Impacto da COVID-19 na volatilidade do índice Bovespa

Data
2021-08-11
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na volatilidade do índice Bovespa (IBOVESPA), principal indicador de desempenho das ações negociadas na bolsa de valores brasileira. A análise foi feita a partir da estimação de modelos GARCH-MIDAS, utilizados para estudar séries temporais. Foram selecionadas quatro variáveis para tentar explicar a volatilidade do IBOVESPA. A primeira, o Economic Policy Uncertainty (EPU) Brasil, que mostra o nível de incerteza política brasileiro. A segunda, o Infectious Disease Equity Market Volatility Tracker (EMV-ID), representa a frequência de notícias sobre doenças pandêmicas divulgadas nos jornais de maior relevância americano. Já a terceiro foi a volatilidade realizada do IBOVESPA, para avaliar a influência de valores passados em valores futuros da volatilidade. E por último, o Indicador de Notícias Pandêmicas do Brasil (INPB), desenvolvido neste estudo, baseado no EMV-ID, porém, utilizando notícias divulgadas nos grandes jornais brasileiros e por fontes oficiais do governo paulista. Os modelos GARCH-MIDAS estimados confirmaram a hipótese de que a pandemia teve um impacto positivo na volatilidade de curto e longo prazo do IBOVESPA. Além disso, ao separar os modelos entre aqueles que melhor conseguiram explicar a volatilidade do IBOVESPA, notou-se que o EMV-ID foi mais eficiente com lags de persistência menores e o INPB para os maiores, mostrando a possível interpretação de que os investidores estrangeiros reagem mais rapidamente às notícias divulgadas nos Estados Unidos e as difundidas no Brasil levam mais tempo para impactar o mercado acionário brasileiro.
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