PPG - Gastroenterologia

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    Análise da expressão de NRN1 e TNFAIP3 no sangue periférico de pacientes com câncer gástrico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-04-29) Queiroz, Daniel Soares de [UNIFESP]; Santos, Fernanda Wisnieski Caires dos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1101600694934077; http://lattes.cnpq.br/8195307094802071
    O câncer gástrico (CG) é frequentemente diagnosticado em estádios avançados devido à ausência de sintomas ou à presença de sintomas não específicos nos estádios iniciais. A identificação de marcadores de diagnóstico e prognóstico confiáveis e minimamente invasivos é extremamente necessária para o aumento da sobrevida, assim como já ocorre em outros tipos tumorais. Dados prévios do nosso grupo de pesquisa revelaram NRN1 e TNFAIP3 como potenciais biomarcadores de diagnóstico/prognóstico e de resposta terapêutica em amostras de tecido gástrico neoplásico. Objetivos: avaliar se os níveis transcricionais dos genes NRN1 e TNFAIP3 podem constituir potenciais biomarcadores minimamente invasivos de diagnóstico e prognóstico, bem como de monitoramento dos pacientes. Métodos: os níveis transcricionais de NRN1 e TNFAIP3 a partir de amostras de sangue periférico de 42 participantes com CG e de 12 indivíduos sem câncer e negativos para H. pylori foram quantificados por RTqPCR. Um estudo de seguimento foi conduzido em 11 participantes com CG para monitorar os níveis de NRN1 e TNFAIP3 no período de até cinco anos após o tratamento cirúrgico. Os dados de expressão gênica foram associados às variáveis clínicas e patológicas. Resultados: os participantes com CG apresentaram maiores níveis transcricionais de NRN1 em relação aos indivíduos sem câncer (P<0,01). Além disso, a expressão de NRN1 foi capaz de discriminar esses indivíduos (AUC=0,72, P=0,02). Redução dos níveis transcricionais de NRN1 foi observada nos participantes com CG após a ressecção cirúrgica, alcançando os níveis detectados nos indivíduos sem câncer e sendo mais significativa um ano após o tratamento. Não foram detectadas alterações nos níveis de TNFAIP3 nos participantes com CG em relação aos controles, bem como após o tratamento cirúrgico. Conclusões: a expressão de NRN1 no sangue periférico tem o potencial para ser utilizado como um biomarcador de diagnóstico do CG e no monitoramento dos pacientes.
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    Avaliação da saúde feminina em pacientes com hepatite autoimune acompanhadas em ambulatório de referência em hepatologia
    (Universidade Federal de São Paulo, 0024-01-31) Mascarenhas, Marjorie Desirèe Medrado [UNIFESP]; Ferraz, Maria Lúcia Cardoso Gomes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1870810357457710; http://lattes.cnpq.br/4283158495201460
    Introdução: A hepatite autoimune (HAI) é uma doença hepática pouco comum, com etiologia complexa, que envolve interações entre fatores genéticos e ambientais. A incidência é de 1,37/100.000 habitantes, com variações nas diversas regiões do mundo. HAI caracteriza-se por acometer com maior frequência o sexo feminino, especialmente em idade reprodutiva, com proporção de mulheres para homens de 3:1. Com isso, a saúde da mulher torna-se um campo de estudo importante nesta doença, visando o aperfeiçoamento do aconselhamento pré-concepção, manejo durante gestação, assim como orientações quanto à menarca, vida sexual, climatério e menopausa. Objetivo: Descrever os aspectos da saúde feminina em pacientes com HAI, identificando aspectos próprios das diferentes faixas etárias e aqueles relacionados às gestações e suas eventuais complicações; e comparar os achados com os dados disponíveis para população geral feminina no Brasil. Materiais e Métodos: Pacientes do sexo feminino com diagnóstico de hepatite autoimune acompanhadas no Centro de Tratamento de Doenças do Fígado e Intestino da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM, durante o ano de 2022, foram convidadas a responder a um questionário sobre a saúde feminina, abordando questões sobre antecedentes médicos, histórico menstrual, atividade sexual, métodos contraceptivos, histórico gestacional, planejamento