Itaquaquecetuba em tempos coloniais: a função social do aldeamento de Nossa Senhora d'Ajuda no processo de ocupação do planalto da Capitania de São Vicente (1560-1640)

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Data
2021-03-09
Autores
Costa, Diana Magna da [UNIFESP]
Orientadores
Vilardaga, José Carlos
Tipo
Trabalho de conclusão de curso de graduação
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Resumo
Este trabalho propõe o estudo da função social do aldeamento de Nossa Senhora d’Ajuda, em Itaquaquecetuba, ao longo do processo de ocupação territorial do planalto da Capitania de São Vicente entre 1560 e 1640. Este aldeamento, cuja fundação é comumente atribuída às peregrinações missionárias de José de Anchieta no ano de 1560, teria sofrido transformações significativas na virada do século, até ser transferido à posse da Companhia de Jesus por ocasião do falecimento de seu construtor, padre João Álvares, cujas menções na documentação, segundo a bibliografia, desaparecem aproximadamente em 1640. Pertencendo ao termo da vila de Sant’Anna de Mogi das Cruzes após sua fundação em 1611, teve sua capela erguida na fazenda de Taquaquicetiba , propriedade do padre João Álvares, membro ativo do clero secular, cuja atuação nos aldeamentos da região se destacou num contexto de auge das expedições bandeirantes. Sob a administração pessoal deste padre no período de tentativa de implementação de uma política de integração econômica - iniciativa metropolitana representada pela atuação do governador geral D. Francisco de Sousa na vila de São Paulo -, este aldeamento tornou-se um núcleo de indígenas “administrados” por este padre e, posteriormente, pela Companhia de Jesus. Neste sentido, considerando os chamados aldeamentos como uma estratégia alternativa para assimilação dos nativos e o efetivo controle social da mão de obra indígena no planalto, esta pesquisa busca compreender o papel do aldeamento de Nossa Senhora d’Ajuda para a organização social dos colonos na região. Problematizando a relação entre clero secular e clero regular neste contexto de disputas e também os impactos de suas atuações no processo de escravização indígena.
This work addresses the social role of aldeamento Nossa Senhora d'Ajuda in Itaquaquecetuba through the Captaincy of São Vicente upland territorial occupation during the period 1560-1640. This aldeamento, whose creation is commonly attributed to the missionary pilgrimages of José de Anchieta in 1560, undergoes significant transformations at the turn of the century, until being transferred to the possession of the Society of Jesus, because of the death of your builder, father João Álvares, whose mentions in the documentation, according to the bibliographic, disappear in the middle 1640s. Being part of the villa of Sant’Anna de Mogi das Cruzes since its foundation in 1611, the aldeamento Nossa Senhora d'Ajuda had its chapel built at the farm of Itaquaquecetuba, property from father João Álvares, an active member of secular clergy whose role on regional aldeamentos is distinguished in the time of the peak of bandeirante expeditions. During the attempt to implement an economic integration policy under a metropolitan initiative led by Governor General D. Francisco de Sousa in the village of São Paulo, the aldeamento became a nucleus of indigenous people “administered” by father Álvares, and later, by the Society of Jesus. In this regard, considering this type of aldeamento as an alternative strategy for the assimilation of natives and effective social control of indigenous labor in the region, this research seeks to understand the role of aldeamento Nossa Senhora d'Ajuda for the social organization of the settlers in the region. Questioning the relationship between secular clergy and regular clergy in this context of disputes and also the impacts of their actions on the process of indigenous enslavement.
Descrição
Citação
COSTA, D. M. Itaquaquecetuba em tempos coloniais: a função social do aldeamento de Nossa Senhora d’Ajuda no processo de ocupação do planalto da Capitania de São Vicente (1560-1640). Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Departamento de História, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - UNIFESP. Guarulhos, 2021. 155f.
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