Efeitos dos Aerossóis nas Zonas Costeiras de Santos e Rio de Janeiro

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Data
2021-02-23
Autores
Mauricio, Giovanna Bonafé [UNIFESP]
Orientadores
Martins, Fernando Ramos [UNIFESP]
Tipo
Trabalho de conclusão de curso de graduação
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Resumo
A energia sempre esteve envolvida na evolução da vida e, conforme o decorrer dos tempos, houve um aumento da dependência do recurso energético para o progresso da sociedade. Para atender a demanda futura energética causada pela escassez de recursos não renováveis e o crescimento populacional, serão necessárias transições energéticas. A energia solar, classificada como uma energia renovável, apresenta um potencial significativo no Brasil como fonte energética alternativa, com numerosos benefícios ambientais e socioeconômicos e elevada disponibilidade no território nacional. Entretanto, o aumento do uso do recurso solar requer uma adequada quantificação do mesmo para garantir a viabilidade. Em condições de ausência de nuvens, os aerossóis são o principal fator que afeta a radiação solar que chega na superfície terrestre. Assim, a quantificação acurada dos aerossóis e o seu impacto na radiação é fundamental para a avaliação adequada da disponibilidade do recurso de energia solar numa localidade. Seguindo a lei de Lambert-Beer, este impacto está diretamente relacionado à profundidade óptica de aerossóis (AOD), que depende não apenas da quantidade de aerossóis presente, mas também das propriedades microfísicas e a composição química dos mesmos. O município de Santos e a região metropolitana do Rio de Janeiro são localidades costeiras com alto nível de urbanização, sofrendo assim influência de aerossóis urbano-industriais e marinhos. O presente projeto visou contribuir com o estudo do impacto dos aerossóis na irradiação nestas localidades, através da verificação e comparação de diferentes fontes de dados de AOD (AERONET, MODIS e reanálise MERRA-2). Nas análises comparativas entre as três bases de dados, usando médias dos dados originais ou mesmo dados interpolados, exibiram valores médios de AOD do MODIS em 9 células mais próximos aos dados observados em superfície, seguida em desempenho pela série de valores médios de 25 células, em oposição a série do MERRA-2 que apresentou um bom desempenho apenas para valores de AOD menores que 0,2. Os dados de AOD obtidos por satélite foram tipicamente superiores aos de reanálise. A queda de irradiância solar variou entre 8% a 23,7%, quando considerados os valores de AOD correspondentes aos percentis 25 a 75.
Descrição
Citação
MAURICIO, Giovanna Bonafé. Efeitos dos Aerossóis nas Zonas Costeiras de Santos e Rio de Janeiro. 2021. 71f. Trabalho de conclusão de curso de graduação (Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar) - Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2021.