A acetabularização como fator protetor na artropatia do manguito rotator
Data
2019-03-08
Autores
Esteves, Leonardo Roure 
Orientadores
Andreoli, Carlos Vicente
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: Identify in cases of patients with a diagnosis of rotator cuff arthropathy if the shoulders with acetabularization have better functional results. Methods: In this work, a descriptive cross sectional study was carried out at Deltamed Clinic, from December 2016 to January 2019. The sample consisted of 65 shoulders of 56, 47 female and 9 male, aged between 60 and 88 years who were diagnosed by means of anteroposterior radiographs of the shoulder and magnetic resonance imaging of the shoulder with rotator cuff arthropathy (RCA). Of these 56 subjects, 9 individuals had bilateral involvement, thus totaling the 65 shoulders of this sample. All patients completed and signed the informed consent form, after a thorough explanation of the study. It was possible to identify and classify the respective types and stages of RCA and to divide into groups according to Seebauer and Hamada classifications. To characterize the tendon lesion (supraspinatus, infraspinatus, subscapular and long biceps cord), and classify for Goutallier'sfatty infiltration of the muscle a magnetic resonance imaging (MRI) of the shoulder was performed. The range of motion of the shoulder (anterior elevation, lateral rotation and medial rotation) was measured; to evaluate the function of the patients' shoulder, the Constant- Murley score (CMS-BR), validated for Portuguese language, was used. For the statistical analysis, parametric tests were used for the quantitative and continuous variables and, for inferencial analysis, the ANOVA tests and the multiple post hoc comparison of Tuckey were used; the significance level adopted was 0.05 and 95% confidence intervals. Results: The best functional results were observed in patients whose shoulders presented acetabularization. Regarding the range of motion, according to the Seebauer classification, type A patients presented the best results; statistically significant differences were found regarding anterior elevation and medial rotation between types A and B (p <0.05). Regarding lateral rotation, types A and B did not present statistically significant differences. In the Constant score there was a statistically significant difference between patients types A and B (p <0.05); the best results were observed in types 1A and 2A. According to Hamada's classification, with regard to range of motion and with respect to anterior elevation and medial rotation, stages 3, 2 and 1 presented better results when compared with stages 4A, 4B and 5 and, it was found a statistically significant difference between stages 3 and 5 (p <0.05). There was no statistically significant difference between the Hamada groups according the lateral rotation. The Constant score, according to Hamada's classification, showed that better results are observed in stages 3, 2 and 1 and there was a statistical difference between stages 3 and 5. Considering the functional results of the shoulder according to the Seebauer and Hamada classifications the best results were found in the groups of Seebauer 1A and Hamada 3, where there is acetabularization. Conclusion: Acetabularization has been shown to be associated with cases with better functional results in the shoulders with RCA.
Objetivo: Identificar nos casos de pacientes com diagnóstico de artropatia do manguito rotador se os ombros que apresentam acetabularização possuem melhores resultados funcionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, desenvolvido na Clínica Deltamed, de dezembro de 2016 à janeiro de 2019. A amostra foi constituída por 65 ombros de 56 sujeitos de ambos os sexos, 47 femininos e 9 masculinos, com idade entre 60 e 88 anos que foram diagnosticados, por meio de radiografias anteroposteriores do ombro e ressonância magnética do ombro, com artropatia do manguito rotador (AMR). Destes 56 sujeitos 9 indivíduos apresentaram comprometimento bilateral, totalizando assim os 65 ombros desta amostra. Todos os pacientes preencheram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, após minuciosa explicação do estudo. Foi possível identificar e classificar os respectivos tipos e estágios das AMR e dividir em grupos segundo classificações de Seebauer e de Hamada. Para caracterização da lesão tendínea (supra-espinal, infra-espinal, subescapular e cabeça longa do bíceps) e para classificação da degeneração gordurosa de Goutallier foi realizada ressonância magnética do ombro (RM). A amplitude de movimento do ombro (elevação anterior, rotação lateral e rotação medial) foi medida; e para avaliar a função do ombro dos pacientes foi utilizado o Constant-Murley score (CMS-BR), validado para língua portuguesa. Na análise estatística foram adotados testes paramétricos para as variáveis quantitativas e contínuas e, para a análise inferencial, foram utilizados os testes de ANOVA e da comparação múltipla de Tuckey; o nível de significância adotado foi de 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Resultados: Os melhores resultados funcionais foram observados em pacientes cujos ombros apresentaram acetabularização. Com relação à amplitude de movimento, de acordo com a classificação Seebauer, os pacientes tipo A apresentaram os melhores resultados; diferenças estatisticamente significantes foram constatadas quanto à elevação anterior e rotação medial entre os tipos A e B (p <0.05). Com relação à rotação lateral os tipos A e B não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. No escore de Constant houve diferença estatisticamente significante entre pacientes tipos A e B (p<0,05); os melhores resultados foram observados nos tipos 1A e 2A. Segundo a classificação de Hamada, com relação à elevação anterior e rotação medial, os estágios 3, 2 e 1 apresentaram melhores resultados quando comparados com estágios 4A, 4B e 5 e, foi constatada diferença estatisticamente significante entre os estágios 3 e 5 (p<0,05), Em relação à rotação lateral não existiu diferença estatística entre os grupos de Hamada. O escore de Constant, segundo a classificação de Hamada, evidenciou que melhores resultados são observados nos estágios 3, 2 e 1 e existiu diferença estatística entre os estágios 3 e 5. Considerando os resultados funcionais do ombro segundo as classificações de Seebauer e Hamada os melhores resultados foram encontrados nos grupos de Seebauer 1A e Hamada 3, onde existe a acetabularização. Conclusão: A acetabularização demonstrou estar associada aos casos com melhores resultados funcionais nos ombros com AMR.
