting force field, a geographical-political trip that integrates the virtual plan of reality. In the this scouting there are different speeds, accelerations, many traces of suffering, experiments with little kids, bananas, management of the things to come, control strategies, cruelty, temporalities, doppelgangers, trying to feel a resonance in the skin exploring with the Science Fiction scouting tendencies that are already here, invisible. With this bet, this work got depth with the analysis of problems sensed by the the work of authors like Isaac Asimov, Philip K. Dick, Douglas Adams and H. G. Wells through short stories, books, movies, and other works of art in which emerged intense problems on the skin of the contemporaneity. In the effects of this experimentation there’s the unraveling of the senses, derailment of the writing sessions, encounters, thoughts, processes in this experimentation in which to work with the delusions is to trip with collapses, suffering, undockings. Leaps and quick connections that the language and the sedentary thought can’t handle.
This article is an exercise of cartographic writing created by using as spurs what is felt by the body, maybe some form of Chinese tangram of sensations transcriated as a text. A fragmentary production, with episodic questions, split by subtitles, jumping from idea to idea without something that binds it. This work operated with seventeen writing sessions guided by sensations in a moment of crisis, fear and delusion articulated with works of science fiction and problems of the information age. The sessions were produced during the COVID-19 pandemic. In the fragments of the writing sessions presented in this article, there’s an exploration of the delusions, betting that some delusions can be an exploration of the out, a immersion in a fighting force field, a geographical-political trip that integrates the virtual plan of reality. In the this scouting there are different speeds, accelerations, many traces of suffering, experiments with little kids, bananas, management of the things to come, control strategies, cruelty, temporalities, doppelgangers, trying to feel a resonance in the skin exploring with the Science Fiction scouting tendencies that are already here, invisible. With this bet, this work got depth with the analysis of problems sensed by the the work of authors like Isaac Asimov, Philip K. Dick, Douglas Adams and H. G. Wells through short stories, books, movies, and other works of art in which emerged intense problems on the skin of the contemporaneity. In the effects of this experimentation there’s the unraveling of the senses, derailment of the writing sessions, encounters, thoughts, processes in this experimentation in which to work with the delusions is to trip with collapses, suffering, undockings. Leaps and quick connections that the language and the sedentary thought can’t handle.
Descrição
Citação
CORDEIRO, Gustavo Lucas Bardelli de. Uma sondagem do sentido na pele. Delírios descosturados entre ficção científica, esporas e sessões de escrita. 2022. 34 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Psicologia) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.