familiar e antecedentes ginecológicos. Foram coletados de prontuário dados sorológicos, histopatológicos e desfechos clínicos das pacientes incluídas no estudo. Resultados: Foram incluídas no estudo 94 pacientes, para as quais foi aplicado o questionário padronizado sobre saúde feminina. A mediana de idade à apresentação foi de 41±17,8 anos (18% com diagnóstico antes dos 18 anos). A HAI tipo I correspondeu a 84% da população do estudo e cirrose estava presente na abertura do quadro em 32% dos casos. Doença autoimune extra-hepática ocorreu em 20% e a comorbidade mais prevalente foi orteoporose/osteopenia (em 51,2%). Quanto aos aspectos da saúde feminina, o fluxo menstrual foi considerado regular em 67% da casuística e não houve relato de amenorreia primária. Dos pacientes com relato de doença sexualmente transmissível (N=14) a mais prevalente foi HPV, referida por 50% das pacientes. O método contraceptivo mais utilizado foi o método de barreira, em 35% da população. Em relação ao histórico gestacional, considerando um total de 70 pacientes, houve complicações obstétricas em 30% das pacientes, em maior número do que na população geral, estimada em 4,25%. Aborto espontâneo ocorreu em 31% das pacientes (cerca de 14% em dados da população brasileira) e parto prematuro em 11,4% (10% na população geral no Brasil). Apenas cerca de metade das pacientes relataram ter tido gravidez planejada e 96% realizaram de pré-natal. O parto foi cesárea em 45% dos casos. Complicações gestacionais não se associaram à presença de cirrose ao diagnóstico. Aproximadamente 70% das pacientes amamentaram e 47% o fizeram por mais de 6 meses. Câncer de mama foi diagnosticado em 2% das pacientes e não houve relato de outros tipos de câncer ginecológico. Sintomas de climatério foram descritos em 53% da população que relataram ter entrado na menopausa (N=57). 67,3% da população da nossa casuística tiveram diagnóstico de HAI após a menopausa. Por outro lado, insuficiência ovariana precoce (antes de 40 anos) ocorreu em 17% das pacientes (1% na população geral). Conclusões: Houve maior ocorrência de aborto espontâneo, parto prematuro e natimorto na população com HAI, quando comparado a dados da população geral. Por outro lado, a cirrose hepática não se relacionou a uma maior taxa de complicações gestacionais. A insuficiência ovariana precoce (antes de 40 anos) foi mais frequente do que na população geral (17%x1%). Como achado relevante, cerca de 50% das gestações foram não planejadas, reforçando a necessidade de orientação educacional mais intensa para pacientes com HAI sobre os diversos aspectos da saúde feminina, o que poderia evitar complicações e desfechos desfavoráveis.
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    Confiabilidade e desempenho diagnóstico da elastografia hepática transitória na hepatite c crônica durante fase de treinamento
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-02-15) Sister, Flávia Appel [UNIFESP]; Carvalho Filho, Roberto José [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4303806669248065; http://lattes.cnpq.br/2628662190913474
    Introdução: Estima-se que a infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV) afete 58 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 700.000 indivíduos no Brasil Vários marcadores não invasivos de fibrose hepática têm sido propostos, como a elastografia hepática transitória (EHT) por FibroScan®. Entretanto, a confiabilidade da EHT executada por operadores em fase de treinamento é indeterminada, o que dificulta sua aplicabilidade na prática clínica. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo principal avaliar o impacto do treinamento de um operador inexperiente para a realização de exames de EHT por FibroScan® em portadores de hepatite C crônica. Especificamente, foram avaliados a frequência de resultados não confiáveis ao longo do treinamento e a concordância da EHT com o índice APRI para estimar a presença de fibrose hepática significativa ao longo do treinamento. