Maura, Agrippino, Rodrigo: visões da loucura na literatura

Data
2021-06-24
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Esta dissertação discute uma comunidade de escritores, elencando três brasileiros, Maura Lopes Cançado, José Agrippino de Paula e Rodrigo de Souza Leão, cujos comportamentos foram associados a psicopatologias. Autores que atraíram seus sofrimentos mentais para a criação e a repercussão da própria obra, transformando em material de trabalho transtornos, distúrbios e afecções psíquicas. Esta pesquisa cruza, portanto, questões literárias, psicanalíticas, psiquiátricas, e, claro, biográficas. Pesquisou-se o enlace entre a obra e a sua repercussão na intimidade do autor em seus embates com a sociedade e a cultura, as aproximações entre arte e sofrimento psíquico, e a retroalimentação da solidão da escrita e da solidão de internações ou autoexílios. Ao trazer no mesmo corpo desta pesquisa obras e vidas de autores tão dessemelhantes (embora tenham várias coincidências), procurou-se estabelecer uma comunidade literária, baseando-se tanto em discursos e técnicas textuais quanto em leituras extratextuais. Tais tópicos se cristalizam na pergunta que norteou esta dissertação: poderia o “desvio de conduta” social se refletir em uma prática artística inovadora?
This essay discusses a community of writers, listing three Brazilians, Maura Lopes Cançado, José Agrippino de Paula and Rodrigo de Souza Leão, whose behaviors were associated with psychopathologies. Authors who attracted their mental sufferings to the creation and repercussion of their own work, transforming mental disorders, disorders and affections into work material. Therefore, this research crosses literary, psychoanalytic, psychiatric and, of course, biographical issues. The link between the work and its impact on the author's intimacy in his clashes with society and culture, the approximations between art and psychic suffering, and the feedback of the solitude of writing and the solitude of hospitalizations or self-exiles was researched. By bringing in the same body of this research works and lives of such dissimilar authors (although they have several coincidences), an attempt was made to establish this inusual community of writers, based as much on textual discourses and techniques as on extratextual readings. Such topics are crystallized in the question that guided this essay: could the social “deviation of conduct” be reflected in an innovative artistic practice?
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