Efeito da estatina sobre a densidade óssea avaliada pela tomografia computadorizada vertebral em receptores de transplante renal
Data
2019-08-02
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Bone disease after successful kidney transplantation is common and represents an association of pre-existing renal osteodystrophy, the reduced renal function after renal transplantation and the consequences of transplantation specific therapies on bone. Statins are widely prescribed drugs for the treatment of dyslipidemia that have a wide range of pleiotropic effects including a possible positive effect on bone metabolism. One hundred and seventeen patients incidents in kidney transplant were randomized to receive statin or not during 12 months. Clinical evaluation, laboratorial analysis and chest-computed tomography were performed within 1 and 2 months after kidney transplantation and with 12-month follow-up. The thoracic vertebra was used to the vertebral bone density measurement. At baseline, statin group had higher BMI, total cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides levels and malnutrition frequency than control group. At the end of follow up period, there was no significant difference in the clinical or laboratorial parameters between groups. There was no difference in vertebral bone density comparing statin and control groups neither in univariate or multivariate analysis. The main explanations for our result are the complexity of bone disease in kidney transplant recipients and the way statins were administered, probably inadequate to achieve an effective bone concentration.
A doença óssea após o transplante renal (Tx) bem sucedido é uma situação frequente e ocorre em consequência de uma associação de fatores: a osteodistrofia renal pré-existente, a função renal reduzida após o Tx e os efeitos de terapias específicas do Tx. As estatinas são medicamentos amplamente prescritos para o tratamento de dislipidemia e que possuem uma ampla gama de efeitos pleiotrópicos, incluindo um possível efeito positivo sobre o metabolismo ósseo. Cento e dezessete pacientes incidentes no Tx foram randomizados para receber estatina ou não durante 12 meses. Foram realizadas avaliação clínica, laboratorial e tomografia computadorizada (TC) de tórax entre 1 a 2 meses após o Tx e após 12 meses de seguimento. A vértebra torácica foi utilizada para a medição da densidade óssea vertebral (DOV). À avaliação inicial, o grupo estatinas apresentou maior índice de massa corpórea (IMC), níveis mais elevados de colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos, e maior frequência de desnutrição do que o grupo controle. No final do período de acompanhamento não houve diferença significativa em relação aos parâmetros clínicos ou laboratoriais entre os grupos. A comparação da DOV dos grupos estatina e controle não apresentou diferença na análise univariada nem na multivariada. As principais explicações para o nosso resultado negativo são a complexidade da doença óssea após o Tx e a forma como as estatinas foram administradas, provavelmente inadequada para se atingir uma concentração óssea efetiva.
A doença óssea após o transplante renal (Tx) bem sucedido é uma situação frequente e ocorre em consequência de uma associação de fatores: a osteodistrofia renal pré-existente, a função renal reduzida após o Tx e os efeitos de terapias específicas do Tx. As estatinas são medicamentos amplamente prescritos para o tratamento de dislipidemia e que possuem uma ampla gama de efeitos pleiotrópicos, incluindo um possível efeito positivo sobre o metabolismo ósseo. Cento e dezessete pacientes incidentes no Tx foram randomizados para receber estatina ou não durante 12 meses. Foram realizadas avaliação clínica, laboratorial e tomografia computadorizada (TC) de tórax entre 1 a 2 meses após o Tx e após 12 meses de seguimento. A vértebra torácica foi utilizada para a medição da densidade óssea vertebral (DOV). À avaliação inicial, o grupo estatinas apresentou maior índice de massa corpórea (IMC), níveis mais elevados de colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos, e maior frequência de desnutrição do que o grupo controle. No final do período de acompanhamento não houve diferença significativa em relação aos parâmetros clínicos ou laboratoriais entre os grupos. A comparação da DOV dos grupos estatina e controle não apresentou diferença na análise univariada nem na multivariada. As principais explicações para o nosso resultado negativo são a complexidade da doença óssea após o Tx e a forma como as estatinas foram administradas, provavelmente inadequada para se atingir uma concentração óssea efetiva.
Descrição
Citação
BARROS DE SÁ, Cinara. Efeito da estatina sobre a densidade óssea avaliada pela tomografia computadorizada vertebral em receptores de transplante renal. 2019. 67f. Tese (Doutorado em Nefrologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.