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados que inclui portadores de hepatite C crônica compensada que tenham sido submetidos a exames de EHT por FibroScan® entre março de 2014 e dezembro de 2016, realizados por dois pesquisadores. Os pacientes incluídos foram divididos em dois grupos, conforme a experiência do operador no exame de EHT: grupo EE (Examinador Experiente) e grupo ET (Examinador em Treinamento), estes últimos divididos em duas fases: fase 1, constituída pelos primeiros 100 exames e fase 2, com os exames subsequentes. Para a análise de confiabilidade da EHT, foram utilizados os parâmetros taxa de sucesso (TS), relação entre intervalo interquartil (IQR) e mediana (Md) das aquisições (IQR/Md) e os critérios de confiabilidade de Castéra et al. (2005) e de Boursier et al. (2013). A análise de desempenho diagnóstico da EHT foi feita de maneira indireta, analisando-se a concordância entre as estimativas do grau de fibrose hepática significativa (FS) pela EHT e pelo APRI. Resultados: Entre março de 2014 e dezembro de 2016, 771 adultos portadores de HCV foram avaliados e divididos nos grupos EE (n = 161), ET fase 1 (n = 100) e ET fase 2 (n = 158), que se mostraram semelhantes em relação às suas características demográficas, clínicas e laboratoriais. A TS e a relação IQR/Md foram semelhantes entre os grupos EE, ET fase 1 e ET fase 2. A proporção de resultados confiáveis foi comparável nos três grupos, utilizando-se os critérios de confiabilidade de Castéra et al. (92,5%, 92,0% e 97,5%, respectivamente) e de Boursier et al. (96,9%, 95,0% e 98,1%, respectivamente). As prevalências de fibrose hepática significativa (FS) conforme estimativa da EHT nos grupos EE, ET fase 1 e ET fase 2 foram semelhantes (60,9%, 62,1% e 63,9%, respectivamente; p = 0,863). Houve proporção expressiva de pacientes com rigidez hepática superior a 7,1 kPa e com APRI inferior a 0,5 (entre 56 e 72%). As prevalências de resultados discordantes foram de 32,3%, 29,0% e 45,7% nos grupos EE, ET fase 1 e ET fase 2, com concordância significativa, mas apenas razoável entre os métodos, nos três grupos (κ = 0,378, 0,429 e 0,207). Conclusões: A confiabilidade dos exames de EHT por FibroScan® executados pelo ET foi comparável àquela observada nos exames realizados pelo EE e semelhante durante as duas fases de treinamento do ET. Houve concordância significativa, embora razoável, entre a EHT e o índice APRI para estimar a presença ou ausência de FS, sem impacto expressivo da experiência do examinador ou do tempo de treinamento na concordância entre os métodos. EHT parece ser um método bastante confiável e acurado, mesmo quando executado por operador com pouco tempo de treinamento. Um curto treinamento (de até 100 exames) parece ser suficiente para que a EHT tenha boa aplicabilidade clínica nas mãos de um operador com experiência inicial no método.
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    Prevalência de doença hepática gordurosa metabólica e a associação com fatores de risco cardiovascular, de acordo com o sexo, em uma coorte de brasileiros atendidos em centro privado de medicina preventiva
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-25) Borges, Patrícia Souza de Almeida [UNIFESP]; Parise, Edison Roberto [UNIFESP]; Carvalho Filho, Roberto José de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4303806669248065; http://lattes.cnpq.br/6488344389437351; http://lattes.cnpq.br/0246085504415529
    Objetivos: Avaliar a prevalência de DHGM e a sua associação com idade, estilo de vida e fatores de risco cardiovascular, de acordo com o sexo, em uma população submetida a checkup em uma unidade de medicina preventiva. Métodos: Estudo retrospectivo, com a coleta dos dados de prontuários, em adultos ≥ 18 anos submetidos a uma avaliação entre 2005 e 2019, com exame de ultrassom (US) abdominal. Após exclusão daqueles com risco aumentado de doença alcoólica (escore AUDIT > 8), foram classificados como portadores de doença hepática gordurosa metabólica (DHGM) não alcoólica, aqueles com esteatose ao US e que apresentassem ≥ 2 fatores de risco metabólico. Foi calculada a prevalência global e em cada um dos três quinquênios consecutivos (20052019). Os fatores relacionados ao estilo de vida e de risco cardiovascular (FRCM) foram avaliados em função da idade e do índice de massa corpórea (IMC) e estratificados pelo sexo e idade. Resultados: Dos 45.195 casos, 