A performatividade no teatro brasileiro contemporâneo - duas releituras de clássicos

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Data
2019-08-09
Autores
Nascimento, Camila Gregorio Do [UNIFESP]
Orientadores
Ferreira, Carolin Overhoff [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
A presente pesquisa sugere o potencial do uso do conceito performatividade para o estudo do teatro contemporâneo brasileiro, exemplificado através de dois espetáculos recentes, de 2017. São eles: Tchekhov é um Cogumelo de André Guerreiro Lopes, inspirado na peça As Três Irmãs de Anton Tchekhov (1900) com a Cia. Estúdio Lusco-fusco; Hamlet: processo de revelação do Coletivo Irmãos Guimarães, inspirado em Hamlet de William Shakespeare (1599 e 1601). Para tal, realizamos uma revisão bibliográfica que aborda a teoria da performance com o intuito de desenvolver um olhar crítico ao conceito teatro pós-dramático de Hans Thies Lehman (2011), já muito explorado no mundo e no Brasil, e seus desdobramentos e críticas. Para elaborar essa crítica relativamente ao pós-dramático e sugerir o da performatividade, são discutidos, entre outros, as seguintes publicações: Performance: uma introdução crítica de Marvin Carlson (2009), que traça um panorama mundial da arte performática, Performance como linguagem de Renato Cohen (2007), que aborda as questões da performance no Brasil, bem como sua absorção nos Estudos de Teatro por autores como Josette Féral na França, Érika Fischer-Lichte na Alemanha e Sílvia Fernandes no Brasil. Para compreender e situar o nosso debate, realizamos também uma breve contextualização da história da performance e dos principais movimentos artísticos, que resultou da troca entre antropologia e teatro, com destaque para os trabalhos de Richard Schechner e Victor Turner, a partir da década de 60. A recepção do espectador, questão chave da performatividade, permeia toda a pesquisa e está presente nos debates acerca do conceito na cena brasileira, bem como nos estudos de Jacques Rancière (2009 e 2012) e Paul Zumthor (2014). Estes últimos contribuem sobremaneira na análise de trechos escolhidos dos espetáculos onde testamos a tese da importância da performatividade como potente conceito analítico.
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