Objetivo: Identificar nos casos de pacientes com diagnóstico de artropatia do manguito rotador se os ombros que apresentam acetabularização possuem melhores resultados funcionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, desenvolvido na Clínica Deltamed, de dezembro de 2016 à janeiro de 2019. A amostra foi constituída por 65 ombros de 56 sujeitos de ambos os sexos, 47 femininos e 9 masculinos, com idade entre 60 e 88 anos que foram diagnosticados, por meio de radiografias anteroposteriores do ombro e ressonância magnética do ombro, com artropatia do manguito rotador (AMR). Destes 56 sujeitos 9 indivíduos apresentaram comprometimento bilateral, totalizando assim os 65 ombros desta amostra. Todos os pacientes preencheram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, após minuciosa explicação do estudo. Foi possível identificar e classificar os respectivos tipos e estágios das AMR e dividir em grupos segundo classificações de Seebauer e de Hamada. Para caracterização da lesão tendínea (supra-espinal, infra-espinal, subescapular e cabeça longa do bíceps) e para classificação da degeneração gordurosa de Goutallier foi realizada ressonância magnética do ombro (RM). A amplitude de movimento do ombro (elevação anterior, rotação lateral e rotação medial) foi medida; e para avaliar a função do ombro dos pacientes foi utilizado o Constant-Murley score (CMS-BR), validado para língua portuguesa. Na análise estatística foram adotados testes paramétricos para as variáveis quantitativas e contínuas e, para a análise inferencial, foram utilizados os testes de ANOVA e da comparação múltipla de Tuckey; o nível de significância adotado foi de 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Resultados: Os melhores resultados funcionais foram observados em pacientes cujos ombros apresentaram acetabularização. Com relação à amplitude de movimento, de acordo com a classificação Seebauer, os pacientes tipo A apresentaram os melhores resultados; diferenças estatisticamente significantes foram constatadas quanto à elevação anterior e rotação medial entre os tipos A e B (p <0.05). Com relação à rotação lateral os tipos A e B não apresentaram diferenças estatisticamente significantes. No escore de Constant houve diferença estatisticamente significante entre pacientes tipos A e B (p<0,05); os melhores resultados foram observados nos tipos 1A e 2A. Segundo a classificação de Hamada, com relação à elevação anterior e rotação medial, os estágios 3, 2 e 1 apresentaram melhores resultados quando comparados com estágios 4A, 4B e 5 e, foi constatada diferença estatisticamente significante entre os estágios 3 e 5 (p<0,05), Em relação à rotação lateral não existiu diferença estatística entre os grupos de Hamada. O escore de Constant, segundo a classificação de Hamada, evidenciou que melhores resultados são observados nos estágios 3, 2 e 1 e existiu diferença estatística entre os estágios 3 e 5. Considerando os resultados funcionais do ombro segundo as classificações de Seebauer e Hamada os melhores resultados foram encontrados nos grupos de Seebauer 1A e Hamada 3, onde existe a acetabularização. Conclusão: A acetabularização demonstrou estar associada aos casos com melhores resultados funcionais nos ombros com AMR.
Descrição
Citação
ESTEVES, Leonardo Roure. A acetabularização como fator protetor na artropatia do manguito rotador. 2019. 83f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde aplicada ao Esporte e à Atividade Física) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.