14.089 pacientes preenchiam os critérios para DHGM com uma prevalência global de 31,2%, sendo maior entre homens do que em mulheres. Nas mulheres, a prevalência aumentou significantemente com o tempo, especialmente do primeiro para o segundo quinquênios (8,7%, 15,1% e 16,6%), enquanto entre os homens a prevalência foi semelhante entre os períodos (38,5%, 41,1% e 41,8%). A avaliação quanto ao sexo e idade mostrou um aumento significativo após os 50 anos de idade. Em relação aos fatores de risco, o fumo esteve associado a DHGM apenas entre os homens, enquanto todos outros fatores investigados, apresentaram significativa razão de chance (RC) para DHGM, sendo que o IMC foi o fator que apresentou maior RC em ambos os sexos (4,79 nos homens e 5,4 nas mulheres), seguido dos níveis de triglicérides (2,7 e 3,27). Na comparação com fatores clínicos novamente o IMC foi o que apresentou maior RC (10,26 para homens e 11,84 para mulheres), seguido pelo antecedente de diabetes mellitus tipo 2 (2,65 e 4,02, respectivamente). Conclusão: Os resultados demonstram elevada prevalência de DHGM não alcoólica em nosso meio, e um aumento significativo no decorrer dos anos, mantendo maior prevalência entre os homens e um significativo aumento entre as mulheres com o avançar da idade, a cada quinquênio. Com exceção do fumo, todos os outros FRCM e do estilo de vida, estiveram associados e com maior RC para presença de DHGM não alcoólica em ambos os sexos, especialmente o IMC, níveis de triglicérides e diagnóstico prévio de diabetes mellitus tipo 2.
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    Avaliação da frequência de má digestão e de intolerância à lactose em pacientes com doença inflamatória intestinal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-15) Araújo, Vanessa de Castro Gomes [UNIFESP]; Ambrogini Júnior, Orlando [UNIFESP]; Miszputen, Sender Jankiel [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9830119051933185; http://lattes.cnpq.br/3084350675844328; http://lattes.cnpq.br/4286804661929405
    Objetivo: Identificar a frequência de má digestão e de intolerância à lactose (IL) em pessoas com doença inflamatória intestinal (DII), classificar o estado nutricional e verificar se houve restrição de lácteos após o diagnóstico. Métodos: Estudo de corte transversal, com 42 participantes acompanhados no ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais da Disciplina de Gastroenterologia, da Escola Paulista de Medicina, da UNIFESP de setembro de 2016 a setembro de 2018. Após a concondância e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os participantes foram questionados sobre seus dados pessoais, clínicos e alimentares. Fez-se a aferição de peso e estatura, coleta de exames de calprotectina fecal e proteína C reativa, e posterior teste de hidrogênio expirado (THE). Resultados: Foram incluídos 42 participantes, 22 com diagnóstico de retocolite ulcerativa (52,4%) e 20 com doença de crohn (47,6%). Houve predomínio do gênero feminino (59,5%), idade média de 40 anos de idade e Índice de Massa Corporal (IMC) na eutrofia, metade se declararam brancos. Os índices de inflamação foram avaliados por calprotectina fecal com (62,1%) dos resultados positivos, PCR maior que 1,0mg/dL em (75%) dos participantess. Diagnóstico de má digestão ocorreu em 16 (38,1%) indivíduos e dentre estes, 5 (11,9%) com diagnóstico de IL. Dos 42 participantes, 32 (76,2%) relataram restrição de lácteos. Conclusão: Foi visto que 16 (38,1%) participantes tiveram alteração no THE, e destes, 5 (11,9%) relataram sintomas em até 12 horas após o THE, classificando intolerância à lactose. No grupo estudado, 32 dos 42 participantes (76,2%) relataram modificação no consumo de lácteos após o diagnóstico, o grupo avaliado estava com peso adequado (eutrófico) ou com sobrepeso no momento da avaliação e com os marcadores inflamatórios alterados (calprotectina e PCR). A restrição à lacteos possivelmente desnesserária foi de (76,2%). Sugere-se o uso do THE para avaliar se há alteração na digestão da lactose ou sintomas após a ingestão da mesma. Sendo o consumo de lácteos ajustado de acordo com a remissão da doença e estratégias nutricionas para tolerância desse tipo de açúcar.